O que é Interpretação Sísmica 3D
Quando
se deseja compreender o que um dado sísmico possa nos informar,
precisa-se definir, de uma forma simples, o que se esteja buscando
nesses dados. Naturalmente, quando se inicia uma busca por tal
compreensão, deve-se considerar (assumir) que “o dado foi adquirido e
processado adequadamente para tal compreensão”. Mas isso é verdade? Esta
premissa é sempre inverídica em termos absolutos. Mas ela deve ser
sempre considerada verídica em termos relativos. Como entender tal
ambigüidade?
Apenas
pense: o dado no qual trabalho não é verdadeiramente o melhor, mas é,
na prática, verdadeiramente o que de melhor eu possa ter. Em 100% dos
casos, um dado não é o que de melhor se possa proporcionar para qualquer
objetivo interpretativo. Em função disso, as indústrias geofísicas de
prospecção de petróleo, em aquisição e processamento sísmicos, têm sido
as que mais proporcionam grandes novidades e desenvolvimentos
tecnológicos.
Assim, uma interpretação sísmica será, sempre, absolutamente relativa.
Aqui
neste item serão apresentados princípios de interpretação sísmica
tridimensional. Diferenças entre dados 1D, 2D e 3D e 4D. Imageamento
sísmico 3D.
Serão
analisados elementos estruturais e sismoestratigrafia 3D. Objetos de
interpretação e modelagem geológica. Conceitos de modelagem 3D.
Construção de grides espaciais. Distribuição de propriedades
petrofísicas guiadas pela sísmica.
Ainda,
serão incluídas abordagens sobre mapeamentos em estações de trabalho.
Análise AVO. Inversão Acústica e Elástica. Atributos Sísmicos
pré-empilhamento e pós-empilhamento.
Por
fim, serão discutidas as diferenças entre mapeamentos exploratórios e
explotatórios. Cubos de Litologia. Cubos de Coerência, Cubos 4D e Cubos
Petrofísicos.
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"Um
mesmo dado sísmico pode ser interpretado por diversas pessoas e seus
resultados serão, sempre, diferentes em uma boa porcentagem".
Texto 31/05/2013.
Interpretação
sísmica 3D nos dias de hoje tem crescido muito em função dos avanços
nos algoritmos de cálculo, mas também devido ao crescimento de
tecnologias computacionais e memórias RAM crescentes que permitem
alocação de grandes volumes sísmicos e valores de atributos analisados
em 32 bits.
Uma
das feições mais comuns em ambientes de sedimentação clástica é a de
fluxos de detritos, causados por fenômenos sísmicos, meteorológicos com
grandes precipitações ou a partir de instabilidades de taludes ou
cânions, gerando uma fenômeno geologicamente catastrófico, que
transporta grande quantidade de material sedimentar e que pode atingir
muitos quilômetros de extensão.
A
figura abaixo ilustra o cânion Teapot do rio Colorado com folhelhos da
formação Hailgaito (Phe) e Arenitos da formação Cedar Mesa (Pc) cortados
pelo cânion e a seção basal Honaker Trail exposta à ação do rio
Colorado, e mostrando colúvios na base dos taludes (Rudd, L e Merényi,
E., In Proc. of the 14th Airborne Earth Science Workshop, JPL, Pasadena,
CA, May 24-27, 2005)
Abaixo a feição de satélite de um leque aluvial de Zagros. Observe que ele alcança cerca de 10 km de raio.
Sismicamente,
com dados 3D é possível se trabalhar com resoluções de atributos
sísmicos que definam feições de fluxos de detritos (debris flows).
Abaixo, exemplo desses processos em dados sísmicos 3D post-stack, em
atributos de amplitude convencional e de dissociação espectral
(time-slice)
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