quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Utilização de Diamantes na Perfuração de Poços de Petróleo




Até a década de 1900, a maioria dos poços petrolíferos era criada utilizando brocas de percussão — tecnologia já utilizada pelos chineses em 1100 a.C e ainda um método muito popular de perfuração para obtenção de água. Uma broca de percussão é uma haste com um pedaço pesado de metal na ponta. Ela é levantada e solta repetidas vezes dentro de um orifício, aumentando gradualmente sua profundidade. Vários homens trabalhando juntos muitas vezes levaram anos para fazer um único poço dessa forma. Hoje em dia o trabalho é normalmente feito com máquinas.

Ao longo dos séculos 19 e 20, melhorias na tecnologia do aço trouxeram brocas de perfuração rotativas que poderiam perfurar rapidamente rochas moles até o fim. Até mesmo em rochas moles, o aço pode se desgastar muito rápido, por isso geralmente é coberto com inserções, ou uma completa camada externa, de carbureto de tungstênio, que é mais frágil que o aço, mas tem maior resistência à erosão. Se isso não for suficiente, são adicionados diamantes sintéticos, mas as rochas mais duras só podem ser perfuradas com a ajuda de diamantes de verdade.




Esquerda: Uma broca de perfuração e o sistema de direção sendo preparados para perfurar.

Direita: São perfurados poços que passam pelas camadas rochosas em direção às reservas de petróleo e gás.








Essa broca perfura rochas duras utilizando diamantes naturais colocados em fileiras em lâminas de carbureto de tungstênio


O diamante, o material mais resistente já encontrado, é 10 vezes mais duro que o aço, 2 vezes mais duro e 10 vezes mais resistente ao desgaste do que o carbureto de tungstênio, e tem uma força de compressão 20 vezes maior do que o granito.

A primeira vez que geólogos usaram diamantes naturais para perfuração foi por volta de 1910 em brocas de sondagem para escavação que perfuravam orifícios em forma de rosca e extraíam colunas de rocha para análise. Diamantes foram inseridos pela primeira vez em brocas de orifício inteiro para poços petrolíferos no início da década de 1920 e são amplamente usados hoje. Brocas de diamante natural usam pedras naturais de qualidade industrial, não preciosas, que são trituradas e procesadas para produzir tamanhos específicos e formas arredondadas regulares.





Esta broca tem lâminas de carbureto de tungstênio impregnadas com minúsculos grânulos de diamantes, que permitem a perfuração de rochas muito duras. Como o carbureto de tungstênio se desgasta na superfície de corte, grânulos de diamante desgastados caem e os grânulos novos ficam expostos.








Esse homem está segurando uma inserção de PDC com pinças.








Os discos pretos na extremidade cortante das lâminas dessa broca de perfuração são inserções de PDC.




Os diamantes naturais se formam na profundidade da Terra sob calor intenso e pressão extrema por milhares de anos. No início da década de 1970, a empresa norte-americana General Electric desenvolveu um processo para fazer diamantes sintéticos. Finas camadas circulares alternadas de grafite de carbono e cobalto são empilhadas em pequenas latas e pressionadas a 2 milhões de psi [13.733 MPa] e depois aquecidas a 2732°F [1500°C] por cinco minutos. Esse processo cria pequenos cristais de diamante sintético que se ligam e formam o compacto de diamante policristalino (PDC). Ao contrário dos diamantes naturais, os cristais individuais são muito pequenos para perfurar rochas duras. Em vez disso, as inserções de PDC são incorporadas nas bordas de brocas para perfurar a rocha — como se fosse uma lixa extemamente dura.

Muitas brocas de perfuração incluem uma combinação de aço, carbureto de tungstênio, PDC e diamante em suas extremidades cortantes e perfurantes. Há uma grande variedade de combinações, projetadas para perfurar com mais eficiência diferentes tipos de rocha.




Esquerda: Essa broca de perfuração "híbrida" contém tanto inserções de PDC cortantes como pinos impreganados de diamante. Essa visualização também mostra os bicos entre as lâminas na extremidade da broca. Uma lama especial é bombeada através desses bicos para resfriar a broca e retirar os pedaços de rocha das extremidades cortantes, desde o orifício até a superfície, onde são analisadas por geólogos.



Abaixo, à esquerda: As brocas de cone cilíndrico possuem cones metálicos que giram independentemente. Cada cone tem dentes feitos de aço endurecido, carbureto de tungstênio, PDC, diamantes ou uma combinação deles.

Abaixo, à direita: A vista lateral de uma broca de cone cilíndrico mostra PDC e diamantes inseridos em todas as partes expostas da broca, além de dentes cortantes. Eles serverm para reduzir o desgaste quando se perfuram rochas muito abrasivas.

Brocas de perfuração Close de parte de uma broca de de perfuração

Cientistas estão mais perto de pílula para homens


Pesquisadores descobriram forma reversível de impedir saída de esperma, mas medicamento pode levar uma década para ser desenvolvido.




Da BBC


Novo tratamento pode ser revertido facilmente, segundo cientistas (Foto: BBC)

Cientistas australianos estão mais próximos de sintetizar uma pílula anticoncepcional para homens - mas o medicamento ainda levará mais de 10 anos para chegar às farmácias.

Os pesquisadores da Universidade Monash, em Melbourne, encontraram uma forma reversível de impedir que os espermatozoides saiam junto com a ejaculação, sem afetar a função sexual.

Testes em animais mostraram que o esperma pode ser mantido "em estoque" durante a relação.

A busca por um anticoncepcional masculino até o momento se concentrou em pesquisar como os homens poderiam produzir espermatozóides não funcionais.

Mas alguns medicamentos usados com este objetivo também tinham efeitos colaterais considerados "intoleráveis", segundo Sabatino Ventura, um dos pesquisadores da Universidade Monash.

Estes medicamentos provocavam a infertilidade, mas também afetavam o apetite sexual ou causavam alterações permanentes na produção dos esperma.

A descoberta foi publicada na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Estoque
Para chegar a este novo anticoncepcional masculino, os pesquisadores australianos tentaram uma abordagem diferente. Normalmente o esperma sai da "área de estoque" no canal deferente antes da ejaculação.

O grupo de pesquisadores produziu camundongos geneticamente modificados que não conseguiam expelir o esperma para fora do canal deferente.

"O esperma fica no local de estocagem então, quando o camundongo ejacula, não há esperma, ele é estéril", disse Ventura à BBC.

"É facilmente reversível e o esperma não é afetado, mas precisamos mostrar que podemos fazer isto em termos farmacológicos, provavelmente com dois medicamentos", acrescentou.

Até o momento o grupo de pesquisas fez com que os camundongos ficassem estéreis mudando o DNA dos roedores para que eles parassem de produzir duas proteínas necessárias para mover o esperma.

Agora, os cientistas precisam descobrir duas drogas que possam produzir o mesmo efeito. Eles acreditam que uma delas já foi desenvolvida e é usada há décadas em pacientes com crescimento benigno da próstata.

Mas a descoberta do segundo medicamento necessário pode levar até uma década.

O processo descoberto pelos cientistas australianos também não é totalmente livre de efeitos colaterais. As proteínas que foram alteradas pelos cientistas têm um papel no controle dos vasos sanguíneos, então os efeitos colaterais poderão afetar a pressão e o batimento cardíaco.

Mas, pelo menos nos camundongos, a única alteração detectada foi uma queda "muito pequena" na pressão sanguínea. Também pode haver uma alteração no volume da ejaculação.

"É um estudo muito bom, quase como uma vasectomia biológica, que impede a saída do esperma", afirmou Allan Pacey, palestrante de andrologia na Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

"É uma boa ideia, mas eles precisam continuar (com a pesquisa) e observar o que faz com as pessoas", acrescentou.

'Gordinho saudável' é um mito, diz pesquisa


Excesso de gordura ainda traz riscos à saúde, mesmo quando níveis de colesterol, pressão arterial e açúcar são normais.




Da BBC


'Gordinho saudável' é mito, segundo estudo (Foto: BBC)

Defendida por uma corrente de endocrinologistas e nutricionistas, a ideia de que um indíviduo com sobrepeso possa ser um "gordinho saudável" não passa de um mito, segundo uma nova pesquisa.

O estudo, conduzido por cientistas canadenses com mais de 60 mil pessoas, mostrou que o excesso de gordura ainda traz riscos à saúde, mesmo quando os níveis de colesterol, pressão arterial e açúcar são normais.

Divulgada na publicação científica "Annals of Internal Medicine", a pesquisa analisou resultados de mais de 1 mil outros estudos publicados sobre o tema.

Os pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Toronto, terminaram por contradizer a máxima de que o excesso de peso não implicaria necessariamente em riscos para a saúde desde que os indivíduos se mantivessem saudáveis de outras maneiras.

Mito
O levantamento concluiu que pacientes com sobrepeso cujo coração foi monitorado por mais de 10 anos não apresentaram qualquer melhora na saúde.

Os cientistas argumentam que os "gordinhos", apesar de metabolicamente saudáveis, têm, provavelmente, fatores de risco subjacentes que pioram com o tempo.

Responsável pelo estudo, Ravi Retnakaran disse à BBC: "Nossos resultados realmente colocam em dúvida a existência desse conceito de obesidade saudável".

"Os dados sugerem que tanto os pacientes que são obesos e metabolicamente doentes quanto os que são obesos, mas metabolicamente saudáveis, têm risco elevado de morte por doenças cardiovasculares. Nesse sentido, a 'obesidade saudável' pode ser considerada um mito."

A Fundação Britânica do Coração diz que a obesidade é um conhecido fator de risco para doenças cardiovasculares e as pesquisas mostram que não há nível saudável de obesidade.

Para a enfermeira chefe de doenças cardíacas Doireann Maddock, "mesmo se os níveis de pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue estiverem normais, a obesidade ainda pode colocar o coração em risco".

Ela destaca a necessidade de uma mudança no estilo de vida em detrimento de uma preocupação exagerada com os fatores de risco individuais.

"Além de acompanhar seu peso, se você parar de fumar, começar uma atividade física regular e mantiver a pressão arterial e o nível de colesterol a um nível saudável, você pode fazer uma diferença na redução de seu risco de doença cardíaca."

"Se você está preocupado com seu peso e quer saber mais sobre as mudanças que você deve fazer , marque uma visita com o seu médico."

Cientistas desenvolvem aplicativo para medir terremotos por celular


'My Quake' identifica tremores de magnitude 5 ou maior em raio de 10 km.
Indústria já tem interesse, mas autor diz que público não pode se acomodar.




Luna D'Alama Do G1, no Rio


3 cDestruição causada por terremoto de magnitude 7.1 nas Filipinas no dia 15 outubro, menos de um mês antes da passagem do tufão Hiyan, (Foto: Jay Directo/AFP)

Um grupo de cientistas americanos e italianos está desenvolvendo um sistema para prever e detectar terremotos por meio de aplicativo de celular. O software "My Quake" (Meu Terremoto, em inglês) foi idealizado em 2008 na Universidade da Califórnia em Berkeley, em parceria com a Universidade de Nápoles Federico II, e vem sendo aprimorado desde então. O projeto foi apresentado na terça-feira (26) pelo sismólogo Richard Allen, durante o VI Fórum Mundial de Ciência, no Rio.
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Segundo o especialista, hoje o programa – que usa dados de GPS e algoritmos – consegue detectar em tempo real tremores de magnitude 5 ou maior em um raio de 10 km. O próximo passo será aumentar a sensibilidade do dispositivo para identificar abalos sísmicos de magnitude 3 em um raio de até 100 km.

"Se a intensidade e a duração dos terremotos puderem ser previstas com minutos de antecedência, isso já pode ser suficiente para que as pessoas procurem um lugar seguro. Nesses casos, segundos muitas vezes já podem fazer alguma diferença", destacou.

Para Allen, sempre vai existir o "elemento surpresa" em situações como desastres naturais, mas esse sistema de alerta pode servir como uma ferramenta para ajudar a população na hora de agir.

"O que não podemos é usar programas assim para nos tornar mais complacentes e não fazer nada. As pessoas precisam ser treinadas e aprender como proceder nesses momentos, pois também é responsabilidade delas", disse.

O que não podemos é usar programas assim para nos tornar mais complacentes e não fazer nada. As pessoas precisam ser treinadas e aprender como proceder nesses momentos, pois também é responsabilidade delas"
Richard Allen,
sismólogo

Na opinião do sismólogo, saber desses eventos previamente não deve criar reações de pânico, e modelos já implantados no Japão demonstram isso. Allen cita, ainda, o Chile como um bom exemplo de país que tem se preparado cada vez melhor para tremores de terra, com prédios mais seguros e uma população mais atenta.

"A implementação do nosso sistema ainda é um desafio, mas já há empresas interessadas. Fizemos testes no Japão e até 90% dos voluntários manifestaram estar dispostos a usar o aplicativo", contou.

Faltam dados de desastres
De acordo com o climatologista japonês Yuichi Ono – do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Ciência de Desastre (IRIDeS), criado na Universidade de Tohoku após o tsunami de 2011 –, apenas os desastres naturais mais graves são reportados às autoridades, deixando os menores de fora das estatísticas. Também não se sabem se morrem mais homens ou mulheres nesses episódios, apontou o especialista.

"São os governos locais e federal que devem coletar os dados. Os sistemas de alerta de terremoto e tsunami no Japão já melhoraram, menos pessoas morrem agora", afirmou. Hoje, o IRIDeS conta com cem pesquisadores, e recentemente enviou especialistas para as Filipinas, que têm sofrido com a passagem do tufão Haiyan.

A pesquisadora da Universidade de Ciência de Tóquio Reiko Kuroda, membro do Conselho de Ciência do Japão, acrescentou que eventos como o tsunami de março de 2011, que deixou milhares de mortos e atingiu a usina nuclear de Fukushima, fizeram a população do país ficar mais cética em relação à contribuição da ciência. Para Ono, a opinião pública perdeu totalmente a confiança na comunidade científica.

O que devemos reduzir é a exposição e a vulnerabilidade das populações (aos desastres)"
Gordon McBean,
presidente do ICSU

Ásia mais atingida
Segundo o climatologista Gordon McBean, presidente do Conselho Internacional de Ciência (ICSU, na sigla em inglês) e professor da Western University no Canadá, os desastres naturais se concentraram, entre 1980 e 2012, 52% na Ásia, 27% na África, 12% na América do Norte, 7% na Europa e 2% na América do Sul.

Os países onde houve o maior número de mortos nesse período foram Bangladesh, Índia, Honduras e Japão. Só no ano passado, nas Filipinas, foram registrados 33 desastres ligados ao clima, entre ciclones, erupções de vulcões, enchentes e terremotos.

A maioria dos incidentes relatados no mundo tem sido de natureza hidrológica, meteorológica ou climatológica. Para McBean, que ajudou a formular o mais recente relatório científico do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a intensidade das tempestades e furacões só deve aumentar daqui para frente.

"O que devemos reduzir é a exposição e a vulnerabilidade das populações", destacou. De acordo com o climatologista, as maiores perdas econômicas decorrentes de desastres naturais estão nos países em desenvolvimento.

McBean também reforçou que as pessoas precisam de educação e treinamento para saber o que, quando e como fazer nesses episódios.

"Devemos trabalhar juntos, envolver a população. Muitas crianças japonesas morreram afogadas no tsunami de 2011 porque nunca haviam tido um treinamento antes", lembrou o especialista, que coordena grupos de trabalho nas Filipinas, na Tailândia e no Laos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Tipos de Sondagem


Sondagens a Trado


A sondagem a trado consiste numa perfuração manual de pequeno diâmetro, por meio de um dispositivo de baixa a média resistência para perfuração de solo.

O trado é constituído por uma haste metálica, onde é fixado um haste ortogonal numa das extremidades, enquanto que na outra extremidade podem ser fixados diversos tipos de perfuradores, no caso da utilização de trados ocos é possível introduzir amostradores pelo seu interior, possibilitando assim a amostragem.


Fig.1- Mecanismo para realização de sondagem.

Utilizada essencialmente para a recolha de amostras de solo, por exemplo na construção de estradas, determinação de manchas de empréstimo e identificação do nível de água.

Os trados manuais são geralmente usados até profundidades de cerca de 6 metros e em solos pouco consistentes. Os furos assim abertos podem requerer ou não tubagem de revestimento.

O uso de trados accionados mecanicamente é sobretudo vantajoso em terreno com seixo ou quando haja necessidade de realizar grande número de furos. Os furos realizados com trados mecânicos podem atingir profundidades que ultrapassam os 30 metros.







Fig.2- Tabela vantagens e desvantagens.



Sondagens à Percussão


A sonda de percussão pode ser accionada manual ou mecanicamente. A sonda manual é geralmente usada para abrir furos verticais com diâmetros máximos de cerca de 20 cm e profundidades até cerca de 20 metros.


Fig.1- Exemplo de Trépanos.


Para furos mais profundos, os quais podem atingir valores da ordem de grandeza da centena de metros (embora para estas profundidades os rendimentos de furação já são relativamente baixos), deverão utilizar-se sondas mecânicas.



As sondagens de percussão são habitualmente utilizadas em solos ou rochas brandas, raramente ultrapassando comprimentos da ordem das poucas dezenas de metros.

Nos furos abertos nestas formações podem colher-se amostras com um amostrador adequado, mas deve ter-se presente que o terreno sofre uma certa perturbação, obtendo-se amostras piores do que as conseguidas por meio de poços, valas ou galerias.



As sondagens de percussão são também utilizadas na furação de rochas duras, sendo, nestes casos, o seu avanço relativamente lento. É frequente a utilização de furação destrutiva na pesquisa e captação de água subterrâneas e na execução de furos para tratamentos por injecções de cimento de fundações em maciços rochosos, apesar de neste caso ser também frequente a utilização de sondagens de rotação tipo “rotary” ou “circulação inversa” de avanço muito mais rápido (Figura 2).


Fig.2 - Exemplos de sondagens.


Fig.3 - Mecanismo usado para sondagem.


Sondagens à Rotação


As sondagens de rotação permitem amostragem contínua com elevada percentagem de recuperação em terreno rochoso de boa qualidade a razoável. Para se obterem boas amostras deve utilizar-se amostrador de parede dupla, no qual o tubo que retém a amostra está desligado do movimento de rotação da coroa, o que minimiza os efeitos por desgaste devido à rotação e a fracturação das amostras. Para formações de fraca qualidade podem ainda ser utilizados amostradores triplos, assim designados por terem uma terceira parede que é uma camisa interior que acondiciona a amostra.

Os comprimentos mais comuns dos amostradores são 2 m e 3 m utilizando-se comprimentos maiores, por exemplo, em sondagens de prospecção de petróleo. Os diâmetros das coroas são normalizados, de acordo com o indicado nos quadros seguintes.




Figura 1 - Coroas utilizadas nas Sondagens à Rotação


Nas sondagens de rotação com recuperação contínua de amostra a ferramenta de furação é uma coroa, vulgarmente de metais duros (por exemplo tungsténio) ou com diamantes (nestas, conforme os tipos e finalidade, variam a densidade de diamantes impregnados e a sua granulometria de acordo com o tipo de terreno a furar). Para rochas menos duras, como calcários, ou para solos duros, consegue-se um bom avanço com uma coroa de prismas de tungsténio enquanto para rochas duras, como quartzitos e até granitos sãos, mesmo com coroas diamantadas, o desgaste é muito grande e o avanço lento.

A ferramenta de furação vai no extremo das varas que são hastes metálicas que se ligam umas às outras e que permitem no seu interior a circulação de fluídos cuja finalidade é simultaneamente arrefecer as peças de furação e trazer à superfície os respectivos detritos. Em trabalhos de geotecnia o fluído de circulação é, geralmente, água.




Figura 2 - Exemplo de uma Sondagem à Rotação


Usada para a perfuração de maciços rochosos com obtenção e preservação de amostras de rochas.
Outras Sondagens




Sondagens de Roto-percussão




A sondagem rotopercussiva em circulação reversa obtém amostras das rochas perfuradas através do impacto de uma ferramenta especial (button bit ou broca tricónica), que utiliza ar comprimido como fluido circulante em hastes de paredes duplas.

O ar injectado pelo espaço anelar entre haste e camisa interna carrega até a superfície os fragmentos de rocha (cuttings), onde os mesmos são recuperados em ciclone e as amostras obtidas acondicionadas em sacos plásticos.

A utilização de martelo pneumático de fundo (DTH), com reversão de ar na face do button bit e/ou broca com insertos de tungsténio, proporciona uma amostragem contínua e descontaminada, com elevados índices de recuperação. A descrição geológica das amostras é facilitada pelo tamanho dos fragmentos obtidos.

A sondagem rotopercussiva, devido à representatividade das amostras, é aplicável na exploração mineral, no desenvolvimento de minas, na investigação geotécnica, na perfuração de poços e para controle ambiental.


Figura 1 - Diagrama de uma Sondagem Rotopercussiva

Evolução das Sondagens



A evolução tecnológica permite que actualmente existam equipamentos para a realização deste tipo de sondagens destrutivas em que é possível, através de instrumentação de captura, registo e tratamento informático, obter diagrafias instantâneas de parâmetros de furação que podem ser correlacionados com as características geotécnicas das formações.

Os principais parâmetros de furação que objecto de registo e tratamento são:

VA - velocidade instantânea de avanço;

VR - velocidade de rotação da broca;

PO - pressão sobre a coluna de varas;

PI - pressão do fluido de circulação;

BR - binário de rotação;

VO - percussão reflectida;

GP - ganho ou perda do fluido de circulação;

e a partir destes podem ser definidos índices que informam sobre as variações das características geotécnicas do maciço, como por exemplo:

(PI)2 relativo à permeabilidade;

(PO) / (VA) relativo á resistência do material à perfuração;

(BR) x ((VR) / (VA)) ou (BR) x (VR) x t relativos à dureza ou consistência do terreno (t = tempo para furar 5 mm).


Muito usada para a caracterização dos maciços das fundações de edifícios, residências, pontes, viadutos, escavações subterrâneas, entre diversas outras obras civis.

Perfil sísmico vertical,






 
Diagrama de configuraciones VSP

1. S. [Geofísica]
 
Uma classe de sísmica de poço usado para correlação com dados sísmicos de superfície para obter imagens de alta resolução da superfície de imagem sísmica para observar à frente do bit, também chamada de VSP. Facilmente definido, VSP refere-se a medidas tomadas em um eixo vertical, utilizando geofones no interior e uma fonte na superfície perto do poço. Em um contexto mais geral, VSPs variar na configuração bem, o número ea posição de fontes e geofones, e como eles são implantados. A maioria dos VSPs usar uma fonte sísmica de superfície, geralmente um vibrador em terra e um canhão de ar em ambientes marítimos ou marinha. Os VSPs incluem os seguintes perfis verticais sísmicas: sem deslocamento lateral da fonte (deslocamento zero), com o deslocamento lateral da fonte, o deslocamento lateral sucessivo da fonte, compensado fonte e proximidade destinatário sal VSPs, VSPs e VSPs de ondas de cisalhamento utilizando o ruído da broca e fonte sísmica ou os traços sísmicos adquiridos durante a perfuração. A VSP é uma pesquisa muito mais detalhada com um levante disparos de velocidade, pois os geofones são mais fechados, com um espaçamento regular de cerca de 25 m [82 pés], enquanto a primeira pode incluir medidas de intervalo com um espaçamento de centenas de metros. Por outro lado, uma VSP utiliza a energia reflectida contido no rastreio registada em cada posição do receptor, além do primeiro caminho directo entre a fonte e o receptor. Levantamento fotografias de teste de velocidade usando apenas o tempo de viagem do caminho direto. Além de dados correlacionam-se bem com os dados sísmicos, perfil sísmico vertical permite a conversão de dados sísmicos em diferenciação de fase zero e reflexões relativo ao colector.
Alternativa VSP Form ::

TIPOS DE PLATAFORMAS DE PETRÓLEO



Olá amigos! Hoje, com essa matéria, quero dividir um pouco do que aprendi sobre o assunto. E, para isso, vou mostrar para todos vocês quais são os tipos de plataformas de petróleo existentes até agora, que eu conheça, é claro. Se vocês souberem de algum tipo novo e que não se encontra aqui na matéria do dia, vocês podem enviar a informação via comentário ou via e-mail, o que é ainda melhor.

Enfim, espero que gostem do post do dia e que ele seja de grande ajuda, principalmente para os interessados no assunto diretamente. Boa leitura e bom aprendizado.
Tipos de Plataformas



De acordo com a finalidade que se destina e a profundidade da lâmina d’água em que irá atuar, as plataformas podem ser:

Plataformas Fixas: têm sido as preferidas nos campos localizados em lâminas d’água de até 200 metros. Geralmente as plataformas fixas são constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar. As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as instalações necessárias para a produção dos poços. Não tem capacidade de estocagem de petróleo ou gás, tendo o mesmo que ser enviado para a terra através de oleodutos e gasodutos.

Dimensões gerais de uma plataforma fixa
Altura total: 400m ( do fundo do mar até a torre )
Parte submersa: 170m
Parte emersa: 130m
Altura da torre: 80m
Estacas: Penetram até 125m abaixo do fundo do mar
Peso total da plataforma (seca): cerca de 36.500 ton
Peso da jaqueta: 26.700 ton
Peso das estacas: 11.250 ton














Plataformas Autoeleváveis: Só podem existir em águas rasas (até 90 metros). As plataformas auto-eleváveis são dotadas de três ou mais pernas com até 150 metros de comprimento. Essas pernas se movimentam verticalmente através do casco. No local da perfuração, as pernas descem até o leito do mar e a plataforma é erguida, ficando a uma altura adequada, acima das ondas. Terminada a perfuração, as pernas são suspensas e a plataforma está pronta para ser rebocada. Existem poucas de produção: as plataformas de perfuração são em maior número.








Ainda não posso postar as dimensões deste tipo de plataforma. Logo quando eu tiver essa informação estarei postando na página. Vamos à próxima?






Plataforma de pernas atirantadas (Tension-Leg Plataform – TLP): é uma estrutura flutuante ancorada verticalmente. É especialmente utilizada em casos de reservatórios de mais de 300 metros de profundidade. São unidades flutuantes utilizadas para a produção de petróleo. Sua estrutura é bastante semelhante à da plataforma semissubmersível. Porém, sua ancoragem ao fundo mar é diferente: as TLPs são ancoradas por estruturas tubulares, com os tendões fixos ao fundo do mar por estacas e mantidos esticados pelo excesso de flutuação da plataforma, o que reduz severamente os movimentos da mesma. Desta forma, as operações de perfuração, completação e produção das TLPs são semelhantes às executadas em plataformas fixas.















Plataformas Semissubmersíveis (Semi-Sub Plataform): são compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movimentações devido à ação das ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar os equipamentos a serem descidos no poço. Por isso, torna-se necessário que ela fique posicionada na superfície do mar, dentro de um círculo com raio de tolerância ditado pelos equipamentos de subsuperfície. Dois tipos de sistema são responsáveis pelo posicionamento da unidade flutuante: o sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico. O sistema de ancoragem é constituído de 8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes, atuando como molas que produzem esforços capazes de restaurar a posição do flutuante quando é modificada pela ação das ondas, ventos e correntes. No sistema de posicionamento dinâmico, não existe ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto a dos equipamentos de perfuração. Sensores acústicos determinam a deriva, e propulsores no casco acionados por computador restauram a posição da plataforma. As plataformas semi-submersíveis podem ou não ter propulsão própria. De qualquer forma, apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas para a perfuração de poços exploratórios.














Navios-sonda: O navio sonda (Drill Ship) SC Lancer é equipado com sistema de posicionamento dinâmico e tem capacidade para perfurar poços de até 6.000m de profundidade, em lâmina d’água máxima de 1.500m. O SC Lancer vem, desde 1990, realizando serviços de perfuração e manutenção de poços para a Petrobrás, em alguns dos principais campos da Bacia de Campos, como Marlim e Albacora. Neste mercado de alta tecnologia e bastante competitivo, o SC Lancer tem, nos últimos anos, apresentado uma das melhores performances operacionais entre os navios atualmente em atividade no Brasil.




















Sistemas flutuantes de produção (FPS - Floating Production Systems): São navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir, processar e/ou armazenar petróleo e gás natural, estando ancorados em um local definido. Em seus conveses, são instaladas plantas de processo para separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da água e do gás, o petróleo produzido pode ser armazenado nos tanques do próprio navio e/ou transferido para terra através de navios aliviadores ou oleodutos. O gás comprimido é enviado para terra através de gasodutos e/ou reinjetado no reservatório. Hoje temos um novo conceito de FPSO que é uma plataforma com formato circular, este formato é revolucionário, pois traz maior estabilidade e menor custo de construcão podendo assim viabilizar campos petrolíferos de baixa produção em águas profundas ou em ambientes oceânicos severos, essas plataformas podem ser ancoradas ou com sistema DP(Dynamic Positioning) onde ela dispensa o sistema tradicional de ancoragem permanecendo estacionária através do uso de propulsores comandados por computadores e usando informações de posição através de sistemas GPS.







Os principais tipos de FPS são:
FPO – As FPOs (Floating Production and Offloading)- são Unidades Flutuantes de Produção e Descarga.

FPSO – As FPSOs (Floating Production, Storage and Offloading)- são Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga.

FSU – As FSUs (Floating Storage Unity)- são Unidades Flutuantes de Armazenamento.


As maiores FPS`s têm capacidade de processo em torno de 200 mil barris de petróleo por dia, com produção associada de gás de aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos por dia.