Imagem composta da Nebulosa da Roseta obtida por ©Ignacio de la Cueva Torregrosa. Os glóbulos de gás e poeira estão sendo erodidos pela luz e vento de estrelas massivas próximas. O filtro vermelho está centrado na linha do enxofre, o verde no hidrogênio e o azul no oxigênio. A nebulosa tem cerca de 50 anos luz de extensão e está a aproximadamente 4500 anos-luz de distância.
No centro da foto vemos a nebulosa escura da Cabeça de Cavalo, enquanto na esquerda vemos a Nebulosa de Órion, na espada da constelação do Órion. Trata-se de uma região de formação estelar, onde as estrelas mais massivas formam o Trapézio. A nebulosa de Órion está a 1500 anos-luz de nós, tem 25 anos-luz de diâmetro, uma densidade de 600 átomos/cm3 e temperatura de 70K. A foto colorida é do ©Star Shadows Remote Observatory.
Detalhe da Cabeça de Cavalo obtida pelo Telescópio Espacial Hubble.
Detalhes da Nebulosa de Órion e da Trifid.
Duas fotos da Nebulosa do Caranguejo, os restos de uma supernova cuja explosão foi observada no ano 1054 e está a 7000 anos-luz, na constelação do Touro. No seu centro está o pulsar, girando 30 vezes por segundo.
Imagem da nebulosa de Órion obtida com o GEMS (sistema de ótica ativa multiconjugada) do telescópio Gemini sul e uma nebulosa de relexão no Órion.
Foto da nuvem molecular Barnard 68 que está a 500 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Ofiúco, com cerca de meio ano-luz de diâmetro e com uma temperatura de -263C e está colapsando. A foto da esquerda foi obtida com o telescópio de 8,2 do European Southern Observatory, no ótico. À direita está a foto em cor falsa obtida no telescópio de 3,5m do European Southern Observatory, composta de três exposições no infravermelho, em 1,25, 1,65 e 2,16μm
Os cúmulos estelares se dividem em cúmulos abertos, que contêm centenas a poucos milhares de estrelas, e cúmulos globulares, como este da foto, e contêm milhares a centenas de milhares de estrelas. Os cúmulos abertos estão no disco da nossa galáxia, enquanto os globulares estão no bojo.
Mapa da distribuição de hidrogênio na nossa Galáxia. O centro da Galáxia está indicado por um pequeno círculo azul.
Aλ=Ioλ-4
Como resultado, a poeira interestelar faz as estrelas parecerem mais
vermelhas do que realmente são.
Este efeito é similar ao que ocorre na atmosfera da Terra,
onde as moléculas de oxigênio, de poluição
e a poeira desviam a luz azul do Sol, tornando-o mais vermelho ao
pôr-do-sol.
Regiões HII
As Regiões HII, nuvens de gás hidrogênio ionizado, ocorrem principalmente em volta de estrelas O e B pois estas emitem os fótons ultravioletas com energia acima de 13,6 eV, isto é, radiação com comprimento de onde menor que 912Å, tão energética que, quando os átomos de hidrogênio a absorvem, os elétrons ganham energia suficiente para se libertarem do núcleo, e o gás fica ionizado.
λmax/(912Å) = T/(32 000K)
Estas regiões portanto têm muitos
íons de hidrogênio (prótons) e elétrons livres. Quando um próton
captura um elétron livre, há emissão de radiação. As linhas do hidrogênio
são emitidas quando o elétron passa, subseqüentemente, pelos vários
níveis de energia. Desta maneira, os fótons ultravioleta da estrela são
degradados em fótons no visível pela região HII. A radiação emitida
quando o elétron passa do nível n=3 para o n=2, em 6563Å, é dominante
e causa a cor vermelha da região.
Foto do centro da Nebulosa de Órion obtida com o Telescópio Espacial Hubble. Esta imagem cobre 2,5 anos-luz da nebulosa. Esta é a região HII mais famosa.
Imagem no visível (esquerda) e no infravermelho da região do Trapézio na Nebulosa de Órion, obtidas com o Telescópio Espacial Hubble, mostrando pelo menos 300 estrelas e 50 anãs marrons em formação e recém formadas. A imagem cobre um ano-luz.
Moléculas Interestelares
As primeiras moléculas interestelares foram descobertas em 1937 [Pol Swings (1906-1983) & Léon Rosenfeld, 1937, Astrophysical Journal, 86, 483], na forma de metilidina CH, CH+, e cianogênio CN. Hidrogênio molecular H2 foi descoberto no início dos anos 1970, junto com monóxido de carbono CO (2,6 mm, ou 115 gigahertz). Como o H2 não emite ondas de rádio, o CO é usado para mapeá-lo. Muitos outros tipos de moléculas têm sido encontradas desde então, desde amônia NH3, até as mais complexas como benzeno C6H6 e acetona (CH3)2CO e mesmo com 13 átomos HC11N cianodecapentano e C70 70-fulereno (Jan Cami, Jeronimo Bernard-Salas, Els Peeters, Sarah Elizabeth Malek, 2010, Detection of C60 and C70 in a Young Planetary Nebula, Science, 329, 1180). Baseado principalmente nas observações de CO, nota-se que as moléculas estão concentradas em nuvens moleculares, com massas de poucas vezes até um milhão de massas solares, e se extendem de alguns até cerca de 600 anos-luz. As estrelas se formam nas partes mais densas destas nuvens moleculares. Embora o hidrogênio molecular produza linhas no ultravioleta, o gás e poeira existentes nas nuvens moleculares torna a extinção ultravioleta muito grande, dificultando a medida do H2. Mas existem evidências de correlação entre a quantidade de H2 e a de CO, que pode ser medido em linhas de emissão de rádio em 2,6 e 1,3 mm.O satélite infravermelho Spitzer encontrou hidrocarbonatos aromáticos policíclicos em uma nuvem remanescente de supernova, indicando que mesmo estas explosões energéticas não conseguem destruir estas moléculas complexas (Jeonghee Rho, Morten Andersen, A. Tappe, William T. Reach, Jean-Philippe Bernard, John Hewitt, 2011, European Astronomical Society, 46, 169).
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