Gás seria possível indicador de presença de micro-organismos.
Resultados negativos surpreenderam pesquisadores.
Testes feitos pelo robô Curiosity surpreenderam os pesquisadores da
agência espacial Nasa ao não encontrar metano na atmosfera de Marte,
apesar de testes anteriores terem apontado a presença do gás.
A detecção de metano no planeta vizinho é acompanhada ansiosamente pela
comunidade científica, já que pode estar associada com a existência de
seres vivos (embora também possa ser produzido sem a presença de vida).
Com os novos resultados, essa expectativa fica reduzida.
Michael Mayers, um dos cientistas que lideram a exploração feita com o
robô em Marte disse que os resultados do Curiosity “reduzem a
probabilidade de haver atualmente micróbios que produzam metano no
planeta, mas isso abrange apenas um tipo de metabolismo microbiano. Como
sabemos, há muito tipos de micro-organismos terrestres que não geram
metano”.
Como o equipamento da Curiosity tem um limite de sensibilidade e não
detectou nada, os pesquisadores estimam que a presença de metano no
ambiente marciano seja inferior a 1,3 parte por bilhão – seis vezes
menos do que se calculava antes. O robô fez seis medições entre outubro
e junho, e nenhuma registrou a presença de metano.
Medidas anteriores, que apontavam concentrações de até 45 partes por
bilhão em determinadas áreas do planeta haviam sido feitas por meio de
observações da Terra ou de sondas em órbita do planeta. Elas despertaram
o interesse em possíveis seres que poderiam produzir o gás.
O Curiosity ainda vai usar uma outra tecnologia que leva embarcada, que
lhe permite detectar o metano em concentração menor que 1 parte por
bilhão.
Imagem do robô Curiosity em Marte
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