segunda-feira, 3 de junho de 2013

Temporada de furacões no Atlântico começa com promessa de muita atividade

Temporada de furacões no Atlântico começa com promessa de muita atividade

Miami (EUA), 1 jun (EFE).- A temporada de furacões que começou neste sábado no Atlântico promete ser extraordinariamente ativa, já que as condições climáticas apresentadas parecem indicar isso, fato que faz com que autoridades prevejam possíveis catástrofes e desocupações.
As autoridades da Flórida, estado que tradicionalmente é o mais afetado por furacões nos Estados Unidos, embora esteja imune há sete anos, nunca previram a presença de tanto furacões como nesta temporada.
"Tudo aponta que essa será uma temporada cansativa", reconheceu ontem em entrevista coletiva o diretor do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, Rick Knabb, que insistiu várias vezes na importância dos habitantes "se prepararem para o fato de que uma tempestade tocará aqui".
Por conta desta previsão desfavorável, os legisladores americanos anunciaram nesta semana que planejam a reivindicação de um Fundo Nacional para Catástrofes financiado com fundos federais, o qual seria criado para ajudar a custear os esforços dos estados para fazer frente ao que possa ocorrer.
Além disso, os legisladores também reivindicaram uma melhora nos sistemas de prognóstico. Neste sentido, o senador Bill Nelson se queixou do fato dos computadores europeus serem mais precisos do que os americanos.
A temporada na bacia atlântica, que afeta principalmente todo o Caribe, o Golfo do México e o sudeste dos EUA, se estende oficialmente por seis meses, até o dia 31 de novembro, embora seu pico de máxima atividade seja entre meados de agosto e outubro.
Assim como em todos os anos, os principais organismos que emitem seus prognósticos coincidiram em apontar que esta temporada promete ser muito agitada, com destaque para a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA), que advertiu que esta poderia ser uma temporada "extremamente ativa".
"Espera-se que as condições oceânicas e atmosféricas na bacia atlântica produzam neste ano mais furacões e mais fortes", em parte porque "não há fatores atenuantes à vista que possam reduzir o nível de atividade ciclônica", advertiu há poucos dias Gerry Bell, do Centro de Prognóstico Climática da NOAA, em Washington.
Segundo os cálculos da NOAA, a principal referência na matéria, entre junho e novembro, o Atlântico poderia registrar entre 13 e 20 tempestades tropicais, que, entre outras características, alcançam ventos superiores a 63 km/h e são batizadas com um nome próprio para facilitar sua vigilância.
De entre elas, a NOAA calcula que há 70% de possibilidades que entre sete e 11 aumentem sua força até se transformar em furacões (ventos superiores a 119 km/h), sendo que entre 3 e 6 alcançariam categorias superiores (de 3, 4 ou 5 na escala de Saffir-Simpson, 178 km/h).
Se essas previsões se tornarem realidade, a atual temporada será claramente mais ativa que o normal (12 tempestades tropicais, seis furacões, três superiores). Os fatores deixam os analistas preocupados pelo aumento de atividade estão ligados à alta temperatura da água do Atlântico tropical e do Caribe tem temperaturas superiores e ausência do fenômeno El Niño, que tende a limitar a formação de furacões.
A isso se soma a fortaleza da monção na África Ocidental, considerada responsável pela atual etapa de alta atividade de furacões no Atlântico, que começou em 1995.
Embora a maior preocupação esteja relacionada à formação de furacões de categorias superiores, ninguém fica imune a destruição causada pelo fenômeno, nem mesmo fora do território litorâneo, como ocorreu com "Sandy", que não passou da categoria 2. EFE

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