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sexta-feira, 12 de julho de 2013

ESTRUTURAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS



Estruturas

expbul1a.gif (699 bytes) Assim como as rochas ígneas, as rochas metamórficas podem apresentar diversas estruturas, classificadas de diferentes formas por vários autores. Neste caso, a classificação utilizada abrange feições observáveis em escalas de afloramento e amostra de mão:
Foliação
É um termo relacionado com estruturas planares não só para rochas metamórficas como também para as rochas magmáticas, devido ao arranjo paralelo dos minerais. Sob este aspecto, xistosidade e gnaissificação são foliações típicas. Alguns autores utilizam o termo como sinônimo de bandamento composicional dos gnaisses (alternância de bandas claras e escuras). Outros utilizam o termo superfícies - S designando qualquer estrutura plana, independente de qual seja sua origem. Incluem-se juntos nessa classificação xistosidade, clivagem ardosiana e acamamento, por exemplo. A figura ao lado mostra a foliação gnáissica em gnaisse facoidal.
Foliação gnáissica em gnaisse facoidal
Estrutura xistosa em sericita xisto
Xistosidade
Essa estrutura é representada pelo desenvolvimento de minerais placóides e/ou tabulares/prismáticos. A figura ao lado mostra uma estrutura xistosa em xisto.
Lineação
Essa estrutura é reconhecida quando há uma direção preferencial dentro do plano de xistosidade. Pode ser tanto microscópica como macroscópica, a fotografia ao lado (Seer, 1999) mostra lineação de estiramento em quartzito micáceo.
Estrutura ganáissica em migmatito
Gnaissificação
É a estrutura típica dos gnaisses, rochas em que os feldspatos perfazem mais de 20% do volume. Essa estrutura normalmente é caracterizada por bandamento composicional. Bandas claras, mais ricas em quartzo e feldspato alternadas com bandas mais escuras, por conter maior teor de minerais máficos. A figura ao lado mostra uma estrutura gnáissica com bandas claras (leucossoma) e escuras (melanossoma), em migmatito.
Clivagem Ardosiana
Estrutura típica das ardósias e filitos caracterizados predominantemente pela iso-orientação de filossilicatos microcristalinos. Macroscópicamente é caracterizada pela quebra das rochas em planos paralelos e regulares. A figura ao lado mostra uma ardósia, na qual a quebra é plano paralela devido à clivagem.
Ardósia com clivagem plano - paralela (ardosiana)
Lineação de crenulação em grafita xisto, aumento 20 x
Clivagem de crenulação
 É uma segunda foliação gerada sobre rocha metamórfica, normalmente rica em filossilicatos (micas), em decorrência de dobramento com pequeno comprimento de onda e amplitude (microdobras). Essa segunda foliação é paralela ao plano axial dessas dobras e quanto mais apertadas forem essas microdobras, melhor será o desenvolvimento da clivagem. A fotomicrografia ao lado mostra estágio inicial do desenvolvimento de clivagem de crenulação em grafita xisto, aumento 20x, nicóis paralelos.
rombul3a.gif (120 bytes)Maciça ou Granulosarombul3a.gif (120 bytes)
Há ausência de elementos planares ou lineares na rocha, que exibe aspecto compacto, maciço. Exemplos típicos são mármores, quartzitos e hornfels. A foto ao lado mostra uma estrutura maciça em mármore dolomítico, aumento 6,3x.
Estrutura maciça em mármore (aumento 6,3 x)

expbul1a.gif (699 bytes) São descritos também diversos tipos de estruturas em migmatitos, devido à grande variedade que compõe este tipo de rocha:
Agmatítica ou brechada
É formada por fragmentos rochosos angulosos do paleossoma de tamanhos variáveis, separados por veios de material granítico ou neossomático.
Para sua formação, pode ter ocorrido brechação e preenchimento dos planos de ruptura por magma.
Dictionítica ou de rede
Há presença de veios de neossoma retalhando o paleossoma, compondo uma rede densa. Este tipo de estrutura apresenta sinais de cisalhamento, ao contrário da estrutura agmatítica.
Schollen ou em placas
É composta por blocos isolados de paleossoma mergulhados no neossoma. Essas placas podem apresentar comumente sinais de rotação ou cisalhamento.
Flebítica ou venosa
Consiste em numerosos veios irregulares de neossoma recortando o paleossoma, contrastando com o caráter retilíneo da estrutura em rede.
Estromatítica ou acamada
É constituída por veios de material neossômico paralelos à xistosidade. É também conhecida como "lit-par-lit", atribuindo-se a feição magmática, denominando-se as rochas de gnaisses de injeção ou gnaisses "lit-par-lit".
Dilatação
Ocorre nas rochas que possuem diferentes competências, levando ao desenvolvimento de boudinage (feição de estiramento). Se houver separação dos boudins pelo neossoma surge a estrutura de dilatação.
Dobrada
Nesta estrutura, veios dobrados de neossoma recortam o paleossoma. As dobras são de tamanhos variáveis e mais ou menos paralelas.
Ptigmática
O neossoma constitui veios intensamente dobrados de pequena amplitude e sem correspondentes na foliação do paleossoma, com o qual normalmente é discordante.
Oftalmítica ou ocelar
O material neossômico apresenta-se disperso por todo o paleossoma sob forma de olhos, quase sempre tratando-se de porfiroblastos de feldspato potássico ou plagioclásio ácido, frequentemente envolvidos por minerais máficos concordantes com planos de xistosidade.
Estictolítica ou de manchas
É mais rara, na qual os minerais máficos se concentram em manchas, deixando ao seu redor material rico em minerais claros.
"Schilieren"
Há separação bem nítida de faixas claras e escuras. Para sua formação, houve maior mobilidade mecânica dos migmatitos do que os de estruturas de penetração como agmatitos e dictonitos. São formados sob grandes pressões e temperatura, apresentando intensa mobilidade dos constituintes
Nebulítica
Não há distinção entre o paleossoma e o neossoma, já que a absorção do paleossoma pelo neossoma encontra-se em estágio muito avançado. Essa estrutura é o último sinal de alguma estrutura migmatítica. Os nebulitos encontram-se no núcleo dos migmatitos, representando a fase anterior à formação de intrusões magmáticas.

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