Processamento Sísmico
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O que é Processamento Sísmico
Os
termos Processamento e Tratamento de Dados Sísmicos são aqui adotados
alternadamente para expressar, basicamente, uma mesma coisa: rotinas ou
algoritmos aplicados seqüencialmente a dados sísmicos de campo, ou já
pré-processados, para se obter o melhor resultado final, que torne cada
dado o mais interpretativo possível, para um objetivo principal
geológico desejado. Rotinas e algoritmos que são divididos a partir de
um ponto de vista físico, com menos ênfase à Matemática, usando o
significado geométrico para ajudar o entendimento dos conceitos.
Parâmetros geofísicos, que afetam a fidelidade do resultado
final (saída) de cada processo, são aqui examinados, criticamente,
através de uma série de exemplos sintéticos e reais.
Essa
referencia será usada naquilo em que se apliquem a aspectos teóricos de
propagação de ondas e séries temporais, entremeados com alguma
experiência em tais temas aplicados à área de hidrocarbonetos.
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(Texto_PS_001_20/01/2013)
Ylmaz
(2001), como aqui será referenciado constantemente, ressalta um aspecto
real do dia a dia do geofísico de processamento, qual seja que,
permanentemente, esse profissional é confrontado com a importância de
algumas tarefas:
1 – Selecionar uma seqüência adequada de passos de processamento para um certo dado de campo, sob análise.
2 - Adequar os parâmetros para cada um dos passos selecionados no item anterior.
3
– Avaliar o resultado de saída de cada processo e diagnosticar qualquer
problema causado por alguma parametrização incorreta ou resposta não
desejada.
Essas
3 tarefas podem ser desmembradas em sub-tarefas e a atuação do
geofísico através delas é iterativa e interativa, sempre buscando
uma otimização dos resultados, guardando sempre a melhor (ou a menor)
relação custo-benefício do processamento como um todo.
Em
síntese, aplica-se uma estratégia de processamento que é,
fundamentalmente, similar a outra já experimentada, mas que nunca
será exatamente igual a uma anterior, criando assim uma “impressão
digital” de cada processamento.
A
iteração citada é maior quando há uma boa dose de interação do
geofísico de processamento com o geofísico de interpretação. Talvez no
futuro, breve, não haja mais essa discriminação e cada geofísico atue no
total de tarefas de processamento e interpretação. Isso não acontece
hoje muito devido à complexidade operacional de cada processo e ao tempo
que demanda a interpretação de dados, o que torna natural a atuação de
grupos separados.
Pode-se,
desde já, citar os principais processos que hoje a indústria trabalha
em rotinas de processamento: deconvolução, empilhamento (stacking), migração e inversão. Esses dois últimos processos são, atual e comumente, agrupados num processo denominado imageamento (imaging),
que engloba a migração pré-empilhamento (em tempo ou profundidade) e
que não aplica, necessariamente, o empilhamento NMO convencional,
gerando-se de imediato a seção sísmica (ou volume) migrada, em tempo ou
já em profundidade.
Além
desses processos principais, diversos outros “secundários”, ou
“auxiliares”, mas não menos importantes, são necessários nas rotinas de
processamento: demultiplexação; filtragens (em uma, duas e três
dimensões); aplicação de NMO/DMO; correções estáticas; análises de
velocidade; silenciamento de janelas de traços (muting) ; etc....., que podem ser tratados como etapas de pré-processamento.
Todo
o sucesso de um processamento sísmico global não depende apenas de um
“bom” tratamento sísmico das partes: depende em muito da qualidade do
dado de campo. Tal qualidade pesa diretamente na estratégia, nos
parâmetros, nos processos aplicados, com implicação no custo total
envolvido.
A técnica de aquisição de campo é um fator dominante dessa qualidade. A técnica CMP (common-mid-point)
(vide a seção Ilustrando o Dicionário Texto_ID_001_20/01/2013 aqui
deste Espaço) - é a que mais tem oferecido resultados de sucesso para a
imagem sísmica de sub-superfície, pois ao pressupor redundância ( soma,
cobertura - fold) de informações em fase (coerentes) e
destruição da energia de “ruídos”, fora de fase, tal técnica aumenta a
qualidade do sinal desejado.
Em
termos de controle de fatores de campo, algumas considerações gerais do
planejamento e realização da aquisição são fundamentais:
*
condições superficiais (em terra: tipo de solo; altitudes; rugosidade;
aridez; umidade; ruídos superficiais; etc... No mar: clima, marés,
correntes e estações do ano)
* meio ambiente ( áreas de proteção ambiental; ruídos naturais e coerentes culturais)
* restrições demográficas.
Após
serem satisfeitas as melhores condições de campo e se definir o tipo de
aquisição para determinado objetivo de levantamento dos dados sísmicos,
um dos maiores limitantes à qualidade do tratamento de dados está
relacionado aos tipos de ferramentas (algoritmos) disponíveis para o
processamento, e que serão melhor, ou pior, aproveitadas em função de
suas qualidades implícitas e da experiência do geofísico que as aplica.
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