Padrões de drenagem
É
o arranjo espacial dos canais fluviais que podem se influenciar em seus
trabalhos morfogenéticos pela geologia, litologia e pela evolução
geomorfológica da região em que se instalam.
Drenagem = é o traçado produzido pelas águas fluviais, que modelam a topografia. O conjunto destes traçados de drenagem é o que dá os “padrões de drenagem”. A rede de drenagem ou rede hidrográfica não pode ser confundida com a bacia hidrográfica.
São os seguintes os principais padrões de drenagem:
Dentrítica - assemelha-se a galhos de árvores, ocorre em rochas de muita resistência;
Retangular - é adaptada às condições estruturais e tectônicas que geram ângulos quase retos;
Paralela - neste caso os rios são poucos ramificados, mantendo-se um certo espaçamento entre eles;
Radial -
os rios nascem em um região comum e dali partem para todas as direções.
Se ocorrer ou contrário, ou seja, os rios se convergerem para uma
região é chamada de radial centrípeta;
Irregular - uma drenagem não-regularizada por estar em áreas de sedimentação recente.
A drenagem de uma área é fortemente influenciada por dois fatores: climático e geológico,
originando padrões de drenagem distintos na forma e na densidade. Por
exemplo, em climas áridos, mas com uma estação curta de fortes chuvas,
são comuns os rios anastomosados.
A
análise do traçado de drenagem em cartas ou em fotografias aéreas
revela, em parte, a estrutura e a natureza das rochas e a própria
tectônica. Assim, dentro do princípio causa e efeito, as regiões com
rochas e solos associados impermeáveis, como os as ardósias, etc.
apresentam drenagem densa com muitos riachos e córregos (águas pluviais
escoam por inúmeros pequenos vales), e, pelo contrário áreas com rochas e
solos associados permeáveis, como os arenitos, calcários, etc.
apresentam drenagem rala e com poucos talvegues; vales retilíneos
isolados podem retratar estruturas de fraturas e de falhas onde as
rochas são fraturadas e muitas vezes moídas facilitando a penetração e
percolação da água da chuva que altera mais rapidamente as rochas que
são aí erodidas, formando o vale reto.
A BACIA HIDROGRÁFICA
Uma
bacia hidrográfica é uma unidade fisiográfica, limitada por divisores
topográficos, que recolhe a precipitação, age como um reservatório de
água e sedimentos, defluindo-os em uma seção fluvial, denominada
exutório (rio). Os divisores topográficos ou interflúvios são as cristas
das elevações do terreno que separam a drenagem da precipitação entre
duas bacias adjacentes.
A
bacia hidrográfica, associada a dada seção fluvial é individualizada
pelos seus divisores de água e pela rede fluvial de drenagem; essa
individualização pode se fazer por meio de mapas topográficos. Os
divisores de água de uma bacia formam uma linha fechada, a qual é
ortogonal às curvas de nível do mapa e desenhada a partir da seção
fluvial do exutório, em direção às maiores cotas ou elevações. A rede de
drenagem de uma bacia hidrográfica é formada pelo rio principal e pelos
seus tributários (afluentes), constituindo-se em um sistema de
transporte de água e sedimentos, enquanto a sua área de drenagem é dada
pela superfície da projeção vertical da linha fechada dos divisores de
água sobre um plano horizontal, sendo geralmente expressa em hectares
(ha) ou em quilômetros quadrados (Km²), ou seja, uma bacia hidrográfica é bastante complexa, subdivide-se em canais cada vez menores de jusante para montante.
Uma
bacia hidrográfica é um sistema que integra as conformações do relevo e
drenagem. A parcela da chuva que se abate sobre a área da bacia e que
irá transformar-se em escoamento superficial, chamada precipitação
efetiva, escoa a partir das maiores elevações do terreno, formando
enxurradas em direção aos vales. Esses, por sua vez, concentram esse
escoamento em córregos, riachos e ribeirões, os quais confluem e formam o
rio principal da bacia. O volume de água que passa pelo exutório na
unidade de tempo é a vazão ou descarga da bacia. Na sequência de um
evento chuvoso significativo, a vazão que varia com o tempo de uma forma
característica de cada bacia.
Com base no escoamento temos:
Bacias Exorréicas - quando a drenagem tem como fim o mar, ou seja a água e os sedimentos chegam ao mar;
Bacias Endorréicas
- quando a drenagem para numa depressão do terreno, num lago, ou
dissipa-se em areias ou solo de um deserto, ou ainda é totalmente
infiltrada num ambiente cárstico.
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