Nos próximos anos, país terá eventos climáticos extremos mais frequentes.
Documento foi elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

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Em 2100, a temperatura média do Brasil será de 3ºC a 6ºC mais alta do
que no final do século 20. A previsão faz parte do primeiro relatório de
avaliação nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). O
documento será divulgado em setembro na 1ª Conferência Nacional de
Mudanças Climáticas Globais, mas alguns dados foram adiantados na edição
de agosto da revista “Pesquisa Fapesp”.De acordo com a “Pesquisa Fapesp”, o relatório também traz dados sobre mudanças em relação às chuvas no país. Enquanto biomas como a Amazônia e a Caatinga devem receber cerca de 40% a menos de chuva, nos Pampas, há uma tendência de aumento de cerca de um terço na pluviosidade até 2100.
Especialistas ouvidos pela revista observam que os dados demonstram que o Brasil sofrerá mais com extremos climáticos, como períodos prolongados de seca ou períodos prolongados de chuva forte.

por redução dos níveis de chuva, de acordo com
documento (Foto: Divulgação/NASA/JPL-Caltech)
Especialistas afirmam que o Brasil é o único país do hemisfério Sul a ter um modelo climático próprio. A vantagem de ter um sistema nacional é a possibilidade de obter características mais detalhadas sobre o Brasil e sobre o continente sul-americano.
Um dos resultados obtidos exclusivamente pelo instrumento nacional, segundo a “Pesquisa Fapesp”, é que, em 30 anos, se a taxa de emissão de CO2 continuar na tendência atual, a temperatura média anual do país já deve aumentar 1ºC. Apenas as regiões Sul e Norte devem se manter com temperaturas estáveis no período.
O PBMC é uma iniciativa que reúne 345 pesquisadores de diversas áreas para reunir e sintetizar toda a produção científica nacional sobre as mudanças climáticas no Brasil. Ele foi constituído nos moldes do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC).
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