Um eclipse solar assim chamado, é um raríssimo fenômeno de
alinhamentos que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol,
ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre. Do ponto de
vista de um observador fora da Terra, a coincidência é notada no ponto onde a
ponta o cone de sombra risca a superfície do nosso Planeta.
História
Astrônomos Estudando um Eclipse de Antoine Caron.
Um eclipse duplo (solar e lunar) aconteceu 23 anos após a
ascensão do Rei Shulgi, da Babilônia. Isso aconteceu em 9 de maio (eclipse
solar) e 24 de maio (eclipse lunar) de 2138 a.C.. Porém, tal identificação é
menos aceita do que o eclipse de 730 a.C.
Em 4 de junho de 780 a.C., um eclipse solar foi registrado na
China.
Caminho do eclipse total de 763 d.C. descrito num texto
assírio.
Heródoto escreveu que Tales de Mileto previu um eclipse que
aconteceu após uma guerra entre os medos e os lídios. Soldados de ambos os
lados abaixaram suas armas e declaram paz, após o eclipse. Exatamente que
eclipse estava envolvido continua incerto, apesar do tema ter sido muito
estudado por antigos e modernos estudiosos. Um provável candidato aconteceu em
28 de maio de 585 a.C., provavelmente perto do rio Halys, na atual Turquia.
Em Odisséia, XIV, 151, Homero afirma que Ulisses vai voltar
para casa para vingar-se dos pretendentes de Penélope, no ir da lua velha e
chegar da nova. Mais tarde (XX, 356-357 e 390) Homero escreve que o sol
desapareceu do céu e que uma aura maligna cobriu todas as coisas à hora da
refeição do meio dia, durante a celebração da lua nova.
Tipos de eclipses
Esquema comparativo do eclipse anular e do total.
Há quatro tipos de eclipses solares:
O eclipse solar parcial: somente uma parte do Sol é ocultada
pelo disco lunar.
O eclipse solar total: toda a luminosidade do Sol é
escondida pela Lua.
O eclipse anular, eclipse anelar ou eclipse em anel: um anel
da luminosidade solar pode ser vista ao redor da Lua, o que é provocado pelo
fato do vértice do cone de sombra da Lua não estar atingindo a superfície da
Terra, o que pode acontecer se a Lua estiver próxima de seu apogeu. Isso é
similar à ocorrência do eclipse penumbral da lua.
O eclipse híbrido, quando a curvatura da Terra faz com que o
eclipse seja observado como anular em alguns locais e total em outros. O
eclipse total é visto nos pontos da superfície terrestre que estão ao longo do
caminho do eclipse e estão fisicamente mais próximos à Lua, e podem, assim,
serem atingidos pela umbra; outros locais, menos próximos da Lua devido à
curvatura da Terra, caem na penumbra da lua, e enxergam um eclipse anular.
Eclipses solares podem ocorrer apenas durante a fase de Lua
nova, por ser o período em que a Lua está posicionada entre a Terra e o Sol.
Fases de um eclipse total
Desde o instante do primeiro contacto da Lua com o disco
solar até o princípio da totalidade (chamado "o segundo contacto")
serão necessários cerca de noventa minutos. Durante as fases parciais, na
sombra de uma árvore, pode-se observar uma multitude de imagens do crescente do
Sol no chão: as folhas entrecruzadas comportam-se como minúsculos buracos que
deixam passar a luz de tal modo que as imagens do Sol se formam sobre o solo,
como numa "câmara escura". A temperatura começa a baixar e a luminosidade
também.
Nos dois minutos seguintes o espectáculo intensifica-se: Se
o sítio de observação for elevado, pode ver-se uma coluna de sombra que se
desloca rapidamente vinda de oeste, como se fosse uma trovoada a chegar: é a
chegada da mancha de sombra a uma velocidade de 2800 km/h.
A temperatura ambiente diminui em até 10 graus centígrados,
podem aparecer ventos súbitos e os animais ficam perturbados.
No momento em que o último bocado do disco solar se prepara
para desaparecer e a coroa vai começar a se ver, a luz ambiente desce
bruscamente. Nesse instante, podem-se ver no chão as sombras voadoras - a luz
projecta a turbulência da alta atmosfera e toda a paisagem se cobre de ondeados
fugitivos como os que vemos no fundo das piscinas.
Alguns segundos antes da totalidade, o crescente solar
transforma-se num fio fino de luz que se separa em pequenos bocados: os grãos
de Baily - que recebem o seu nome daquele que escreveu sobre eles pela primeira
vez em 1836. São causados pelo relevo da Lua: é a a luz do Sol que ainda consegue
passar entre as montanhas da Lua.
No último segundo antes da totalidade observa-se o efeito
"anel de diamante": são os últimos raios da fotosfera.
Vem então a fase da totalidade, em que a cromosfera e a
coroa solar aparecem. A coroa, constituída por átomos ionizados a alta
temperatura e por electrões que são ejectados pelo Sol no espaço
interplanetário (vento solar), apresenta um grande número de estruturas que
parecem jactos.
O céu fica de uma cor azul acinzentada, mas o horizonte
mantém-se luminoso. Existe então uma luminosidade igual à de um crepúsculo. As
estrelas mais brilhantes aparecem, assim como os planetas. É só nesta fase que
a observação a olho nu é possível sem protecção ocular.
Eclipses do Sol acontecem quando a Lua alinha-se com o Sol e
a Terra, mas devido à orbita elíptica da Lua, nem sempre o Sol é totalmente
coberto pela Lua.
Um eclipse do Sol pode ser visto apenas em um ponto da
Terra, que move-se devido à rotação da Terra e da traslação da Lua. A distância
da Lua em relação à Terra determina a quantidade de luz que é coberta do Sol,
bem como a largura da penumbra e escuridão total (mais ou menos cem
quilômetros). Essa largura estará no máximo se a Lua aparece no perélio, na
qual a largura pode atingir até 270 quilômetros.
Eclipses totais do sol são eventos relativamente raros.
Apesar deles ocorrerem em algum lugar da Terra a cada dezoito meses, é estimado
que eles recaem (isto é, duas vezes) em um dado lugar apenas a cada trezentos
ou quatrocentos anos. Após um longo tempo esperando, eclipse total do Sol dura
apenas alguns minutos, dado que a umbra da Lua move-se leste a mais de 1700
km/h. Escuridão total não dura mais que 7 minutos e 40 segundos. A cada milênio
ocorrem menos que 10 eclipses totais do Sol que ultrapassam mais de 7 min de
duração. A última vez que isso aconteceu foi em 30 de junho de 1973, e a
próxima está a acontecer apenas em 25 de junho de 2150. Para os astrônomos, um
eclipse total do Sol é uma rara oportunidade de observar a coroa solar (a
camada externa do Sol). Normalmente, a coroa solar não é visível a olho nu
devido ao fato que a fotosfera é muito mais brilhante do que a coroa solar.
Perigo para os olhos
Há mitos que certas embalagens de plástico metalizado,
chapas de raio-x, filmes fotográficos sobrepostos, vidros sobre os quais foi
aplicada a chama de uma vela, óculos escuros e CDs podem ser usados para ver um
eclipse solar com segurança. Isto não é verdade, pois apesar de esses materiais
poderem reduzir a iluminação a um nível tolerável, eles não oferecem nenhuma
proteção contra a radiação ultravioleta invisível, que pode causar sérios danos
à retina.
Óculos escuros não oferecem proteção suficiente para se
observar um eclipse solar, e não devem ser utilizados para essa finalidade.
Isso inclui óculos de polaridade cruzada (aqueles utilizados para visualização
de imagens em três dimensões), que não constituem um filtro completo, ao
contrário do que algumas fontes afirmam.
Alguns filtros, como filmes fotográficos, não bloqueiam
todas as radiações presentes na luz solar, deixando passar a radiação
infravermelha e/ou ultravioleta. O bloqueio da luz visível faz as pupilas
dilatarem, permitindo a entrada de mais radiação e podendo causar tanto ou mais
dano que a observação a olho nu.
Óculos especial de observação de eclipses.
Se um método direto de olhar o eclipse é escolhido (e usando
adequado equipamento de segurança), uma regra de bom senso é limitar o tempo
gasto em olhar diretamente ao Sol, de preferência, a não mais do que vinte
segundos por vez, com pelo menos trinta segundos de pausa entre diretas
observações. Isso diminui a possibilidade de dano aos olhos (em especial, a
retina), que existe mesmo usando equipamento de segurança.
Ironicamente, o maior perigo está no período de máxima
escuridão (95% ou mais). Isso acontece devido à falta de luz (quatro vezes
menos que o brilho de uma lua cheia), fazendo a pupila dilatar-se, deixando que
mais luz passe. Infelizmente, é justamente nesse período que a coroa solar
torna-se visível aos olhos, cujo repentino brilho pode causar dano imediato e
irreversível à retina.
Fonte: Google
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