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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Geomorfologia Costeira


Os mares cobrem cerca de 70% da superfície do planeta Terra. Sua importância é inestimável, pois estiveram presentes em todas as épocas da história geológica da Terra, deixando assim, registros das diferentes formas de vida existentes (a maioria dos seres vivos que já existiram ou existem vive no mar), dos diferentes climas, dos diferentes sedimentos, etc.




Propriedades das águas dos mares
·  77,5% de cloreto de sódio - (NaCl)
·  10,8% de cloreto de magnésio – (MgCl)
·  5,0% de sulfato de magnésio – (MgS)
·  Existe ainda uma abundância de nódulos de manganês.
·  No mar, está a maior concentração de ouro conhecida (só que é impossível de se extrair)
·  A temperatura das águas dos mares oscila entre 28º e 4º.


Origem dos sais dos Oceanos
·  A origem de tamanha concentração de sal é muito discutida, existindo diferentes teorias. A primeira delas postula que as águas dos mares eram doces (sem sal) e que as águas dos rios retiraram os sais dos continentes e levaram até os mares;
·  Uma segunda teoria fala que os mares já “nasceram” salgados;
·  Terceira teoria e, a mais aceita e coerente, diz que os sais existentes nos mares teriam vindo de atividades vulcânicas submarinas. Esta teoria ganha mais força quando se examina a constituição química das emanações e atividades vulcânicas que ocorrem no fundo do mar. A origem do sal, portanto, pode ser considerada como endógena, criado a partir de rochas magmáticas possuidoras de elementos químicos formadores do conhecido sal.

Topografia do fundo do oceano (fundo oceânico)

A topografia do assoalho oceânico ficou melhor conhecida a partir da II Guerra Mundial, com o vasculhamento dos oceanos em busca de submarinos alemães.

Principais feições topográficas
·  Margens continentais: formadas pela plataforma continental e talude continental. A constituição é granítica.
·  Elevações continentais: A constituição das rochas ainda é granítica e está situada a aproximadamente 700Km do continente.
·  Assoalho oceânico: constituição basáltica.


REGIÕES MARINHAS

 Esta subdivisão é baseada na profundidade, declive e distância em relação aos continentes.

·  Região litorânea: é aquela região próxima do continente que fica constantemente coberta e descoberta pelas ondas (região atingida pelas marés);

·  Região nerítica: estende-se da zona litorânea até a profundidade de + ou – 200m quando termina a plataforma continental e começa o talude. Compreende, na verdade, a plataforma continental.  A vida é intensa; ocorrem grandes depósitos sedimentares e o petróleo é abundante;

·  Região batial: vai de 200 a 1000m de profundidade. A vida é reduzida. Corresponde ao talude continental;

·  Região abissal: mais de 1000m de profundidade. A vida é rara, falta luz e oxigênio. Os sedimentos são muito finos.


 Região Costeira:
Está situada na fronteira dos dois maiores ambientes do planeta: continente e oceano. É uma região de numerosas interações biológicas, químicas, físicas, geológicas e meteorológicas, ou seja, é uma zona de “interface”. O principal agente envolvido na caracterização e modelagem da zona costeira é a “onda”.


ONDAS:




A força motriz atrás da maioria dos processos costeiros é devido às ondas. A ondas possuem forma senoidal, um perfil vertical de dois picos sucessivos teóricos.  A onda transfere energia através do sedimento, e pode ocorrer um movimento global significante deste material, entretanto as partículas individuais são deslocadas e retornam à sua posição de equilíbrio, quando da passagem da onda. Ondas de superfície ocorrem nas interfaces entre fluidos, devido ao movimento relativo entre eles, ou devido a um distúrbio causado pela ação de uma força externa. A maioria das ondas do mar são geradas pela ação dos ventos, devido a transferência de energia do vento para o mar, causada pela fricção entre as camadas ar/água.





PRAIAS:




As praias são formadas por sedimentos inconsolidados, delimitadas de um lado pela região onde a passagem das ondas não mais movimenta os sedimentos do assoalho marinho, profundidade esta denominada base da onda e do outro, também onde, de modo geral, não ocorre movimentação de areia, região denominada "berma", ou ainda alguma feição do relevo como uma falésia, por exemplo.
Uma praia pode ainda ser subdividida em três regiões: "face praial"; "antepraia" (também conhecida como estirâncio ou estirão) e "pós-praia", de acordo com sua localização em relação às alturas das marés.
  • Face Praial: compreende a região que vai do nível de maré baixa até além da zona de arrebentação, em geral até a base da onda.
  • Antepraia: é a região entre marés, ou seja, entre o nível da maré baixa e o da maré alta. É, portanto, a porção da praia que sofre normalmente a ação das marés e os efeitos do espraiamento e refluxo da água.
  • Pós-praia: localiza-se fora do alcance das ondas e dos mares normais, e somente é alcançada pela água quando da ocorrência de marés muito altas ou tempestades. Nesta região formam-se terraços denominados "bermas", que se apresentam uma seção transversal triangular, com a superfície do topo horizontal ou em suave mergulho e4m direção ao continente e a superfície frontal com mergulho acentuado em direção ao mar.
 O material mais comum formador de uma praia é a areia cujos grãos geralmente variam de 0.2 a 2 milimetros de diâmetro. O mineral predominante é o quartzo que, além de ser abundante, é um dos mais resistentes a degradação física (abrasão) entre os minerais comuns. O feldspato, outro mineral comum na crosta terrestre, pode também ser um constituinte importante na formação das praias, embora seja de mais fácil fragmentação e decomposição química.

 As areias das praias são geralmente originárias dos rios que erodem os continentes e transportam seus fragmentos até o litoral, onde o mar encarrega-se de distribuí-los pela costa.


  Falésias
Falésia é uma forma geográfica do litoral, caracterizada por um abrupto encontro da terra com o mar. Formam-se escarpas na vertical que terminam ao nível do mar e encontram-se permanentemente sob a ação erosiva do mar. Ondas desgastam constantemente a costa, o que por vezes pode provocar desmoronamentos ou instabilidade da parede rochosa.
Com as mudanças climáticas, o nível do mar pode descer, deixando entre a falésia e o mar um espaço plano.
Segundo o dicionário geológico as falésias são geralmente constituídas de camadas sedimentares ou vulcano-sedimentares, acompanhando a linha costeira. No Nordeste brasileiro são conhecidas como formações do grupo Barreira. Aparecem no litoral meridional do Brasil: no Rio de Janeiro e no litoral do Rio Grande do Sul, como por exemplo na Praia de Torres (proximidade da Serra do Mar com o litoral), há também as famosas Falésias do Rio Grande do Norte, localizadas na Praia de Catavento.

 Ficheiro:Paredenoronha.jpg
 Falésia em Fernando de Noronha

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