quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Impacto Ambiental

O impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pelo choque da relação do homem com o meio ambiente, surgiu a partir da evolução humana, ou seja, no momento em que o homem começou a evoluir no seu modo de vida. Nos primórdios da humanidade, o homem mantinha uma relação de submissão com o meio ambiente.
Com o passar do tempo o homem descobriu o fogo, mas o impacto gerado por este era irrelevante para a natureza, depois passaram a cultivar alimentos e criar animais, com isso o impacto ambiental começou a aumentar graduadamente. Pois para plantar e para o gado pastar era necessário derrubar árvores de determinados lugares, além do mais, a madeira derrubada servia para construir abrigos mais confortáveis e obtenção de lenha. A partir desse momento, começou a se tornar mais visível os impactos ambientais causados pelo homem como, por exemplo, a alteração em certas cadeias alimentares.
Alguns impactos ambientais:
• Diminuição da biodiversidade;
• Erosão;
• Inversão térmica;
• Ilha de calor;
• Efeito Estufa;
• Destruição da camada de ozono;
• As chuvas Ácidas;
• Mudanças climáticas, etc.

O que fazer para diminuir os impactos ambientais:
• Reflorestar as áreas devastadas;
• Criar um processo de contra a poluição dos rios, etc.
• A aplicação do desenvolvimento sustentável;
• Uso consciente dos recursos naturais;
• Evitar qualquer tipo de poluição.
• Conscientizar as gerações futuras sobre a preservação ambiental;
• Criar leis que garantam essa preservação, etc.

Reflexão:
No âmbito da disciplina de Geologia e do estudo do impacto dos recursos geológicos, decidimos partilhar esta informação com os visitantes do nosso e-portefólio. É uma das causas que o nosso país sofre à diversos anos, mas tem que ser combatido urgentemente.

Fonte: O mundo da Geologia

Recursos Energéticos Fósseis

A natureza oferece uma série de recursos indispensáveis ao homem, entre eles podemos citar os minerais. Os recursos minerais foram extraídos de maneira mais intensa a partir da Primeira Revolução Industrial. Uma vez que para o funcionamento da indústria era preciso ter abundância de matéria-prima e energia, logo nesse seguimento de produção, os recursos mais utilizados são os minérios, que podem ser renováveis e não renováveis e metálicos ou não metálicos.
Os minerais fósseis são de origem orgânica, tiveram a sua utilização difundida a partir da Revolução Industrial com a invenção da máquina a vapor, que era movida a carvão mineral, de origem fóssil. Em geral, esses minerais têm o seu uso vinculado à produção de energia, da maneira que a movimenta, além de máquinas, aviões, carros, caminhões, entre outros. Os recursos energéticos fósseis possuem outros usos, pois são agregados na produção de inúmeros produtos.
Os principais são: petróleo e carvão. Esses são de importância fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação, tendo em vista que países desprovidos de tais recursos enfrentam muitas dificuldades nos seguimentos industriais, comerciais e agrícolas.
O petróleo formou-se há milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenaram no fundo dos oceanos. Por causa da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica transformou-se num líquido viscoso, de coloração escura.
Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo, a unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extracção do petróleo do subsolo ou do fundo do mar, ele é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene. A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, borrachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros.
O carvão formou-se há milhões de anos através da decomposição de matéria orgânica (vegetais e animais) que transformou-se face à abundância em carbono, um elemento rochoso, o próprio carvão mineral. Uma das principais utilizações desse minério é de servir de energia em fornos siderúrgicos, nos quais é produzido o aço. O carvão também é agregado no fabrico de corantes, insecticidas, plásticos, medicamentos, entre outros.

Reflexão:
Os recursos energéticos fosseis são extremamente importantes para o dia a dia do ser humano. A sua exploração é demasiada, mas a utilização de energias renováveis ajuda que estes recursos sejam conservados e se prolonguem anos e mais anos.

Fonte: Blogger "O mundo da Geologia"

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Maven Lançamento do PERITO

  • Os gerentes da missão Hail sucesso de lançamento PERITO
    18 de novembro de 2013 - 16:37 EST
    Atmosfera de Marte da NASA e Evolução Volátil (PERITO) missão começou com uma contagem regressiva suave e impecável de lançamento da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral espaço complexo de lançamento 41. A United Launch Alliance Atlas V foguete levando a espaçonave 5.400 quilos decolou às 1:28 pm EST, primeira oportunidade da missão. Painéis solares do Maven implantados e estão produzindo energia.
    "Estamos atualmente cerca de 14.000 quilômetros de distância da Terra e dirigindo-se para o Planeta Vermelho agora", disse PERITO Project Manager David Mitchell do NASA Goddard Space Flight Center.
    PERITO Investigador Principal Bruce Jakosky Mitchell juntou ao elogiar a equipe da missão para sua movimentação e empenho. NASA Goddard em Greenbelt, Maryland, que gerencia o projeto e desde que dois dos instrumentos científicos para a missão. Lockheed Martin construiu a nave espacial e é responsável pelas operações da missão. A Universidade da Califórnia, em Space Sciences Laboratory de Berkeley, desde instrumentos científicos para a missão. Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, fornece suporte de navegação, suporte Deep Space Network, e Electra hardware relé de telecomunicações e operações. Jakosky é com o Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado em Boulder.
    "Conseguimos trabalhar juntos como uma equipe de uma maneira que eu nunca teria imaginado possível", disse Jakosky.
    Jakosky acrescentou que, enquanto o lançamento é um grande marco, perito deve chegar a Marte e completar um período de check-out antes que ele possa finalmente começar a coletar dados científicos. Vai levar a nave 10 meses para atingir o planeta vermelho, com chegada prevista para 22 de setembro, 2014.
    "Boa viagem, perito", disse Mitchell. "Nós estamos com você até o fim."

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pink Star, o diamante rosa é vendido por 83,2 milhões de dólares, um recorde mundial



O Pink Star é um diamante sem jaça classificado como IIa, com cor rosa forte. Esta gema foi pela bagatela de 83,2 milhões de dólares vendida em leilão pela Sotheby´s . Até então nenhuma gema havia atingido esse preço.


Foto AFP, Fabrice Coffrini

Exploração Mineira - Os 20 pontos que farão do seu projeto um sucesso!





É comum, aqui no Portal do Geólogo, recebermos inúmeros mineradores, investidores, fazendeiros, geólogos, leigos, enfim, pessoas interessadas em negociar uma área e seus direitos minerais. O objetivo, na maior parte das vezes, é o de vender a área no todo ou em parte. Quando eu era Gerente Geral da Rio Tinto no Brasil esse tipo de situação me tomava um tempo enorme, me fazendo receber, um por um, os empresários e mineradores que tentavam vender as suas áreas e jazimentos.

Todos tinham algo em comum: acreditavam que eram donos de uma das melhores áreas do mundo... Falavam sempre em números estratosféricos, teores exorbitantes e tonelagens fora da escala. O problema é que um ou outro realmente tinha em suas mãos um alvo com mérito, que deveria ser investigado. Reconhecer essas oportunidades era o principal objetivo dessas reuniões.

Das centenas que eu tive a oportunidade de entrevistar, nessas últimas décadas, pouquíssimos empreendedores tinham, no seu portfólio, algo realmente interessante, do ponto de vista de um empreendimento mineiro de grande porte. A maioria destes empresários tinha apenas um esboço, um sonho. Um projeto sem fundamentação técnica-econômica, sem sustentação, onde não valia a pena investir o dinheiro da empresa. 

As décadas se passaram, mas o fenômeno continua exatamente igual.

Se você é um desses empreendedores que quer vender a sua área ou quer entrar no ramo da prospecção, leia as próximas linhas, pois lá estão sumarizados os pontos que demonstrarão se o seu alvo tem ou não interesse. Entenda e siga esses pontos a medida do possível e do tamanho do seu bolso.

Em primeiro lugar tenho que dizer o óbvio: a mineração e a pesquisa mineral é coisa para cachorro grande. São necessários grandes investimentos, todos de altíssimo risco, para que possamos delimitar um jazimento econômico. Entre a descoberta de um minério potencialmente interessante até o cálculo final de reservas e dos estudos de viabilidade econômica se vão anos e investimentos que irão variar entre dezenas a centenas de milhões de dólares. Não existem muitos atalhos e se eles forem tentados as consequências poderão ser desastrosas.

Em geral aquilo que você acredita piamente é, para o profissional experiente, apenas uma evidência, uma peça de um quebra-cabeças que deverá ser montado, passo a passo, ao longo de anos de trabalho e de investimentos.

Exploração mineral é puro risco. A forma de reduzir o risco é através de investimentos inteligentes e da qualidade dos profissionais envolvidos nas várias etapas do projeto. Se você não entender esses dogmas talvez se surpreenda quando descobrir que aquela área que você depositava tanta esperança nunca será negociada. 

Saber reduzir o risco focando nos jazimentos com as maiores chances de sucesso é coisa para pouquíssimos geólogos e empresários. Esse é um ponto fundamental que nada tem há ver com a sua área. As vezes o geólogo do lado comprador, pode ser do tipo avesso a riscos, com medo de errar e comprometer a sua carreira. Se possível fuja dele. Esse tipo de pessoa quase nunca consegue ver o mérito de uma área nas fases muito preliminares.

Aí vai a primeira lição: lembre-se que do outro lado da mesa terá um geólogo experiente que sabe que as chances matemáticas de que você esteja trazendo um prospecto realmente ganhador são muito, mas muito pequenas.

A estratégia que você tem para aumentar as suas chances de sucesso em uma negociação passa por uma apresentação profissional que contenha a maioria dos pontos listados abaixo. Sem esses pontos, bem elaborados e fundamentados, as suas chances de sucesso serão radicalmente minimizadas.

Os vinte pontos fundamentais que farão o sucesso (ou insucesso) da sua venda estão abaixo. Quanto mais investimentos você fizer maior o número de respostas que você terá para cada item discutido abaixo e maior será o valor da sua área. 

Se você não tem essas respostas isso significa que alguém vai ter que investir para respondê-las o que implica em riscos muito grandes repassados ao comprador e, naturalmente, em uma menor avaliação de sua área. 

Lembre-se que cada ponto abaixo tem um custo. O custo de todos esses 20 pontos somados, no caso de uma jazida de porte médio, quase nunca será inferior a 10 milhões de dólares...é isso que o comprador irá pensar ao avaliar o seu alvo. O comprador tem que decidir entre várias possibilidades onde irá investir o seu orçamento. Você só irá finalizar a venda se a sua área tiver vantagens sobre as demais. Ou seja, quanto mais respostas você tiver melhor.

Como eu disse, para a maioria dos jazimentos minerais, não existem muitos atalhos. 

É por isso que as empresas junior de mineração, que são quem investem na maioria desses pontos, geralmente do 1 ao 16, precisam de financiamentos milionários para sobreviver neste ambiente hostil, onde o risco é total, que é a exploração mineral.

1. A situação legal: sem um estudo completo da situação legal da sua área não é possível nem iniciar uma negociação. O comprador quer ver um raio-X completo da situação legal, do tempo remanescente e dos problemas inerentes.

2. O minério e sub-produtos: é fundamental entender tudo sobre o minério e seus sub-produtos, incluindo preços, usos, metalurgia etc...

3. A infraestrutura: a existência de uma boa infraestrutura na área aumenta em muito o valor desta. Você deve fazer um bom apanhado sobre o assunto e a influência da infraestrutura ou da ausência dela no seu empreendimento, no transporte do seu produto...

4. A logística: idem a infraestrutura.

5. O meio ambiente: problemas ambientais, impactos ambientais derivados da lavra do seu minério, localização da área em reservas naturais, contaminações possíveis, existência de áreas indígenas, parques, cidades, represas etc... são frequentemente, problemas sérios, muitas vezes incontornáveis, que podem acabar com a economicidade de sua área. Se existirem é bom que você tenha as soluções para discutir.

6. A geologia: Mapeamentos geológicos, geoquímicos, geofísicos são fundamentais e muito importantes no entendimento do potencial de sua área. Se existentes podem fazer a diferença em uma negociação. Na maioria das vezes o empreendedor não tem um bom trabalho de geologia e isso, frequentemente, penaliza a área.

7. A equipe técnica: ter uma equipe técnica capitaneada por um geólogo experiente, de preferência com renome internacional, é um ponto que irá abrir as portas às grandes negociações. Sem isso o comprador, geralmente uma mineração de porte, vai tender a não dar a devida importância à sua área técnica e aos trabalhos executados. É bom considerar que, na maioria das negociações, a língua será o inglês. Portanto é bom que o seu geólogo responsável seja fluente em inglês. Já vi muitas áreas boas não serem negociadas pois o lado do vendedor não sabia apresentar e debater em inglês. 

8. Os trabalhos realizados: a quantidade, objetividade e qualidade dos trabalhos executados na área distinguem os profissionais dos amadores.

9. O investimento efetuado: o investimento efetuado, deve estar atrelado à uma boa equipe e a trabalhos técnicos sólidos em bem executados. De outra forma poderão simplesmente mostrar a incompetência de sua empresa. Não é a quantidade mas a qualidade do investimento que conta.

10. As sondagens executadas: por mais que muitos não queiram a sondagem é fundamental. A sondagem é o detector de mentiras da geologia. É através dela que as teorias são concretizadas ou desmontadas. Se a sua área não tem sondagens, em um bom número e arranjo, ela nunca será vista com toda a seriedade que possa merecer. Guarde cuidadosamente os testemunhos de sondagem. Eles serão importantíssimos em uma análise ou due diligence feita pelo comprador. Se você colocá-los fora ou não souber guardá-los adequadamente prepare-se para o prejuízo.

11. As análises químicas: nunca economize nas análises. Use um laboratório certificado internacionalmente ou poderá ver toda as análises desprezadas pelo comprador em uma aquisição. Lembre-se sempre de manter as polpas em estoque para que o comprador possa confirmar resultados se necessário.

12. Os teores: nem sempre uma análise corresponde ao teor de um determinado minério. É muito frequente que o volume da amostra analisada não seja representativo e isso implica em enormes erros de avaliação. É comum usar um método errado para a análise de um minério. Grandes empresas fazem, comumente esses erros, por que você não vai fazer o mesmo? Use um geólogo bom e experiente. Erros analíticos podem ser derivados da amostragem mal feita e até do método utilizado e do laboratório e suas variância. Só um profissional experiente vai poder identificar esses erros. Erros em teores são comuns e mortais, geralmente decretando o fim do projeto.

13. O QA/QC: se você tem uma equipe profissional ela, com certeza, já terá o QA/QC (quality assurance, quality control) de todos os seus procedimentos analíticos amostragem, sondagem etc...em um formato internacional compatível com um QA/QC aceito. Se é a primeira vez que você ouve sobre isso cuidado! Pois o comprador vai exigir um QA/QC de seus dados. A inexistência pode implicar no fim do negócio.

14. Os volumes e tonelagens: mais uma vez, uma boa equipe, bons softwares, bom banco de dados, sólido e auditado, irão levar à cálculos de recursos de qualidade que poderão ser aceitos pelo comprador. Isso é coisa de profissional. Não adianta o seu entendimento de que “tudo” é minério. Ou que o minério continua “na direção daquele morro” etc.. Isso não tem valor para o comprador. O que vale é o hard data, os dados quantificáveis, as sondagens, análises, a auditagem, o QA/QC. Sem isso a sua área é um sonho e o valor para comprovar se esse sonho pode virar uma realidade é alto: coisa de minerador profissional.

15. As lavras-piloto: muitas vezes, a única forma de entender os teores do minério e suas características e variabilidades é através da lavra-piloto. Um projeto que já tem uma lavra-piloto geralmente tem uma avaliação muito maior, pois muitas perguntas importantes já foram respondidas. Dependendo do tipo de minério uma lavra-piloto pode ser a melhor solução para levantar dados, viabilizar o projeto e, inclusive, capitalizar a empresa. Sempre que puder faça uma lavra-piloto.

16. A certificação: a existência de uma certificação em padrão Jorc ou NI-43-101 feita por um auditor internacional independente é o selo de garantia que o seu projeto precisa ter para ser aceito pela maioria dos grandes compradores. Empresas de mineração irão enviar a sua própria equipe e irão, eles mesmos, certificar o seu projeto durante o processo de due diligence. Projeto certificado é projeto que passou no vestibular: é dinheiro em caixa.

17. Os estudos de viabilidade econômica: um dos últimos passos antes da lavra. É aqui que o projeto, sua metalurgia, lavra, processo, concentração, transporte etc.. vai ser simulada e testada. Estudos de viabilidade econômica são caros e geralmente são feitos pelo comprador, raramente pelo vendedor. 

18. Os estudos de fluxo de caixa: é a “prova dos nove”, quando toda a operação da lavra à venda do produto é simulada ao longo dos anos do início ao fim da mina. Se o projeto é bom isso ficará aparente nesses estudos. Se as taxas de retorno ou NPVs não forem favoráveis e o projeto começar a ser “massageado” para sobreviver é possível que nenhum comprador finalize o negócio.

19. Os problemas: saiba, desde o início, quais são os problemas que o seu projeto apresenta. Todos tem! O seu também terá. Pode ser um problema metalúrgico, geológico, ambiental etc...o importante é não escondê-lo e enfrenta-lo desde o primeiro dia. O comprador vai descobrir e, se você não falar, poderá ser considerada uma atitude desonesta.

20. As soluções: na maioria das vezes elas existem. Tenha um bom consultor e, possivelmente, ele irá apresentar soluções que poderão ser entendidas e “compradas” pelo investidor.



Eu sei que essa matéria irá assustar a maioria dos empreendedores e aprendizes de minerador. Infelizmente para muitos esse artigo será o “beijo da morte”, e o sonho de se tornar um minerador será esfacelado pela dura realidade dos números. Mas sei, também, que para alguns este será mais um desafio. Esses talvez acreditem que quanto maior a qualidade menor será o risco e que a exploração mineral, mesmo arriscada, pode ser um dos empreendimentos de maior sucesso. 


À você que decidiu encarar de frente esse desafio, mesmo com todo o risco, assim como muitos de nós estamos fazendo, fica registrado os meus votos de sucessos! Seja competente e transforme o seu sonho em realidade.

Geólogo de petróleo: o sexto melhor emprego nos Estados Unidos



Segundo a pesquisa da CNN Money o emprego de Geólogo de Petróleo é o sexto melhor entre todos os empregos dos Estados Unidos. Os salários médios estão em torno de R$400.000,00 por ano podendo atingir mais de R$640.000 por ano. Esses são os geólogos que estão descobrindo os novos campos de petróleo usando os seus conhecimentos, experiência e potentes computadores.
Interessado (a)?


fonte: geologo.com.br

domingo, 17 de novembro de 2013

Fraturamento de reservatórios carbonáticos centraliza debate



A Associação Europeia de Geociências e Engenharia (EAGE), em parceria com a SBGf (Sociedade Brasileira de Geofísica), promoveu no Rio de Janeiro, o workshop "Fraturas em reservatórios convencionais e não convencionais". A reportagem do Geofísica Brasil não teve acesso ao recinto do encontro, mas, por e-mail, o pesquisador britânico Patrick Corbett (Hariot Watt University), co-chairman do evento concedeu esta entrevista.
O objetivo de unir academia e indústria numa discussão de alto nível em um workshop sobre reservatórios fraturados foi atingido? Porque?


O workshop teve a participação de 70 pessoas de operadoras, companhias de serviço e academia, sendo aproximadamente um terço de cada. Para um pequeno grupo de especialistas este é um equilíbrio certo com a maioria dos presentes tendo experiência prática em reservatórios fraturados. Parece que há pouca expertise nesta área no Brasil e, na que existe – como a rede de pesquisa da Petrobras – o segmento foi bem representado.
Informe alguns itens das apresentações que merecem ser destacados?


Muitas das crenças fundamentais da indústria foram questionadas:
Fraturas têm origem em uma falha de grande ângulo– mas somente para camadas (Lewis, HWU)
O uso da curvatura é bom? – Ok para sistemas de camadas mais finas (Couples, HWU)
A fratura tem sempre porosidade baixa (1-2%)? – Em geral, sim, mas nem sempre. (Quenes, Sigma3)
O modelo fractal é bom? Tem escalas de comprimento, camadas e a estratigrafia mecânica é importante (Couples, HWU; Riva GE Plan).
Fraturas mecânicas seguem padrões de fraturas existentes (Alverellos, Repsol)
Fraturamento térmico em rochas de baixa permeabilidade – também arenitos de alta permeabilidade (Tovar, IES)
Modelagem continua X modelagem discreta de fraturamento – subir a escala DFN é muito desafiador (Geiger, HWU)
O embasamento fornece selos e barreiras para migração – mas não se estiver fraturado (Hartz, Det Norske Oljeselskap)
Equação de Ruger pode dar densidade e orientação da fratura – modelos simples de laboratório mostram que esta equação as vezes segura (Chapman, Edinburgh University)


Uma gama de novas tecnologias foi apresentada: Drones para mapeamento de fraturas no campo (Bertotti, TUDelft); Imageamento de poço em alta definição e tempo real (Javagli, Schlumberger); Inversão de dados sísmicos de amplo azimute para fraturas (Ferrer, CGG) e equações universais para transferências de matriz de fraturas (Geiger, HWU).


O desafio de trabalhar dados regionais e de campo fraturados e reais foi tema de discussões por Tomaso (Petrobras), Hartz (The Norwegian Oil Company) and Turucanu (CSM) como dados limitados necessitam ser levados ao limite e a modelagem do reservatório demanda esforço e atenção.


Porém, houve concordância em algumas áreas:
Localizar fraturas é difícil, mas é fácil prever com modelo estrutural correto (Lewis, HWU)
Modelos de fratura devem ser direcionados por conceitos e dados (Riva, GE Plan)
Fraturas desenvolvem, porém, história complexa de soterramentos e muitos episódios de estresse (Bezerra, UFRN; Betotti (TUDelft)
Facies e litologia têm impacto na distribuição de fraturas (Cazarin, Petrobras)
Necessário modelar fraturas em 3D (Hartz, Det Norske Oljeselskap; Moos, Baker-Hugues)
Necessária uma abordagem multidisciplinar para se compreender as fraturas
Após dois dias de apresentação e debates quais foram suas considerações finais?


Parafraseando Robert Trice (citado no encontro) – Para desenvolver um reservatório fraturado é preciso "compreender fraturas em geral, compreender fraturas específicas e compreender fraturas detalhadamente". Para alguns participantes, a complexidade dos reservatórios fraturados significou que eles "compreenderam" menos do que eles pensam! Ao trazer especialistas em disciplinas de toda a rede internacional de pesquisa em fraturas e submetê-los a um questionamento detalhado, com certeza o workshop contribuiu para uma sensação geral de "upgrade de conhecimentos" de fratura entre os participantes.
Qual sua visão de futuro para as fraturas em reservatórios não convencionais?


Fraturamento é parte da abordagem padrão para o desenvolvimento de recursos de óleo ou gás não convencional (tight). Os temas não são tão técnicos, mas logísticos, ambientais e (na Europa) de aceitação pública. Na Europa, as preocupações ambientais estão em foco nas agendas e estão sendo examinadas por legisladores. Fraturamento tem o benefício adicional de ser detectado por eventos microssísimicos e várias apresentações no workshop demonstraram como estes podem ser monitorados com segurança desde a superfície, permitindo ao operador confirmar expectativas para o benefício da produção e da segurança ambiental.
Este conhecimento será útil para a indústria de óleo e gás manter sua predominância na matriz energética mundial?


Os recursos de óleo e gás são importantes para a sociedade mais do que apenas contribuir para o fornecimento de energia. Avaliar se existem recursos não convencionais para agregar aos significativos recursos convencionais brasileiros ajudará no fornecimento de energia local em um país em desenvolvimento acelerado com crescente demanda energética. Na medida em que a indústria der todos os passos necessários para reduzir a emissão de carbono – talvez pelo desenvolvimento de sistemas eficientes e baratos de captura e armazenagem de carbono de longo prazo – então não haverá motivos para que a indústria de óleo e gás não se mantenha próspera por muitos anos ainda.
A EAGE pretende promover outros workshops deste tipo no Brasil no futuro?


Com certeza a EAGE conversará com a SBGf para repetir workshops deste e de outros tópicos importantes. A chave é encontrar o equilíbrio para reunir companhias locais e globais e os profissionais para compartilhar desafios e sucessos tecnológicos. Localmente no Brasil parece difícil criar o ambiente correto para discussões abertas, de alto nível de conhecimento e tecnicamente focadas, mas os coordenadores deste primeiro evento EAGE-SBGf certamente esperam participar mais e continuar a contribuir para o desenvolvimento de uma expertise local brasileira.








Co-chairman


O geofísico Paulo Johann (Petrobras), que dividiu a coordenação do workshop EAGE/SBGf com Patrick Corbett, afirmou, por sua vez, que a representação espacial e mecânica da fratura de reservatórios carbonáticos tem grande importância nas modelagens geofísicas, geológicas, geomecânicas e de fluxo. Sua identificação, caracterização e representação são de fundamental importância para a indústria. Johann disse ainda que "a SBGf e a EAGE estão de parabéns em promover um evento desse nível técnico e trazendo pesquisadores, professores e profissionais da industria do petróleo de renomado saber para o Brasil e permite a divulgação desse conhecimentos entre os profissionais brasileiros que participaram do evento".