Constitui uma grande família de alumino-silicatos
hidratados de metais alcalinos e alcalino-terrosos com uma rede de ânions tridimensional
infinitamente alargada e com relação atômica O:Al+Si+2. As espécies apresentam
marcantes semelhanças quanto às composições químicas e modo de ocorrência, dureza
entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa entre 2 e 2,4, e a maioria funde-se rapidamente
com intumescência pronunciada, propriedade que lhe dá o nome, através da derivação
das palavras gregas zeo (ferver) e lithos (pedra), uma vez que aparentam
ferver em sua própria água, quando aquecidos. São minerais secundários e, no caso de
metamorfismo de baixo grau ou diagênese elevada, primários encontram-se, de forma
característica, em cavidades e veios, em rochas ígneas básicas e disseminados em
arenitos, arcóseos e grauvacas anquimetamorfizadas.
As espécies são formadas por cadeias de anéis tetraédricos de SiO4
e AlO4, ligadas pelos cátions intersticiais (Na, Ca, K, Ba, Sr) originando uma
estrutura aberta, com grandes canais, nos quais a água e outras moléculas podem se
alojar. A água dos canais desprende-se facilmente e de maneira contínua com o
aquecimento, deixando a estrutura intacta, ao contrário do que ocorre com vários
espécimes com água estrutural, em que a retirada da água causa o desabamento da
estrutura, como no caso da gipsita. Após a desidratação completa de uma zeólita, os
canais podem ser preenchidos novamente com água ou com amônia, vapor de mercúrio, vapor
de iodo ou uma variedade de outras substâncias. Este processo é seletivo e depende da
estrutura particular da zeólita e do tamanho das moléculas, assim podendo ser usadas
como peneiras moleculares.
Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de base ou
a troca de cátions, que ocorre quando passa uma solução aquosa através dos
canais; nesse processo os íons em solução podem ser trocados por íons da estrutura.
Devido a este processo zeólitas e produtos sintéticos com estrutura das zeólitas são
usados para o amolecimento da água, como agentes despoluidores e inibidores de
amadurecimentos de frutas.
Analcima
Foto do Mineral |
Forma
Cristalográfica |
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Direções ópticas e
cristalográficas
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Fórmula Química - AlSi2O6Na.H2O
Composição - 14.08 % Na2O, 23.16 % Al2O3,
54.58 % SiO2, 8.18 % H2O
Cristalografia - Isométrico
Classe - Trapezoédrica
Propriedades Ópticas - Isotrópico
Hábito - Trapezoidal, cúbico
Clivagem - Fraca
{001}
Dureza - 5,5
Densidade relativa - 2,24 - 2,29
Fratura - Subconchoidal
Brilho - Lustroso
Cor - Branco, rosa ou verde
Associação - Associada a prehnita e outras zeólitas.
Propriedades Diagnósticas - Hábito, testes químicos, pripriedades ópticas.
Ocorrência - Ocorre como mineral primário em
algumas rochas ígneas intermediárias a básicas, também a partir de soluções
hidrotermais e em vesículas e transformação mineralógicas na transição
diagênese/metamorfismo.
Usos - Não
apresenta.
Cabazita
Fórmula Química -
(Ca,Na2)Al2Si4O12.6H2O
Composição - 11,92 % CaO, 21,67 % Al2O3,
51,09 % SiO2, 15,32 % H2O
Cristalografia - Trigonal ou
ortorrômbico pseudo trigonal
Propriedades Ópticas - Uniaxial
negativo ou positivo. Também pode ser biaxial positivo ou negativo
Hábito - Cristais geminados de forma complexa, romboédrico, amorfo.
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Foto do Mineral |
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Cristais de cabazita
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Clivagem - {10-11} fraca
Dureza - 4 - 5
Densidade relativa - 2 - 2,1
Brilho - Lustroso a vítreo
Cor - Branco, vermelho, incolor
Associação - Associada
a outras zeólitas, calcita, clorita.
Propriedades Diagnósticas - Geminação, hábito, locais de ocorrência.
Ocorrência - Ocorre em cavidades de basaltos, mica xistos,
gnaisses, sienitos, hornblenda xistos, folhelhos.
Usos - Não
apresenta.
Escolecita
Fórmula Química - CaAl2Si3O10.3H2O
Composição - 5,32 % Na2O,
9,63 % CaO 26,26 % Al2O3, 46,42 % SiO2,
12,37 % H2O
Cristalografia - Monoclínico
Classe - Prismática
Propriedades Ópticas - Biaxial negativo
Hábito - Prismático, fibroso, radial
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Foto do Mineral |
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Cristal prismático de
escolecita
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Clivagem
- Perfeita (110)
Dureza - 5 - 5,5
Densidade relativa - 2,1 - 2,4
Brilho - Lustroso, vítreo a sedoso
Cor - Incolor, cinza, amarelo, azul
Associação - Associada a outras zeólitas.
Propriedades Diagnósticas - Hábito, brilho, propriedades ópticas, local de
ocorrência.
Ocorrência - Presente em cavidades de rochas basálticas, formada a baixas temperaturas.
Usos - Não
apresenta.
Estilbita
Clivagem
- Perfeita em {010}
Dureza - 3,5 - 4
Densidade relativa - 2,1 - 2,2
Brilho - Vítreo a nacarado
Cor - Branco, amarelo, castanho a vermelho
Associação - Pode
estar associada a outras zeólitas e calcita.
Propriedades Diagnósticas - Brilho, cor, clivagem e baixo ângulo 2V.
Ocorrência - É encontrada em cavidades de basaltos e rochas similares.
Usos
- Sem uso.
Laumontita
Dureza - 3,5 - 4
Densidade relativa - 2,25 - 2,35
Brilho - Vítreo
Cor - Branco a amarelado
Propriedades Diagnósticas - Quando exposta ao ar fica opaca e pulverulenta.
Ocorrência - Encontrada em xistos e ardósias ou cavidades de rochas ígneas.
Usos - Sem uso.
Mesolita
Clivagem
- Perfeita (110)
Dureza - 5
Densidade relativa - 2,2
Brilho - Perláceo a graxo
Cor - Incolor, branco, cinza, amarelo
Associação - Associado a outras zeólitas.
Propriedades Diagnósticas - Hábito, brilho, propriedades ópticas, local de
ocorrência.
Ocorrência - Presente em cavidades de rochas basálticas, formada a baixas temperaturas pela
alteração de minerais como nefelina, sodalita, plagioclásios.
Usos - Não tem.
Natrolita
Clivagem
- Perfeita (110)
Dureza - 5 - 5,5
Densidade relativa - 2,2
Brilho - Lustroso a perláceo
Cor - Incolor, branco, cinza, amarelo, vermelho
Associação - Associada a zeólitas.
Propriedades Diagnósticas - Hábito, brilho, partição, propriedades ópticas, local de
ocorrência.
Ocorrência - Presente em cavidades de rochas basálticas, formada a baixas temperaturas pela
alteração de minerais como nefelina, sodalita, plagioclásio.
Usos - Não
apresenta.
Phillipsita
Fórmula Química -
(K2,Na2,Ca)Al2Si4O12.4,5H2O
Composição - 7,29 % K2O, 1,92 % Na2O,
2,61 % CaO, 23,68 % Al2O3, 46,52 % SiO2,
16,74 % H2O
Cristalografia - Monoclínico
Classe - Prismática
Propriedades Ópticas - Biaxial
positivo
Hábito - Formas pseudo ortorrômbicas e pseudotetragonais
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Foto do Mineral |
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Cristal de phillipsita em
rocha
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Clivagem
- Pouco distinta (001) e (010)
Dureza - 4 -
4,5
Densidade relativa - 2,2
Fratura - Ausente
Brilho - Vítreo a graxo
Cor - Branco, vermelho a incolor
Associação - Associada a feldspatos.
Propriedades Diagnósticas - Apresenta dupla geminação, dupla estriação, hábito,
associação mineral.
Ocorrência - Ocorre em cavidades de basaltos e fonólitos pela decomposição de feldspatos por águas quentes.
Usos - Não tem.
Thomsonita
Clivagem
- Perfeita em (001), imperfeita em (100)
Dureza - 5 -
5,5
Densidade relativa - 2,27
Brilho - Vítreo
Cor - Incolor a branco
Associação - Pode
ser encontrada em basaltos, diabásios, fonólitos, andesitos e rochas de contato.
Propriedades Diagnósticas - Mineral da família das zeólitas, pode ser identificado pela forma rômbica.
Ocorrência - Mineral secundário formado pela ação hidrotermal.
Usos - Amolecimento
da água, como agente despoluidor e inibidor de amadurecimento de frutas.
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