Unidade 2. Probabilidade
1.1. Espaço Amostral
1.2. Operações entre eventos
Espaço Amostral
É o conjunto
de todos possíveis e diferentes resultados de um experimento aleatório.
Experimento
aleatório é aquele experimento que não é possível antecipar-se o resultado.
Aleatório
quer dizer “calhar”, por exemplo o lançamento de uma moeda, não se sabe se
sairá cara ou coroa, então é um experimento aleatório.
Lançamento de um dado
Denotação Construtiva
S= {n Є N; n ≤ 6}
Denotação Tabular
S= {1, 2, 3, …, 6}
Evento: É um subconjunto do espaço amostral
(S).
Ex:
Lançamento de uma moeda os eventos são dois; cara ou coroa.
Ocorrência
de Um Evento
Seja A um certo evento do experimento E diremos que A ocorre quando ao realizar o experimento E o resultado que obtemos é um ponto amostral que pertence a A.
Evento Certo
Um evento
chama-se certo se sempre que se realiza o experimento este ocorre.
Evento impossível
Um evento se
denomina impossível se para toda a realização do experimento este nunca ocorre (Ø).
Complemento de Um Evento A
Seja um
evento A o evento que não ocorre em A, se denomina complemento de A^c
Ex: Num experimento do lançamento de um
dado o complemento B que o dado mostre um número par.
B = {1, 3, 5} Ímpares
B^c = {2, 4, 6} Pares
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Família de Eventos
Dado um
experimento (fenómeno aleatório), uma família de eventos A, B, C está dada por aqueles eventos que podem ocorrer quando o experimento E se realize.
Ex:
Considere o experimento E extrair uma bola de uma caixa que tem 9 bolas
numeradas de 1 à 9. Uma das famílias de eventos deste experimento pode ser
formada pelos seguintes eventos:
- A: que a bola extraída seja número
par
- B: que a bola extraída seja ímpar
-C: que a bola extraída seja múltiplo
de 3
-D: que a bola extraída seja múltiplo
de 4
-E: que a bola extraída seja divisor
de 24.
A – {2, 4, 6, 8}
B – {1, 3, 5, 7, 9}
C – {3, 6, 9}
D – {4, 8}
E – {1, 2, 3, 4, 6, 8}
Subevento de um Evento
Um evento B
é subevento do evento A se para toda realização do experimento E em que o
evento B ocorre, o evento A também ocorre; e designa-se BCA (B contido em A)
Exemplo: A
família dos eventos no exemplo anterior das bolas e da urna (caixa), o evento D
é subevento do evento A.
Igualdade de Eventos
Se A é
subevento de B e ao mesmo tempo B é subevento de A, então se diz que A e B são
eventos equivalentes e se denota com símbolo de igualdade A = B.
Os eventos
são equivalentes se têm os mesmos pontos amostrais de forma a ser possível
substituir um pelo outro.
1.2. Operações entre eventos
Intersecção ou Multiplicação de
Eventos
Não é mais
do que a ocorrência simultânea de dois eventos, e se denota A . B ou AΠB
A = {0; 1; 3; 4; 5}
B = {1; 3; 6; 8; 9}
AΠB = {1; 3}
A = {3; 4; 5; 6; 7; 8;}
B = {4; 6;
8; 10; 12}
C = {1; 2;
3; 4; 6; 10}
AΠBΠC = {4; 6}
Eventos Mutuamente Excluentes
Quando a sua
intersecção é nula.
AΠB = Ø
ou
A . B = Ø
Também é
importante saber que um evento A e o seu complemento A^c são eventos mutuamente
excluentes, a sua intersecção é nula (Ø)
União de Eventos
É a
ocorrência de 2 ou mais eventos, sem que se repitam os elementos.
Ex: A = {2;
4; 6; 8}
C = {3; 6; 9}
A U C = {2; 3; 4; 6; 8; 9}
Eventos Exaustivos
Os eventos
são exaustivos quando a união deles é igual ao espaço amostral.
Ex: B = {1; 3; 5; 7; 9}
E = {1; 2; 3; 4; 6; 8}
Unidade 2. Probabilidade
2.1. Diferentes enfoques da definição
de probabilidade
2.2. Cálculo de probabilidades em
espaços amostrais finitos e equiprováveis
Dado um
espaço amostral finito, um evento simples são aqueles que têm um só ponto
amostral.
Ex: No
lançamento do dado cada evento tem 1 só ponto amostral, perfazendo 6 no total.
Seja G um
conjunto de todos eventos simples em A tal que (GCA). Como em A existem tantos eventos simples como pontos
amostrais, tenha o espaço amostral neste caso.
G = { {e1},
{e2}, ... , {en} }
GCA = { {ei} / ei ϵ S, i = 1, 2 ... n }
Se os
eventos que pertencem a G são equiprováveis (eventos com igual probabilidade de
ocorrer), então se diz que S é um espaço amostral finito e equiprovável.
Como A é um
conjunto de todos elementos de S então haverá eventos em A que possam expressar
a união de eventos de G.
A = {2, 4, 6}
= { {2} U {4} U {6} }
Chamaremos P
em A a probabilidade do evento A.
P(A)
Definição de probabilidade: Se A é um conjunto de eventos
correspondente a um espaço amostral finito e equiprovável S e o conjunto de
todos eventos simples de A, então se A é um evento A que se pode expressar como
a união de m eventos de n eventos simples pertencentes a S a probabilidade do
evento A será:
P(A) = m / n
Ex: Para o
experimento de lançamento de um dado que resulta números pares.
A = {2, 4, 6}
=> A = { {2} U {4} U {6} }
n = 6
m = 3
P(A) = 3 / 6 = 1/2 =
0.5 = 50%
Definição clássica de probabilidade
Segundo
Laplace se S é um espaço amostral finito e equiprovável então para qualquer
evento A em S a probabilidade de ocorrência de um evento A será:
P(A) = N(A) / N(S)
Onde:
N(A) => Eventos Favoráveis
N(S) => Eventos Possíveis
Propriedades das Probabilidades
P.1. Para cada A do conjunto A P(A) ≥ 0
P.2. Para o espaço amostral S se cumpre
que P(S) = 1
P.3. Se A e B são eventos de um conjunto
A, tais que A . B = ф então se cumpre que P(AUB) =
P(A) + P(B)
P.4. A probabilidade de um evento
impossível é igual a zero => P(ф) = 0.
P.5. Se A é um evento aleatório do espaço
de probabilidade (S, A, P), então a
P(Ac) = 1 – P(A)
P.6. Se A e B são eventos de possibilidade
(S, A, P) do espaço amostral, então:
P(A . Bc) = P(A) – P(A . B)
P.7. Se A e B são eventos aleatórios do
espaço de probabilidade (S, A, P), então:
P(AUB) = P(A) +P(B) – P(A . B)
P.8. Se A e B são eventos aleatórios do
espaço de probabilidade (S, A, P) tal que ACB
ou seja A é um subevento de B P(A)≤P(B)
P.9. Se A1, A2, ... , An eventos
aleatórios do espaço de probabilidade então:
P(A1UA2UAn) =
P(A1) + P(A2) + ... + P(An)
Diferentes formas de selecção de
amostras ou de realizar amostragem
Amostra: É
uma parte de uma população.
Amostragem:
São ecperimentos que consistem em seleccionar vários componentes de uma
população e analizar certa qualidade.
Ex: Uma urna que contém 4 bolas numeradas de 1 a 4, uma amostra de tamanho 2 pode ser extraída aleatoriamente da seguinte forma:
1º Se extrai a 1ª bola se aponta o número e volta a devolver a bola na urna, faz-se o mesmo com uma 2ª, 3ª e 4ª bola; este tipo de amostragem chama-se amostragem com reposição ordenado.
2º Se extrai a 1ª bola e depois a 2ª e 3ª bola até a última sem reposição; este tipo de amostragem chama-se amostragem sem reposição ordenado.
3º Amostragem sem reposição não ordenado
Calcula-se usando a seguinte fórmula:
Ex: Uma urna que contém 4 bolas numeradas de 1 a 4, uma amostra de tamanho 2 pode ser extraída aleatoriamente da seguinte forma:
1º Se extrai a 1ª bola se aponta o número e volta a devolver a bola na urna, faz-se o mesmo com uma 2ª, 3ª e 4ª bola; este tipo de amostragem chama-se amostragem com reposição ordenado.
N(S) = M^n
Onde: M => Espaço amostral
n=> tamanho da amostra
2º Se extrai a 1ª bola e depois a 2ª e 3ª bola até a última sem reposição; este tipo de amostragem chama-se amostragem sem reposição ordenado.
N(S) = n1X1...n2X2...n3X3...nnXn
Onde: n=> número total de elementos
X=> número possíveis de elementos da amostra extraída
3º Amostragem sem reposição não ordenado
Calcula-se usando a seguinte fórmula:
N(S) = n!/k!(n-k)!
Grande Mambo irmão, continua a postar as cenas brother. Esta Muito Cool!
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