Seul, 4 out (EFE).- Um grupo de cientistas sul-coreanos
desenvolveu um novo material que permite a captação do dióxido de
carbono (CO2) de maneira seletiva e de outros gases poluentes de maneira
mais eficiente, informou nesta sexta-feira o Ministério de Ciência do
país asiático.
Mediante ao uso do grafeno, uma das formas mais cristalinas do
carbono, a equipe da Universidade Hanyang de Seul desenvolveu uma nova
membrana que pode capturar diferentes gases de maneira específica,
incluindo o CO2.
Em vez de nanopartículas, os cientistas atualmente usam grandes
moléculas (polímeros) para produzir as membranas utilizadas na captação
do CO2, o que evita que o mesmo seja emitido à atmosfera e também pode
contribuir para controlar sua crescente concentração.
No entanto, os polímeros têm uma eficiência muito limitada na hora de
separar o dióxido de carbono de outros elementos, entre os quais se
incluem gases que têm usos práticos e que são trabalhosos de sintetizar,
como o hidrogênio.
Em um artigo publicado na revista "Science", a equipe sul-coreana
garante conseguir uma "difusão seletiva" dos gases, em função do tamanho
de suas moléculas, para assim capturar aqueles interessados.
Neste sentido, o grupo ressaltou que pode controlar os respectivos
fluxos dos gases através "canais e poros" de diferentes tamanhos que
podem ser criados empilhando as camadas de grafeno de diferentes formas.
A princípio, o Ministério de Ciência da Coreia do Sul acredita que o
custo desta nova membrana é inferior ao dos materiais que são utilizados
atualmente para capturar os gases.
"Vamos realizar estudos e provas adicionais de eficiência para poder
comercializar em breve esta tecnologia", declarou o responsável do
centro sul-coreano de P&D para a captura de carbono, Park Sang-do,
em declarações à agência "Yonhap", que acrescentou que esta nova
membrana poderia ser comercializada em menos de três anos.
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