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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ano de 2012 foi o nono mais quente desde 1850, aponta agência da ONU



Ano de 2012 foi o nono mais quente



desde 1850, aponta agência da ONU


Relatório publicado nesta quinta aponta ainda degelo recorde no Ártico.
Organização Meteorológica Mundial culpa mudança climática por efeitos.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou nesta quinta-feira (2) relatório onde indica que 2012 é o nono ano mais quente desde 1850, quando teve início este tipo de medição.
O documento aponta também que o gelo do Oceano Ártico derreteu em ritmo recorde no ano passado.
Entre agosto e setembro, as zonas geladas da região cobriam apenas 3,4 milhões de km², 18% a menos que em 2007, quando havia sido registrado o recorde anterior.
A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que mesmo o fenômeno frio La Niña, registrado nos primeiros meses do ano, não conseguiu frear a alta da temperatura.
Entre janeiro e dezembro, estima-se que a temperatura ficou 0,45º C acima da média registrada entre 1961 e 1990, que foi de 14º C. Além disso, o documento diz que 2012 é o 27º ano consecutivo em que as temperaturas do oceano e da terra ficam acima da média.
De acordo com Michel Jarraud, director da OMM, tais informações representam “o agravamento da mudança climática” que continua “constante e se converte em fonte de incertezas para setores econômicos sensíveis ao clima, como a agricultura e energia”.
Ainda segundo Jarraud, embora o aumento da temperatura varie ano a ano, devido às variações climáticas causadas por fenômenos como o El Niño ou erupções vulcânicas, “o aquecimento da baixa atmosfera é um fenômeno preocupante, que confirma a teoria de mudança do clima”.

“O ano de 2012 também registrou outros extremos, como secas e ciclones tropicais. A variabilidade natural do clima sempre resultou em extremos deste tipo, mas a mudança climática determina cada vez mais as características físicas dos acontecimentos meteorológicos e climáticos extremos”, disse.
Imagem divulgada por um dos pesquisadores mostra corredeira no meio de calota polar na Groenlândia em 4 de julho deste ano (Foto: Ian Joughin/AP)Imagem divulgada por um dos pesquisadores mostra
corredeira no meio de calota polar na Groenlândia em
4 de julho deste ano (Foto: Ian Joughin/AP)
Brasil também foi afetado
As regiões que mais registraram aumento da temperatura foram o sul da Europa, América do Norte, oeste da Rússia, região norte da África e áreas mais ao sul da América do Sul – incluindo o Brasil. Por outro lado, o frio se intensificou na Alasca, regiões da Austrália e da Ásia central.

A intensidade de chuvas oscilou de maneira significativa em 2012. Foram constatadas situações de grande seca em regiões como o Nordeste do Brasil, região central dos Estados Unidos e no norte do México.

Na Bahia, por exemplo, a seca que atingiu o estado foi considerada a mais intensa dos últimos 47 anos e provocou reflexos na produção agrícola e pecuária. Ao todo, 220 cidades decretaram situação de emergência.
Já os Estados Unidos sofreram a pior seca dos últimos 56 anos. Segundo o órgão americano responsável pelos mares e pela atmosfera, cerca de 55% da área do país, em especial as regiões do meio-oeste, foram afetadas em junho passado pela seca.
Esta porcentagem foi a mais elevada já observada no país desde 1956, ano em que a seca afetou 58% do território. O furacão Sandy, que também afetou os EUA no ano passado, foi citado pelo relatório da OMM.
Comparação da seca na Bahia em 1965 e em 2012 (Foto: Divulgação/Comite da Seca na Bahia) (Foto: Divulgação/Comite da Seca na Bahia)Comparação da seca na Bahia em 1965 e em 2012 (Foto: Divulgação/Comite da Seca na Bahia) (Foto: Divulgação/Comite da Seca na Bahia)
 Fonte: g1.globo.co
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