Foto gentilmente cedida pelo Thomas Hunn Co., Grand Junction, Colorado,EUA.
Cristais brutos de diamante (alto)
© De Beers
Um diamante lapidado e polido (abaixo)
No filme, após ter encontrado os diamantes, James os observa cuidadosamente com o auxílio de um microscópio. Ele percebe que há o nome Gustav Graves inscrito neles. Eu verifiquei, e na verdade isso pode ser feito. É uma técnica chamada escrita por feixe de íons. Íons são partículas minúsculas eletricamente carregadas. Quando descarregam sua carga na superfície de um diamante elas o convertem em grafite em padrões ou marcas com a espessura de apenas 1/40 de um fio de cabelo humano. A cor do grafite é cinza, que assim contrasta com a transparência do diamante. Até mesmo minúsculos cristais de diamante podem ser marcados. Algumas empresas fazem inscrições em todos os diamantes que saem das minas, de forma que possam ser identificados posteriormente como provenientes especificamente de determinada mina. Você não acha que exigiria muito tempo e esforço para gravar em cada um deles? Bom, agora existem máquinas especiais que podem gravar automaticamente cada cristal em menos de um segundo. Quando os diamantes chegam à superfície eles estão em estado bruto, possuem uma forma cristalina, mas estão arranhados e têm a superfície áspera. Para deixá-los brilhantes e belos como os vemos nos anéis, e colares, eles têm de ser lapidados e polidos. A técnica de inscrição pode também ser utilizada nos diamantes lapidados e polidos, o nome do joalheiro ou a empresa que forneceu o diamante ao joalheiro podem ser escritos neles.
Imagem gentilmente cedida pela Norsam Technologies
Uma minúscula matriz de dados gravada em um diamante
Imagem gentilmente cedida por Gemprint
Diamante com as inscrições do nome do joalheiro
Além de nomes, outras informações podem ser colocadas em um diamante. Os produtos nos supermercados possuem códigos de barras - feita a leitura pelo scanner, o nome do item, seu peso e preço aparecerão no visor do caixa. Diamantes também podem ter código de barras. Entretanto, como os códigos de barras são muito grandes, foi desenvolvido um novo método, no qual um modelo de blocos em preto e branco, chamado de matriz, é inscrito no diamante. O posicionamento dos blocos é relacionado a informações contidas em um banco de dados de computador. Uma vez feita a leitura da matriz, todas informações sobre o histórico daquele diamante poderão ser encontradas no banco de dados. Uma grande vantagem é que a matriz pode ter um tamanho minúsculo.
Essas técnicas de gravação de matrizes em um diamante são conhecidas como branding. Uma desvantagem desse método é que ele danifica levemente o diamante. Durante o processo, uma pequena área é transformada em grafite. Recentemente, uma nova técnica foi desenvolvida para identificação de diamantes lapidados. Cada diamante é submetido a um facho de laser, que resulta em um modelo único de reflexão de luz, com o formato de uma estrela. Dois diamantes nunca serão idênticos, mesmo se forem lapidados da mesma maneira, já que cada cristal terá inclusões e falhas únicas em suas estruturas. O padrão de luz, que é tão único quanto uma impressão digital ou amostra de DNA, é fotografado e mantido em uma base de dados. O banco de dados guarda informações sobre o diamante que poderão ser importantes no futuro, incluindo seu peso, o local de garimpo, quem o vendeu e para quem foi vendido.
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