quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Informação aos usuários deste site (Pausa nas publicações)

Saudações;
 
A todos usuários deste site (blog), 

Estou anunciando uma pausa nas postagens feitas neste espaço, fruto das circunstâncias actuais.
Torna-se cada vez mais complicado manter este tipo de projecto de internet, por razões óbvias de fontes de novas matérias e manutenção da própria plataforma.

Por outro lado, reflectindo sobre aquilo que foi feito aqui, modestamente reconheço que produziu-se muita informação boa, e também desenvolveram-se ideias bastante criativas, como por exemplo, os conteúdos aqui são diversos não têm a ver somente com a Geologia, em topografia desenvolvi ideias e resolvi problemas que muitos usuários comentaram dando um feedback positivo, o mesmo também fiz em desenho técnico e geometria, sem contar com alguns elementos de lógica matemática, astronomia e astrofísica, para citar apenas alguns.

Até aqui foram cerca de 700 postagens com temas diversos como já referenciado.

É preciso motivação para continuar a trabalhar em busca de qualidade, e não tenho muita neste momento, por isso estou me retirando por um tempo, como um descanso sabático. Estarei reduzindo as minhas actividades ligadas a internet devido a outras tarefas importantes que preciso fazer agora. Não tenho uma data prevista para voltar, mas também não estou dizendo que nunca voltarei, quando tiver algo realmente importante para partilhar e que seja claramente ligado a ciencias da Terra, eu postarei aqui, mas somente para o próximo ano 2014.

Desejo a todos usuários sucessos nos estudos e na sua vida como profissionais de ciencias da Terra. Um grande abraço.

Carlos Pimentel aos 19 de Dezembro de 2013.










quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sedimentologia - Tipos de forças actuantes sobre os grãos; Transporte e deposição por fluídos de baixa viscosidade


Tipos de forças actuantes sobre os grãos (sedimentos)

- Transporte e deposição por fluídos de baixa viscosidade

A força da gravidade é a variável física básica em todos os fenómenos de sedimentação. Trata-se de uma força de corpo, isto é, uma força que age sobre o volume ou a massa do sedimento e que depende da sua densidade.
As demais forças que actuam nos sedimentos agem mais sobre a sua área superficial do que sobre a sua massa ou volume.
Por esta razão são chamadas forças superficiais. Destacam-se entre elas a fricção resultante do atrito entre grãos, coesão resultante da atracção electrostática ou electroquímica superficial entre grãos, a força ascendente produzida por turbulência e as forças de acção e reacção na interface grão / fluído.
As principais forças actuantes sobre grãos livres em movimento são:
   a)    Força Peso (P = m*g) e a sua reacção
   b)    Força de coesão entre partículas
   c)    Força ascendente introduzida devido a turbulência gerada no fluído
   d)    O esforço tangencial exercido pelo fluído sobre o grão (vice-versa)
Nota: Como a intensidade da viscosidade e das forças de superfície dificultam o movimento autónomo do grão, oferecendo resistência a sua decantação, estas forças são também conhecidas como forças de resistência.  A diferença reside no modo como os dois tipos de forças actuam no sedimento. Com base nisto são reconhecidos dois tipos de transporte sedimentar mecânico:
1º  Transporte de grãos livres (em que os grão apresentam suficiente liberdade de movimento num fluxo pouco viscoso).
2º Transporte gravitacional ou fluxo denso (ocorre quando os grãos estão muito próximos uns dos outros).
Transporte e deposição por fluídos de baixa viscosidade
O transporte sedimentar ocorre sempre através de um meio fluído, parado ou em movimento, seja ele o ar a água ou uma massa viscosa, constituída pela mistura entre sedimentos em que intervém a água e o ar. O gelo também pode estar presente no meio e constituir um principal veículo de transporte sedimentar.
Do ponto de vista físico o transporte sedimentar resume-se a um estudo de forças actuantes no interior do fluído, tendo como critério a viscosidade.
A viscosidade  é uma propriedade física que determina o modo como as forças superficiais se manifestam. Assim como a densidade em relação as forças do corpo.
Sob esse ponto de vista os tipos de transporte sedimentar são classificados em: dois grandes grupos conforme a viscosidade seja baixa ou alta.
Fluxos de baixa viscosidade
Nos fluídos de baixa viscosidade estacionário, as forças do corpo e de superfície agem sobre cada grão individualmente.
Nos fluídos de baixa viscosidade em movimento as forças do corpo agem sobre o fluído fazendo-o se movimentar declive abaixo, o fluído repassa esta acção a cada grão sob a forma de esforço tangencial.
Assim, a característica essencial do transporte de grãos em meio pouco viscoso é que as forças agem de maneira individual. Com efeito a corrente pode provocar uma seleção dos grãos no espaço. Separando os grãos mais leves dos mais pesados.



Diagrama Hjustron-Sundborg

Este diagrama; apresenta as curvas de velocidade crítica de transporte e erosão.

* A curva de transporte inferior representa as velocidades necessárias para colocar em movimento grãos isolados de diferentes tamanhos.

* A curva intermédia representa as velocidades necessárias para erodir leitos friccionais (incoesivos), formados por grãos de diferentes tamanhos.

* A curva superior representa as velocidades necessárias para erodir leitos coesivos formados por grãos de diferentes tamanhos.

Conclusão do gráfico: Fixada a densidade e as demais variáveis, quanto mais grossa é a granulação de um leito sedimentar inconsolidado, maior é a velocidade mínima necessária para dar inicio ao movimento dos grãos. Esta velocidade chama-se velocidade crítica. Uma vez que a corrente colocou a partícula em movimento, diminuem drasticamente os efeitos de coesão e fricção sobre o grão. Nestas condições quanto menor é a granulação do material mais fácil é o seu transporte.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Informação Sobre Mudanças nos Conteúdos Publicados

Estimados leitores do blog "Geologia",

As mais calorosas saudações.

Em vista da necessidade sempre presente de se primar antes pela qualidade do que pela quantidade, no que concerne aos conteúdos aqui publicados. Reduzir-se-á a frequência de artigos de carácter meramente informativo, isto é, daremos prioridade a artigos científicos desenvolvidos quer pelos autores, do blog, quer obtidos de outras fontes na internet.

O objectivo, é claramente oferecer matéria um tanto nova e não apenas partilhar notícias já publicadas em outros sites, pois é perceptível que o acesso as notícias pode ser feito de forma livre e individual e não se carece de repetições.

Por sua vez, os benefícios esperam ser maiores pois, já existem alguns projetos em carteira ligados por exemplo: as ciências aplicadas, mecânica, e como não podia deixar de ser a própria geologia que é a temática principal deste site. Desta resolução a única dificuldade que se espera é a já referida diminuição da frequência das publicações.

Porém, recorde-se que já muita informação foi publicada aqui, e você pode fazer pesquisas sobre variados temas dentro deste site, por isso a frequência de postagens também não acaba criando dificuldades.

Agradeço a todos que usam esse espaço e têm tido o máximo proveito desde que o mesmo foi criado.
O desejo da criação deste espaço, continua e será sempre a divulgação de matérias que dizem respeito a ciências da Terra, e aproximar cada vez mais os aficionados desta área quer sejam estudantes ou até profissionais do ramo, embora o conteúdo aqui é essencialmente acadêmico.

Continuem, se aplicando a investigação científica, e desenvolvendo essa área que para mim, e sem dúvidas para muitos de vocês é uma grande paixão.

O criador do blog: Carlos Pimentel Data 12/12/2013.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Professor acha fóssil de peixe de 100 milhões de anos no Sertão do Piauí


Segundo paleontólogo da UFPI, a espécie encontrada se chama 'Vinctife'.
Fóssil foi visto na Chapada do Araripe, região que envolve o CE, PE e PI. 




Patrícia Andrade Do G1 PI, em Betânia do Piauí 





Fósseis de peixe do período Cretáceo foram encontrados no interior do Piauí (Foto: Patrícia Andrade/G1) 

Moradores de Betânia do Piauí, no sertão do estado, descobriram a existência de fósseis de um peixe que viveu na Terra há 100 milhões de anos, no período Cretáceo. De acordo com um paleontologista da Universidade Federal do Piauí (UFPI), trata-se da espécie Vinctifer.

O professor de história Amadeus José Rodrigues foi quem encontrou os fósseis. Seus alunos o alertaram sobre a possibilidade de existir pela região partes de espécies petrificadas após participarem de uma aula em que Rodrigues explicou a formação dos fósseis. 

"Dias após uma aula, alunos que moram próximo a essa região chegaram na escola relatando que teriam visto um material parecido com o que mostrei. Resolvi ir até lá e constatei que se tratava mesmo de fósseis, então guardei. Ainda não mostrei para nenhum especialista para saber qual o seu valor histórico”, relatou Rodrigues. 
Professor Amadeus José Rodrigues, que encontrou
os fósseis (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Paleontólogo da UFPI diz ter encontrado o mesmo
fóssil em outra cidade (Foto: Patrícia Andrade/G1) 

O G1 mostrou as imagens do material encontrado para o paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros. 

O especialista afirmou que os fósseis de Betânia do Piauí são da espécie Vinctifer. 

“Esse fóssil foi encontrado na região da Chapada do Araripe que abrange boa parte do Ceará, Norte do Pernambuco e um pouco do Leste do Piauí. Nela é comum encontrar fósseis de peixes e por isso é considerada uma das mais importantes áreas para a Paleontologia em nível mundial”, avaliou Juan Cisneros. 

O especialista disse ainda que há muita coisa a ser descoberta no Piauí neste campo científico, mas que isso não acontece com frequência porque a maior parte das pesquisas foca o estado do Ceará. 

Juan Cisneros esteve recentemente na cidade de Curral Novo, a 45 km de Betânia, e por lá também encontrou fósseis de peixe da mesma espécie, assim como caracóis e algumas plantas, todos do período Cretáceo. Todo o material foi levado para o campus da UFPI, em Teresina, e em breve fará parte do acervo do Museu de Arqueologia e Paleontologia, em fase de instalação. 

Foi também no extremo Sul do Piauí que o paleontólogo encontrou o fóssil de uma preguiça gigante que viveu no período popularmente conhecido como a Era do Gelo. O material foi descoberto na cidade de Corrente, a 874 km da capital. 

“É importante que o Piauí proteja este patrimônio e promova pesquisas na região, que é uma das mais importantes para a paleontologia”, destacou Cisneiros.

Cientistas canadenses detectam novo gás com efeito estufa


Gás 'PFTBA' é utilizado para fabricar equipamentos elétricos e eletrônicos.
Em 100 anos, ele terá impacto sobre o aquecimento climático. 


Da France Presse 


Um gás que provoca um efeito estufa altamente resistente foi detectado na atmosfera por cientistas da Universidade de Toronto, informaram pesquisadores nesta segunda-feira (9). 

O perfluorotributylamin (PFTBA) é um gás artificial utilizado, entre outras atividades, para a fabricação de equipamentos elétricos e eletrônicos, que segundo os pesquisadores canadenses tem, entre todos os gases presentes na atmosfera, os efeitos mais radioativos. 

O PFTBA não foi, até o momento, incluído na família dos gases de efeito estufa persistente, mas em um período de 100 anos terá um impacto sobre o aquecimento climático muito mais forte que o dióxido de carbono (CO2). 

Apenas uma molécula de PFTBA na atmosfera tem o mesmo efeito de 7.100 moléculas de CO2, destaca Cora Young, química da Universidade de Toronto. 

Além disso, o gás tem uma vida muito prolongada na baixa atmosfera antes de se dissipar nas camadas mais elevadas, e não se conhece qualquer agente capaz de eliminá-lo, destacam os autores do estudo. 

Publicado na Geophysical Research Letters, o trabalho afirma que o PFTBA se inscreve em uma nova classe de gases do efeito estufa, e pedem a realização de análises mais profundas para determinar seus efeitos reais sobre o clima.

Estudo aponta que Antártica registrou frio recorde de -93º C em 2010


Dados foram divulgados por cientistas da União Geofísica Americana.
Temperatura foi registrada em bolsões de ar aprisionado, no Leste antártico. 




Da Reuters 



O ar ártico que levou temperaturas congelantes ao leste dos Estados Unidos em dezembro é relativamente ameno em comparação com o recorde de -93º C medido na Antártica em agosto de 2010, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) pela União Geofísica Americana, localizada em São Francisco. 

Os cientistas fizeram a descoberta ao analisar 32 anos de temperaturas da superfície global registradas por satélites. Eles detectaram que um cume no leste da Antártica contém bolsões de ar aprisionado que chegaram a -93º C em 10 de agosto de 2010, disseram os estudiosos. 

O recorde de baixa anterior era de -89,2º C, registrado em 1983 na estação de pesquisa russa de Vostok, na Antártica Oriental, disse Ted Scambos, cientista chefe do Banco de Dados Nacional de Gelo e Neve dos EUA, no Colorado. 

"Nós tínhamos a suspeita de que este cume da Antártica era susceptível a ser extremamente frio, e mais frio do que Vostok, porque é mais alto", disse Scambos em comunicado. 

As temperaturas são cerca de 50 graus mais frias do que qualquer registro no Alasca ou na Sibéria. 
Imagem divulgada pela agência espacial americana mostra o continente antártico. Estudo detectou que a temperatura de -93º C foi registrada em 2010 (Foto: Nasa/Reuters) 

Você sabe o que é isso?







Esta é a imagem de alta definição de uma extraordinária corrente a jato no polo norte de Saturno tirada pela sonda Cassini. É um fenômeno extremamente interessante onde a corrente a jato apresenta uma estrutura hexagonal de aproximadamente 30.000 quilômetros de diâmetro que circula a uma velocidade de 322 quilômetros por hora. No centro do hexágono existe uma enorme tempestade. 
A Cassini fez filmes deste hexágono com alta definição, expostos nos sites da NASA. 
O hexágono foi visto pela primeira vez pela Voyager e é persistente através do ciclo de 29 anos de Saturno.
Segundo os geólogos e cientistas da NASA o hexágono de Saturno é devido a corrente de ar em um imenso furacão que continua por décadas. Essa corrente de ar apresenta a estrutura de hexágono talvez pela falta de obstáculos, dizem alguns cientistas.





Imagem da da NASA/JPL- -Caltech/SSI/Hampton University

A mineração está chegando na Lua?



 

A Moon Express uma empresa americana baseada em Las Vegas está fabricando um robô do tamanho de uma mesa que deverá navegar na superfície da Lua. O robô será movido a peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e por células fotoelétricas. A Moon Express planeja ter o robô na superfície da Lua ainda em 2015 e ganhar o prêmio de trinta milhões de dólares oferecido pelo Google ao primeiro robô financiado por uma entidade privada a andar em solo lunar. 
A ideia é usar esse e outros robôs para a busca de recursos minerais na Lua sendo a platina um dos elementos a serem prospectados segundo Bob Richards o CEO da Moon Express. 
È muito mais interessante e lucrativo usar esses robôs para o turismo do que para a prospecção e mineração lunar. Até onde se sabe grande parte da Lua é composta por rochas máficas que, possivelmente, foram ejetadas da própria Terra em um choque cataclísmico com um corpo de grandes proporções. A prospecção e lavra de minerais do grupo da platina na Lua é um sonho com um duvidoso retorno econômico. Aqui na Terra temos gigantescos complexos máfico-ultramáficos com imensos recursos de platinóides em vários locais da África do Sul, Canadá e Rússia. Um bom exemplo é o projeto de platina e níquel que o bilionário Bob Friedland está investindo, na parte norte do Complexo máfico-ultramáfico do Bushveld, chamado de Plat Reef. Jazimentos como o Plat Reef é o que possivelmente a Lua terá, mas com custos muitíssimo mais elevados do que os nossos. 
A mineração na Lua talvez nunca seja viabilizada. Pelo menos até que a humanidade decida e legisle sobre o assunto. 
Contanto que não criem um Marco Regulatório para a Mineração Lunar espelhado no nosso modelo tupiniquim, subnutrido, que anda tropeçando, aos trancos e barrancos, nos bastidores do Congresso...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cabo Verde cria Instituto de Meteorologia e Oceanografia




O governo de Cabo Verde vai fundir no Instituto de Meteorologia e Oceanografia Atlântica os actuais institutos nacionais de Desenvolvimento das Pescas e de Meteorologia e Geofísica, informou o jornal cabo-verdiano A Semana.

O novo instituto, que deverá começar a funcionar em 2014, vai reunir as competências dos dois institutos a serem extintos e prestar ainda apoio às actividades do chamado Agrupamento do Mar.

"A nova instituição vai reunir as competências actualmente adstritas aos institutos nacionais de Desenvolvimento das Pescas e de Meteorologia e Geofísica, introduzindo uma maior sinergia e complementaridade nas acções que são desenvolvidas por estas entidades e que se sobrepõem em alguns domínios", disse uma fonte oficial citada pelo jornal.

De acordo com a fonte, o governo é da opinião que este novo serviço, que será um "super-instituto", vai posicionar Cabo Verde como um centro mundial de pesquisas no domínio da meteorologia e da oceanografia.

Para isso já estão em curso alguns projectos como, por exemplo, a montagem do Centro de Investigação Oceanográfica do Mindelo, que conta com a parceria da GEOMAR – Helmholtz Centre for Ocean Research Kiel da Alemanha, que já desembolsou cerca de três milhões de euros para as obras.
Macauhub

Petrobras descobre indício de petróleo em Tupi NE (Brasil)



A Petrobras comunicou à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a descoberta de indícios de hidrocarbonetos de petróleo na perfuração de um poço na área batizada como Tupi Nordeste (NE), no pré-sal da Bacia de Santos. A área está incluída no contrato de cessão onerosa.

O nome do poço perfurado é 3BRSA1201RJS e ele tem lâmina d'água de 2.131 metros. O poço em questão, identificado com o código 3, é um '"exploratório de extensão", que visa delimitar a acumulação de petróleo em um reservatório.

Graça Foster, presidente da Petrobras, afirmou recentemente que a companhia está pronta para discutir com os ministérios da Fazenda e Minas e Energia as datas para declaração de comercialidade dos campos concedidos no regime de cessão onerosa.

No processo de capitalização da Petrobras, concluído em setembro de 2010, Tupi NE foi o quarto maior reservatório adquirido, dos sete que fizeram parte do contrato, atrás de Franco, Iara e Florim. Em contrato firmado com a ANP, as reservas de óleo e gás de Tupi NE foram estimadas em 427,78 milhões de barris de óleo equivalente (BOE).

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Pluspetrol Angola iniciou exploração de petróleo em terra na província de Cabinda


Exploração foi iniciada em 20 de Novembro de 2013.

A extracção de petróleo e de gás natural em terra na província de Cabinda teve início terça-feira num bloco operado pela empresa Pluspetrol Angola, subsidiária do grupo petrolífero argentino Pluspetrol, informou a agência noticiosa Angop.

Ruben Alvarado, director-geral de operações da Pluspetrol, disse que o grupo tem grande experiência na extracção de petróleo em terra, operando nesta precisa actividade em diversos pontos do globo, nomeadamente na selva amazónia do Peru.

Em Cabinda, concretamente na zona sul da cidade capital, a Pluspetrol Angola detém uma participação de 55% e a licença de operação do bloco Cabinda Sul.

A empresa prevê produzir, até final do ano, 7 mil barris por dia nos 10 poços activos, dispondo de uma oleoduto com uma extensão de 27 quilómetros para transporte da produção do campo Castanha/Coco até ao terminal do Malongo onde se encontra o terminal de petróleo para exportação.

Ruben Alvarado disse ainda que além do Campo Castanha/Coco, existe também outro projecto que se centrará na produção de gás para fornecimento à central do Malembo. que produz energia eléctrica para a cidade de Cabinda e vila de Landana.

O grupo argentino investiu neste projecto 60 mil milhões de kwanzas (458 milhões de dólares), no período compreendido entre 2005 e 2013, para prospecção, desenvolvimento e produção. (macauhub)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

De Onde Vem Este Diamante?








© Instituto Gemológico da América. Reimpressão autorizada

As áreas brancas são regiões nas quais diamantes naturais foram encontrados.


Oito bilhões de dólares em diamantes são produzidos todos os anos, em minas no mundo todo. Então por que é importante saber de onde vêm os diamantes? No filme, James Bond ficou desconfiado, pois os diamantes deviam ter vindo de uma mina na Islândia - um local onde diamantes nunca haviam sido encontrados. Se você olhar para o mapa abaixo, poderá observar todas as regiões do mundo (marcadas em branco) onde já foram encontrados diamantes. A Islândia está marcada? Não. Então James tinha razão para desconfiar. Ele enviou os diamantes para serem testados. O laboratório descobriu típicos diamantes de "conflito" da África, e não da Islândia onde Gustav supostamente os havia encontrado.

Por que Gustav estava mentindo sobre a origem dos diamantes e o que são diamantes de 'conflito'? Depois de muita pesquisa, eu descobri a resposta. Diamantes de conflito vêm de países onde há guerra civil. Forças rebeldes, que lutam contra os governos dos países, garimpam diamantes e os vendem ilegalmente. Elas usam o dinheiro para comprar armas, o que faz com que a matança e o derramamento de sangue continue. Isso aconteceu em muitos países, incluindo Serra Leoa, Angola e República Democrática do Congo. Estima-se que os diamantes de conflito sejam responsáveis por apenas quatro por cento da produção anual mundial. Isso pode não parecer muito, mas acredita-se que, nos últimos seis anos, um grupo rebelde angolano chamado UNITA levantou US$ 3,7 bilhões com a venda de diamantes de conflito. A venda dos diamantes é provavelmente a única fonte de renda para alguns desses grupos rebeldes, e por isso o restante do mundo decidiu não comprar mais diamantes desses países.

Fazer as pessoas pararem de comprar diamantes de conflito não é fácil, já que eles podem ser contrabandeados para países vizinhos como a Libéria, onde são vendidos como diamantes legais. Como se sabe que isso está acontecendo? Os geólogos conseguem calcular quantos diamantes uma região deveria ter em seus vulcões e rios e quanto produzirá em um ano. Alguns países parecem estar vendendo mais diamantes do que poderiam produzir, então eles devem estar recebendo diamantes de algum outro lugar, talvez contrabandeando de países onde a venda de diamantes é proibida. As empresas de diamantes estão preocupadas, pois, se as pessoas acharem que os diamantes que elas compram podem estar financiando guerras nas quais estão morrendo muitas pessoas, elas podem parar de comprá-los, o que provocaria um colapso no mercado de diamantes.

Então como os colegas de James sabiam do relatório do laboratório dizendo que eram diamantes de conflito? O teste do laboratório mostrava que as marcas dos diamantes eram típicas de diamantes de conflito? Havia algo nos diamantes — alguma evidência dentro de sua estrutura que dava indícios sobre a região do mundo de onde eles haviam sido extraídos.
É possível sabermos de onde vem um diamante?

Vamos dar uma olhada nas evidências que temos até agora. Sabemos que os diamantes contêm pequenas quantidades de outras substâncias, conhecidas como impurezas, que podem definir sua cor. Técnicas óticas especiais podem ser utilizadas para determinar quais são essas impurezas. Essas impurezas são um possível ponto de partida para descobrir a procedência dos diamantes. Por exemplo, sabe-se que Serra Leoa tem um perfil distinto de sulfetos (moléculas que contêm enxofre). Infelizmente, testes não têm sido feitos rotineiramente por todos os países produtores de diamantes do mundo. Para conseguir esse tipo de informação muita pesquisa teria que ser feita para testar diamantes de cada mina. Uma das maiores ciladas desse tipo de identificação é que todo diamante é formado na rocha fundida do manto. Assim como uma panela de água sendo aquecida, o manto tem correntes de convecção bem lentas, que o mantém em movimento e misturado. Por causa dessas correntes, acredita-se que a formação química do manto seja semelhante em qualquer lugar do mundo. Assim, é bem provável que as impurezas dos diamantes sejam bastante parecidas, apesar de eles serem extraídos em diferentes locais da superfície terrestre. Na verdade, descobriu-se que é praticamente impossível distinguir entre os diamantes brutos de zonas de conflito e os diamantes extraídos legalmente em países como Botsuana, o maior produtor de diamantes do mundo.

Então há outros métodos de identificação? Os cientistas analisaram diamantes brutos de diferentes regiões do mundo e descobriram que seu tamanho, formato e irregularidade da superfície podem ser a chave para descobrir sua origem. Contudo, quando diversos diamantes são misturados e têm origens diversas, ainda é muito difícil separá-los de acordo com suas regiões, pois as diferenças entre eles são mínimas. Isso fica ainda mais difícil depois que eles são lapidados e polidos, pois todas essas características originais são removidas.

A chuva pode ser o segredo para a identificação da origem de diamantes brutos. Quando encharca o chão, a chuva entra em contato com os diamantes. Ela pode deixar átomos ou isótopos de hidrogênio sobre a superfície das gemas que são exclusivas das águas de chuva naquela região. Esses átomos ou isótopos ficam firmemente presos na superfície da rocha e não são removidos com facilidade.

Todas essas técnicas parecem diretas, mas elas não funcionam sempre, então, no momento, todos os países que produzem diamantes legalmente assinaram um acordo pelo qual se comprometem a não comprar diamantes de conflito e a manter registros de cada diamante extraído de cada mina. Cada pedra é marcada e catalogada ao longo de sua existência e seus documentos (ou 'certificado de origem') viajam com ela. O uso de técnicas como a marcação tornaria isso possível, mas não seria muito mais fácil se uma técnica como aquela que um dos cientistas de James usou no filme pudesse ser desenvolvida? Bem, talvez isso já tenha acontecido! Em junho de 2002, uma empresa informou que tinha desenvolvido tal máquina, que pode ser utilizada em diamantes brutos e lapidados. Ela ainda não está em operação, mas em breve estará. Os fabricantes dizem que ela é como uma fotocopiadora - coloque um diamante bruto dentro dela e ela identifica todas as suas características exclusivas, sua origem e seu valor, formando a seguir uma cópia heliográfica do diamante para mantê-la gravada e depois faz a marcação do diamante. O custo dessa máquina é estimado em cerca de US$ 1 milhão - não muito caro se você compará-lo aos lucros obtidos todos os anos pela indústria de diamantes.

Há alguma outra parte do filme que você gostaria de investigar? Conte-nos e nós poderemos tentar. Ou por que você não tenta?

De que são feitos os diamantes?




Na verdade, do mesmo material de que são feitos o carvão e o grafite de seu lápis: carbono, onde os átomos se arranjam de uma maneira que as ligações ficam muito fortes.

As ligações se formam quando o carbono está a temperaturas muito altas e sob pressões muito altas. Os diamantes naturais se formam em profundidades, cerca de 180 km abaixo da superfície da Terra, onde as altas temperaturas e pressões são naturais. Abaixo da crosta terrestre está o manto, que é formado de rocha derretida, metais e outros materiais. A temperatura é muito alta nessa profundidade - entre 1100 ºC e 1400 ºC. As altas pressões são produzidas pelo peso de 180 km de rochas que pressionam. Além do carbono, há pequenas quantidades de outras substâncias, como nitrogênio e enxofre, que podem ficar aprisionadas no cristal quando ele é formado no manto. Essas impurezas podem dar cor ao diamante. Um dos mais raros é o diamante rosa. O anel de noivado que Ben Afleck deu para Jennifer Lopez é um diamante rosa, que faz o anel valer $3 milhões de dólares.




Diamante



Grafite



Cadeia de Carbono

De onde vem o carbono que forma os diamantes?

A maioria dos diamantes é formada de carbono que estava no manto desde que a Terra se formou, mas alguns são feitos de carbono dos corpos e conchas de micro-organismos, como algas de antigos oceanos. Esse carbono orgânico foi enterrado em rochas que foram arrastadas para baixo do manto por causa das placas tectônicas e da deriva continental. Todas os seres vivos da Terra são feitos de carbono. Se um de nós caísse por alguma razão em uma vala oceânica na beira de uma placa tectônica onde as rochas são arrastadas para debaixo do continente, poderíamos reaparecer daqui a milhões de anos na forma de diamantes!

Escrevendo em Diamantes







Foto gentilmente cedida pelo Thomas Hunn Co., Grand Junction, Colorado,EUA.

Cristais brutos de diamante (alto)

© De Beers

Um diamante lapidado e polido (abaixo)


No filme, após ter encontrado os diamantes, James os observa cuidadosamente com o auxílio de um microscópio. Ele percebe que há o nome Gustav Graves inscrito neles. Eu verifiquei, e na verdade isso pode ser feito. É uma técnica chamada escrita por feixe de íons. Íons são partículas minúsculas eletricamente carregadas. Quando descarregam sua carga na superfície de um diamante elas o convertem em grafite em padrões ou marcas com a espessura de apenas 1/40 de um fio de cabelo humano. A cor do grafite é cinza, que assim contrasta com a transparência do diamante. Até mesmo minúsculos cristais de diamante podem ser marcados. Algumas empresas fazem inscrições em todos os diamantes que saem das minas, de forma que possam ser identificados posteriormente como provenientes especificamente de determinada mina. Você não acha que exigiria muito tempo e esforço para gravar em cada um deles? Bom, agora existem máquinas especiais que podem gravar automaticamente cada cristal em menos de um segundo. Quando os diamantes chegam à superfície eles estão em estado bruto, possuem uma forma cristalina, mas estão arranhados e têm a superfície áspera. Para deixá-los brilhantes e belos como os vemos nos anéis, e colares, eles têm de ser lapidados e polidos. A técnica de inscrição pode também ser utilizada nos diamantes lapidados e polidos, o nome do joalheiro ou a empresa que forneceu o diamante ao joalheiro podem ser escritos neles.







Imagem gentilmente cedida pela Norsam Technologies

Uma minúscula matriz de dados gravada em um diamante








Imagem gentilmente cedida por Gemprint

Diamante com as inscrições do nome do joalheiro


Além de nomes, outras informações podem ser colocadas em um diamante. Os produtos nos supermercados possuem códigos de barras - feita a leitura pelo scanner, o nome do item, seu peso e preço aparecerão no visor do caixa. Diamantes também podem ter código de barras. Entretanto, como os códigos de barras são muito grandes, foi desenvolvido um novo método, no qual um modelo de blocos em preto e branco, chamado de matriz, é inscrito no diamante. O posicionamento dos blocos é relacionado a informações contidas em um banco de dados de computador. Uma vez feita a leitura da matriz, todas informações sobre o histórico daquele diamante poderão ser encontradas no banco de dados. Uma grande vantagem é que a matriz pode ter um tamanho minúsculo.

Essas técnicas de gravação de matrizes em um diamante são conhecidas como branding. Uma desvantagem desse método é que ele danifica levemente o diamante. Durante o processo, uma pequena área é transformada em grafite. Recentemente, uma nova técnica foi desenvolvida para identificação de diamantes lapidados. Cada diamante é submetido a um facho de laser, que resulta em um modelo único de reflexão de luz, com o formato de uma estrela. Dois diamantes nunca serão idênticos, mesmo se forem lapidados da mesma maneira, já que cada cristal terá inclusões e falhas únicas em suas estruturas. O padrão de luz, que é tão único quanto uma impressão digital ou amostra de DNA, é fotografado e mantido em uma base de dados. O banco de dados guarda informações sobre o diamante que poderão ser importantes no futuro, incluindo seu peso, o local de garimpo, quem o vendeu e para quem foi vendido.

Diamantes em Vulcões





Se os diamantes se formam nas profundezas, como eles chegam à superfície?







© Instituto Gemológico da América. Reimprenssão autorizada.

Um vulcão em erupção, mostrando a chaminé vertical.


Vulcões - é a resposta. Quando os vulcões entram em erupção, os diamantes são lançados para cima na lava ou permanecem na cratera, a parte central e vertical do vulcão. Por isso, o melhor lugar para encontrar diamantes é no centro de um vulcão extinto, em um tipo de rocha chamado kimberlito. O nome Kimberlito vem da cidade de Kimberley, na África do Sul, de onde foram extraídos diamantes pela primeira vez nos anos 1870 e ainda hoje são produzidos alguns dos maiores diamantes do mundo.







© De Beers

O 'Big Hole' em Kimberley, África do Sul



© De Beers

Vista área da mina de diamantes Koffiefontein, África do Sul, operada pela De Beers.


Estas fotos mostram minas de diamantes no centro de vulcões extintos. Eles têm que cavar pela chaminé de kimberlito até encontrar os diamantes. A chaminé de kimberlito na mina de diamantes de Kimberley na África do Sul é cavada a profundidades de mais de 1.000 m (3.500 pés) abaixo da superfície.

Diamantes são também encontrados em rios e nas correntezas ou em rochas ao redor de vulcões extintos. Isso ocorre porque, com o passar dos anos, a rocha ígnea que compõe o vulcão fica desgastada pelo vento e chuva. Pedaços de rocha ígnea e diamante são levados pelo vento, ou em correntezas e rios e, ao longo dos anos, podem ficar presos junto a outros pedaços de argila e areia e formar rochas sedimentares.

Polinização por abelhas gera frutas mais duradouras, explica pesquisa


Objetivo do estudo é mostrar que benefícios das abelhas são subestimados.
Testes compararam frutas que receberam pólen de diferentes formas.




Da France Presse




Abelhas coletam pólen de um girassol no Agricenter, em Memphis, no Tennessee, EUA. (Foto: Jim Weber/The Commercial Appeal/AP)
saiba mais
Estudo diz que pesticidas diminuem resistência de abelhas a parasita
Tipo de agrotóxico suspeito de matar abelhas no mundo é usado no país
Europa vai proibir três pesticidas considerados mortais para abelhas
Pesticidas agrícolas matam abelhas e prejudicam polinização, diz estudo
Pesticidas podem causar 'curto-circuito' em abelhas, sugere estudo

A polinização das abelhas em morangos produz frutos maiores, mais vermelhos e mais firmes, revela estudo publicado nesta quarta-feira (4), com o objetivo de mostrar que os benefícios econômicos ligados às abelhas ainda são subestimados.

Os trabalhos, coordenados por Björn Klatt, da Universidade de Goettingen, na Alemanha, compararam os morangos polinizados pelas abelhas, pelo vento e pela autopolinização.

A experiência mostrou que as frutas polinizadas pelas abelhas tinham um peso superior, menos imperfeições, uma cor mais vermelha e estavam mais firmes. Essa última característica prolongou sua vida no morangueiro.

Os morangos polinizados pelas abelhas pesam, em média, 11% a mais do que aqueles que foram polinizados pelo vento, e 30% a mais do que por autopolinização, de acordo com os trabalhos publicados na revista britânica "Proceedings of the Royal Society B".

O fato de serem mais firmes permite ter uma maior durabilidade de exposição no pé - de 12 a 26 horas a mais -, o que tem implicações comerciais significativas, acrescentam os pesquisadores.

Polinização profunda
Os melhores resultados obtidos podem ser explicados pela polinização mais completa de pequenos grãos na parte externa dos morangos, que desempenham um papel no sistema hormonal do fruto.

Excedendo seus resultados para outras culturas, os autores estimam que a polinização pelas abelhas foi, de modo geral, 'subestimada até agora' e constitui um elemento 'vital e economicamente importante' da qualidade das frutas.

O estudo destaca que 90% dos morangos não podem mais ser comercializados depois de quatro dias de estocagem. Em um mercado europeu de 1,5 milhão de toneladas, a polinização das abelhas poderá reduzir as perdas em 11%, ou seja, 236 milhões de euros por ano, segundo os cálculos dos cientistas.

Utilização de Diamantes na Perfuração de Poços de Petróleo




Até a década de 1900, a maioria dos poços petrolíferos era criada utilizando brocas de percussão — tecnologia já utilizada pelos chineses em 1100 a.C e ainda um método muito popular de perfuração para obtenção de água. Uma broca de percussão é uma haste com um pedaço pesado de metal na ponta. Ela é levantada e solta repetidas vezes dentro de um orifício, aumentando gradualmente sua profundidade. Vários homens trabalhando juntos muitas vezes levaram anos para fazer um único poço dessa forma. Hoje em dia o trabalho é normalmente feito com máquinas.

Ao longo dos séculos 19 e 20, melhorias na tecnologia do aço trouxeram brocas de perfuração rotativas que poderiam perfurar rapidamente rochas moles até o fim. Até mesmo em rochas moles, o aço pode se desgastar muito rápido, por isso geralmente é coberto com inserções, ou uma completa camada externa, de carbureto de tungstênio, que é mais frágil que o aço, mas tem maior resistência à erosão. Se isso não for suficiente, são adicionados diamantes sintéticos, mas as rochas mais duras só podem ser perfuradas com a ajuda de diamantes de verdade.




Esquerda: Uma broca de perfuração e o sistema de direção sendo preparados para perfurar.

Direita: São perfurados poços que passam pelas camadas rochosas em direção às reservas de petróleo e gás.








Essa broca perfura rochas duras utilizando diamantes naturais colocados em fileiras em lâminas de carbureto de tungstênio


O diamante, o material mais resistente já encontrado, é 10 vezes mais duro que o aço, 2 vezes mais duro e 10 vezes mais resistente ao desgaste do que o carbureto de tungstênio, e tem uma força de compressão 20 vezes maior do que o granito.

A primeira vez que geólogos usaram diamantes naturais para perfuração foi por volta de 1910 em brocas de sondagem para escavação que perfuravam orifícios em forma de rosca e extraíam colunas de rocha para análise. Diamantes foram inseridos pela primeira vez em brocas de orifício inteiro para poços petrolíferos no início da década de 1920 e são amplamente usados hoje. Brocas de diamante natural usam pedras naturais de qualidade industrial, não preciosas, que são trituradas e procesadas para produzir tamanhos específicos e formas arredondadas regulares.





Esta broca tem lâminas de carbureto de tungstênio impregnadas com minúsculos grânulos de diamantes, que permitem a perfuração de rochas muito duras. Como o carbureto de tungstênio se desgasta na superfície de corte, grânulos de diamante desgastados caem e os grânulos novos ficam expostos.








Esse homem está segurando uma inserção de PDC com pinças.








Os discos pretos na extremidade cortante das lâminas dessa broca de perfuração são inserções de PDC.




Os diamantes naturais se formam na profundidade da Terra sob calor intenso e pressão extrema por milhares de anos. No início da década de 1970, a empresa norte-americana General Electric desenvolveu um processo para fazer diamantes sintéticos. Finas camadas circulares alternadas de grafite de carbono e cobalto são empilhadas em pequenas latas e pressionadas a 2 milhões de psi [13.733 MPa] e depois aquecidas a 2732°F [1500°C] por cinco minutos. Esse processo cria pequenos cristais de diamante sintético que se ligam e formam o compacto de diamante policristalino (PDC). Ao contrário dos diamantes naturais, os cristais individuais são muito pequenos para perfurar rochas duras. Em vez disso, as inserções de PDC são incorporadas nas bordas de brocas para perfurar a rocha — como se fosse uma lixa extemamente dura.

Muitas brocas de perfuração incluem uma combinação de aço, carbureto de tungstênio, PDC e diamante em suas extremidades cortantes e perfurantes. Há uma grande variedade de combinações, projetadas para perfurar com mais eficiência diferentes tipos de rocha.




Esquerda: Essa broca de perfuração "híbrida" contém tanto inserções de PDC cortantes como pinos impreganados de diamante. Essa visualização também mostra os bicos entre as lâminas na extremidade da broca. Uma lama especial é bombeada através desses bicos para resfriar a broca e retirar os pedaços de rocha das extremidades cortantes, desde o orifício até a superfície, onde são analisadas por geólogos.



Abaixo, à esquerda: As brocas de cone cilíndrico possuem cones metálicos que giram independentemente. Cada cone tem dentes feitos de aço endurecido, carbureto de tungstênio, PDC, diamantes ou uma combinação deles.

Abaixo, à direita: A vista lateral de uma broca de cone cilíndrico mostra PDC e diamantes inseridos em todas as partes expostas da broca, além de dentes cortantes. Eles serverm para reduzir o desgaste quando se perfuram rochas muito abrasivas.

Brocas de perfuração Close de parte de uma broca de de perfuração

Cientistas estão mais perto de pílula para homens


Pesquisadores descobriram forma reversível de impedir saída de esperma, mas medicamento pode levar uma década para ser desenvolvido.




Da BBC


Novo tratamento pode ser revertido facilmente, segundo cientistas (Foto: BBC)

Cientistas australianos estão mais próximos de sintetizar uma pílula anticoncepcional para homens - mas o medicamento ainda levará mais de 10 anos para chegar às farmácias.

Os pesquisadores da Universidade Monash, em Melbourne, encontraram uma forma reversível de impedir que os espermatozoides saiam junto com a ejaculação, sem afetar a função sexual.

Testes em animais mostraram que o esperma pode ser mantido "em estoque" durante a relação.

A busca por um anticoncepcional masculino até o momento se concentrou em pesquisar como os homens poderiam produzir espermatozóides não funcionais.

Mas alguns medicamentos usados com este objetivo também tinham efeitos colaterais considerados "intoleráveis", segundo Sabatino Ventura, um dos pesquisadores da Universidade Monash.

Estes medicamentos provocavam a infertilidade, mas também afetavam o apetite sexual ou causavam alterações permanentes na produção dos esperma.

A descoberta foi publicada na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Estoque
Para chegar a este novo anticoncepcional masculino, os pesquisadores australianos tentaram uma abordagem diferente. Normalmente o esperma sai da "área de estoque" no canal deferente antes da ejaculação.

O grupo de pesquisadores produziu camundongos geneticamente modificados que não conseguiam expelir o esperma para fora do canal deferente.

"O esperma fica no local de estocagem então, quando o camundongo ejacula, não há esperma, ele é estéril", disse Ventura à BBC.

"É facilmente reversível e o esperma não é afetado, mas precisamos mostrar que podemos fazer isto em termos farmacológicos, provavelmente com dois medicamentos", acrescentou.

Até o momento o grupo de pesquisas fez com que os camundongos ficassem estéreis mudando o DNA dos roedores para que eles parassem de produzir duas proteínas necessárias para mover o esperma.

Agora, os cientistas precisam descobrir duas drogas que possam produzir o mesmo efeito. Eles acreditam que uma delas já foi desenvolvida e é usada há décadas em pacientes com crescimento benigno da próstata.

Mas a descoberta do segundo medicamento necessário pode levar até uma década.

O processo descoberto pelos cientistas australianos também não é totalmente livre de efeitos colaterais. As proteínas que foram alteradas pelos cientistas têm um papel no controle dos vasos sanguíneos, então os efeitos colaterais poderão afetar a pressão e o batimento cardíaco.

Mas, pelo menos nos camundongos, a única alteração detectada foi uma queda "muito pequena" na pressão sanguínea. Também pode haver uma alteração no volume da ejaculação.

"É um estudo muito bom, quase como uma vasectomia biológica, que impede a saída do esperma", afirmou Allan Pacey, palestrante de andrologia na Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

"É uma boa ideia, mas eles precisam continuar (com a pesquisa) e observar o que faz com as pessoas", acrescentou.

'Gordinho saudável' é um mito, diz pesquisa


Excesso de gordura ainda traz riscos à saúde, mesmo quando níveis de colesterol, pressão arterial e açúcar são normais.




Da BBC


'Gordinho saudável' é mito, segundo estudo (Foto: BBC)

Defendida por uma corrente de endocrinologistas e nutricionistas, a ideia de que um indíviduo com sobrepeso possa ser um "gordinho saudável" não passa de um mito, segundo uma nova pesquisa.

O estudo, conduzido por cientistas canadenses com mais de 60 mil pessoas, mostrou que o excesso de gordura ainda traz riscos à saúde, mesmo quando os níveis de colesterol, pressão arterial e açúcar são normais.

Divulgada na publicação científica "Annals of Internal Medicine", a pesquisa analisou resultados de mais de 1 mil outros estudos publicados sobre o tema.

Os pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Toronto, terminaram por contradizer a máxima de que o excesso de peso não implicaria necessariamente em riscos para a saúde desde que os indivíduos se mantivessem saudáveis de outras maneiras.

Mito
O levantamento concluiu que pacientes com sobrepeso cujo coração foi monitorado por mais de 10 anos não apresentaram qualquer melhora na saúde.

Os cientistas argumentam que os "gordinhos", apesar de metabolicamente saudáveis, têm, provavelmente, fatores de risco subjacentes que pioram com o tempo.

Responsável pelo estudo, Ravi Retnakaran disse à BBC: "Nossos resultados realmente colocam em dúvida a existência desse conceito de obesidade saudável".

"Os dados sugerem que tanto os pacientes que são obesos e metabolicamente doentes quanto os que são obesos, mas metabolicamente saudáveis, têm risco elevado de morte por doenças cardiovasculares. Nesse sentido, a 'obesidade saudável' pode ser considerada um mito."

A Fundação Britânica do Coração diz que a obesidade é um conhecido fator de risco para doenças cardiovasculares e as pesquisas mostram que não há nível saudável de obesidade.

Para a enfermeira chefe de doenças cardíacas Doireann Maddock, "mesmo se os níveis de pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue estiverem normais, a obesidade ainda pode colocar o coração em risco".

Ela destaca a necessidade de uma mudança no estilo de vida em detrimento de uma preocupação exagerada com os fatores de risco individuais.

"Além de acompanhar seu peso, se você parar de fumar, começar uma atividade física regular e mantiver a pressão arterial e o nível de colesterol a um nível saudável, você pode fazer uma diferença na redução de seu risco de doença cardíaca."

"Se você está preocupado com seu peso e quer saber mais sobre as mudanças que você deve fazer , marque uma visita com o seu médico."

Cientistas desenvolvem aplicativo para medir terremotos por celular


'My Quake' identifica tremores de magnitude 5 ou maior em raio de 10 km.
Indústria já tem interesse, mas autor diz que público não pode se acomodar.




Luna D'Alama Do G1, no Rio


3 cDestruição causada por terremoto de magnitude 7.1 nas Filipinas no dia 15 outubro, menos de um mês antes da passagem do tufão Hiyan, (Foto: Jay Directo/AFP)

Um grupo de cientistas americanos e italianos está desenvolvendo um sistema para prever e detectar terremotos por meio de aplicativo de celular. O software "My Quake" (Meu Terremoto, em inglês) foi idealizado em 2008 na Universidade da Califórnia em Berkeley, em parceria com a Universidade de Nápoles Federico II, e vem sendo aprimorado desde então. O projeto foi apresentado na terça-feira (26) pelo sismólogo Richard Allen, durante o VI Fórum Mundial de Ciência, no Rio.
saiba mais
Fórum Mundial de Ciência termina nesta quarta (27) no Rio
Envelhecimento na América Latina preocupa Banco Mundial
Novo relatório climático reforça visão de que homem causa aquecimento
Sobreviventes do Haiyan tentam superar trauma psicológico
Agência da ONU inicia missão no Japão para analisar Fukushima
Começa segunda fase da retirada de combustível de reator de Fukushima

Segundo o especialista, hoje o programa – que usa dados de GPS e algoritmos – consegue detectar em tempo real tremores de magnitude 5 ou maior em um raio de 10 km. O próximo passo será aumentar a sensibilidade do dispositivo para identificar abalos sísmicos de magnitude 3 em um raio de até 100 km.

"Se a intensidade e a duração dos terremotos puderem ser previstas com minutos de antecedência, isso já pode ser suficiente para que as pessoas procurem um lugar seguro. Nesses casos, segundos muitas vezes já podem fazer alguma diferença", destacou.

Para Allen, sempre vai existir o "elemento surpresa" em situações como desastres naturais, mas esse sistema de alerta pode servir como uma ferramenta para ajudar a população na hora de agir.

"O que não podemos é usar programas assim para nos tornar mais complacentes e não fazer nada. As pessoas precisam ser treinadas e aprender como proceder nesses momentos, pois também é responsabilidade delas", disse.

O que não podemos é usar programas assim para nos tornar mais complacentes e não fazer nada. As pessoas precisam ser treinadas e aprender como proceder nesses momentos, pois também é responsabilidade delas"
Richard Allen,
sismólogo

Na opinião do sismólogo, saber desses eventos previamente não deve criar reações de pânico, e modelos já implantados no Japão demonstram isso. Allen cita, ainda, o Chile como um bom exemplo de país que tem se preparado cada vez melhor para tremores de terra, com prédios mais seguros e uma população mais atenta.

"A implementação do nosso sistema ainda é um desafio, mas já há empresas interessadas. Fizemos testes no Japão e até 90% dos voluntários manifestaram estar dispostos a usar o aplicativo", contou.

Faltam dados de desastres
De acordo com o climatologista japonês Yuichi Ono – do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Ciência de Desastre (IRIDeS), criado na Universidade de Tohoku após o tsunami de 2011 –, apenas os desastres naturais mais graves são reportados às autoridades, deixando os menores de fora das estatísticas. Também não se sabem se morrem mais homens ou mulheres nesses episódios, apontou o especialista.

"São os governos locais e federal que devem coletar os dados. Os sistemas de alerta de terremoto e tsunami no Japão já melhoraram, menos pessoas morrem agora", afirmou. Hoje, o IRIDeS conta com cem pesquisadores, e recentemente enviou especialistas para as Filipinas, que têm sofrido com a passagem do tufão Haiyan.

A pesquisadora da Universidade de Ciência de Tóquio Reiko Kuroda, membro do Conselho de Ciência do Japão, acrescentou que eventos como o tsunami de março de 2011, que deixou milhares de mortos e atingiu a usina nuclear de Fukushima, fizeram a população do país ficar mais cética em relação à contribuição da ciência. Para Ono, a opinião pública perdeu totalmente a confiança na comunidade científica.

O que devemos reduzir é a exposição e a vulnerabilidade das populações (aos desastres)"
Gordon McBean,
presidente do ICSU

Ásia mais atingida
Segundo o climatologista Gordon McBean, presidente do Conselho Internacional de Ciência (ICSU, na sigla em inglês) e professor da Western University no Canadá, os desastres naturais se concentraram, entre 1980 e 2012, 52% na Ásia, 27% na África, 12% na América do Norte, 7% na Europa e 2% na América do Sul.

Os países onde houve o maior número de mortos nesse período foram Bangladesh, Índia, Honduras e Japão. Só no ano passado, nas Filipinas, foram registrados 33 desastres ligados ao clima, entre ciclones, erupções de vulcões, enchentes e terremotos.

A maioria dos incidentes relatados no mundo tem sido de natureza hidrológica, meteorológica ou climatológica. Para McBean, que ajudou a formular o mais recente relatório científico do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a intensidade das tempestades e furacões só deve aumentar daqui para frente.

"O que devemos reduzir é a exposição e a vulnerabilidade das populações", destacou. De acordo com o climatologista, as maiores perdas econômicas decorrentes de desastres naturais estão nos países em desenvolvimento.

McBean também reforçou que as pessoas precisam de educação e treinamento para saber o que, quando e como fazer nesses episódios.

"Devemos trabalhar juntos, envolver a população. Muitas crianças japonesas morreram afogadas no tsunami de 2011 porque nunca haviam tido um treinamento antes", lembrou o especialista, que coordena grupos de trabalho nas Filipinas, na Tailândia e no Laos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Tipos de Sondagem


Sondagens a Trado


A sondagem a trado consiste numa perfuração manual de pequeno diâmetro, por meio de um dispositivo de baixa a média resistência para perfuração de solo.

O trado é constituído por uma haste metálica, onde é fixado um haste ortogonal numa das extremidades, enquanto que na outra extremidade podem ser fixados diversos tipos de perfuradores, no caso da utilização de trados ocos é possível introduzir amostradores pelo seu interior, possibilitando assim a amostragem.


Fig.1- Mecanismo para realização de sondagem.

Utilizada essencialmente para a recolha de amostras de solo, por exemplo na construção de estradas, determinação de manchas de empréstimo e identificação do nível de água.

Os trados manuais são geralmente usados até profundidades de cerca de 6 metros e em solos pouco consistentes. Os furos assim abertos podem requerer ou não tubagem de revestimento.

O uso de trados accionados mecanicamente é sobretudo vantajoso em terreno com seixo ou quando haja necessidade de realizar grande número de furos. Os furos realizados com trados mecânicos podem atingir profundidades que ultrapassam os 30 metros.







Fig.2- Tabela vantagens e desvantagens.



Sondagens à Percussão


A sonda de percussão pode ser accionada manual ou mecanicamente. A sonda manual é geralmente usada para abrir furos verticais com diâmetros máximos de cerca de 20 cm e profundidades até cerca de 20 metros.


Fig.1- Exemplo de Trépanos.


Para furos mais profundos, os quais podem atingir valores da ordem de grandeza da centena de metros (embora para estas profundidades os rendimentos de furação já são relativamente baixos), deverão utilizar-se sondas mecânicas.



As sondagens de percussão são habitualmente utilizadas em solos ou rochas brandas, raramente ultrapassando comprimentos da ordem das poucas dezenas de metros.

Nos furos abertos nestas formações podem colher-se amostras com um amostrador adequado, mas deve ter-se presente que o terreno sofre uma certa perturbação, obtendo-se amostras piores do que as conseguidas por meio de poços, valas ou galerias.



As sondagens de percussão são também utilizadas na furação de rochas duras, sendo, nestes casos, o seu avanço relativamente lento. É frequente a utilização de furação destrutiva na pesquisa e captação de água subterrâneas e na execução de furos para tratamentos por injecções de cimento de fundações em maciços rochosos, apesar de neste caso ser também frequente a utilização de sondagens de rotação tipo “rotary” ou “circulação inversa” de avanço muito mais rápido (Figura 2).


Fig.2 - Exemplos de sondagens.


Fig.3 - Mecanismo usado para sondagem.


Sondagens à Rotação


As sondagens de rotação permitem amostragem contínua com elevada percentagem de recuperação em terreno rochoso de boa qualidade a razoável. Para se obterem boas amostras deve utilizar-se amostrador de parede dupla, no qual o tubo que retém a amostra está desligado do movimento de rotação da coroa, o que minimiza os efeitos por desgaste devido à rotação e a fracturação das amostras. Para formações de fraca qualidade podem ainda ser utilizados amostradores triplos, assim designados por terem uma terceira parede que é uma camisa interior que acondiciona a amostra.

Os comprimentos mais comuns dos amostradores são 2 m e 3 m utilizando-se comprimentos maiores, por exemplo, em sondagens de prospecção de petróleo. Os diâmetros das coroas são normalizados, de acordo com o indicado nos quadros seguintes.




Figura 1 - Coroas utilizadas nas Sondagens à Rotação


Nas sondagens de rotação com recuperação contínua de amostra a ferramenta de furação é uma coroa, vulgarmente de metais duros (por exemplo tungsténio) ou com diamantes (nestas, conforme os tipos e finalidade, variam a densidade de diamantes impregnados e a sua granulometria de acordo com o tipo de terreno a furar). Para rochas menos duras, como calcários, ou para solos duros, consegue-se um bom avanço com uma coroa de prismas de tungsténio enquanto para rochas duras, como quartzitos e até granitos sãos, mesmo com coroas diamantadas, o desgaste é muito grande e o avanço lento.

A ferramenta de furação vai no extremo das varas que são hastes metálicas que se ligam umas às outras e que permitem no seu interior a circulação de fluídos cuja finalidade é simultaneamente arrefecer as peças de furação e trazer à superfície os respectivos detritos. Em trabalhos de geotecnia o fluído de circulação é, geralmente, água.




Figura 2 - Exemplo de uma Sondagem à Rotação


Usada para a perfuração de maciços rochosos com obtenção e preservação de amostras de rochas.
Outras Sondagens




Sondagens de Roto-percussão




A sondagem rotopercussiva em circulação reversa obtém amostras das rochas perfuradas através do impacto de uma ferramenta especial (button bit ou broca tricónica), que utiliza ar comprimido como fluido circulante em hastes de paredes duplas.

O ar injectado pelo espaço anelar entre haste e camisa interna carrega até a superfície os fragmentos de rocha (cuttings), onde os mesmos são recuperados em ciclone e as amostras obtidas acondicionadas em sacos plásticos.

A utilização de martelo pneumático de fundo (DTH), com reversão de ar na face do button bit e/ou broca com insertos de tungsténio, proporciona uma amostragem contínua e descontaminada, com elevados índices de recuperação. A descrição geológica das amostras é facilitada pelo tamanho dos fragmentos obtidos.

A sondagem rotopercussiva, devido à representatividade das amostras, é aplicável na exploração mineral, no desenvolvimento de minas, na investigação geotécnica, na perfuração de poços e para controle ambiental.


Figura 1 - Diagrama de uma Sondagem Rotopercussiva

Evolução das Sondagens



A evolução tecnológica permite que actualmente existam equipamentos para a realização deste tipo de sondagens destrutivas em que é possível, através de instrumentação de captura, registo e tratamento informático, obter diagrafias instantâneas de parâmetros de furação que podem ser correlacionados com as características geotécnicas das formações.

Os principais parâmetros de furação que objecto de registo e tratamento são:

VA - velocidade instantânea de avanço;

VR - velocidade de rotação da broca;

PO - pressão sobre a coluna de varas;

PI - pressão do fluido de circulação;

BR - binário de rotação;

VO - percussão reflectida;

GP - ganho ou perda do fluido de circulação;

e a partir destes podem ser definidos índices que informam sobre as variações das características geotécnicas do maciço, como por exemplo:

(PI)2 relativo à permeabilidade;

(PO) / (VA) relativo á resistência do material à perfuração;

(BR) x ((VR) / (VA)) ou (BR) x (VR) x t relativos à dureza ou consistência do terreno (t = tempo para furar 5 mm).


Muito usada para a caracterização dos maciços das fundações de edifícios, residências, pontes, viadutos, escavações subterrâneas, entre diversas outras obras civis.

Perfil sísmico vertical,






 
Diagrama de configuraciones VSP

1. S. [Geofísica]
 
Uma classe de sísmica de poço usado para correlação com dados sísmicos de superfície para obter imagens de alta resolução da superfície de imagem sísmica para observar à frente do bit, também chamada de VSP. Facilmente definido, VSP refere-se a medidas tomadas em um eixo vertical, utilizando geofones no interior e uma fonte na superfície perto do poço. Em um contexto mais geral, VSPs variar na configuração bem, o número ea posição de fontes e geofones, e como eles são implantados. A maioria dos VSPs usar uma fonte sísmica de superfície, geralmente um vibrador em terra e um canhão de ar em ambientes marítimos ou marinha. Os VSPs incluem os seguintes perfis verticais sísmicas: sem deslocamento lateral da fonte (deslocamento zero), com o deslocamento lateral da fonte, o deslocamento lateral sucessivo da fonte, compensado fonte e proximidade destinatário sal VSPs, VSPs e VSPs de ondas de cisalhamento utilizando o ruído da broca e fonte sísmica ou os traços sísmicos adquiridos durante a perfuração. A VSP é uma pesquisa muito mais detalhada com um levante disparos de velocidade, pois os geofones são mais fechados, com um espaçamento regular de cerca de 25 m [82 pés], enquanto a primeira pode incluir medidas de intervalo com um espaçamento de centenas de metros. Por outro lado, uma VSP utiliza a energia reflectida contido no rastreio registada em cada posição do receptor, além do primeiro caminho directo entre a fonte e o receptor. Levantamento fotografias de teste de velocidade usando apenas o tempo de viagem do caminho direto. Além de dados correlacionam-se bem com os dados sísmicos, perfil sísmico vertical permite a conversão de dados sísmicos em diferenciação de fase zero e reflexões relativo ao colector.
Alternativa VSP Form ::

TIPOS DE PLATAFORMAS DE PETRÓLEO



Olá amigos! Hoje, com essa matéria, quero dividir um pouco do que aprendi sobre o assunto. E, para isso, vou mostrar para todos vocês quais são os tipos de plataformas de petróleo existentes até agora, que eu conheça, é claro. Se vocês souberem de algum tipo novo e que não se encontra aqui na matéria do dia, vocês podem enviar a informação via comentário ou via e-mail, o que é ainda melhor.

Enfim, espero que gostem do post do dia e que ele seja de grande ajuda, principalmente para os interessados no assunto diretamente. Boa leitura e bom aprendizado.
Tipos de Plataformas



De acordo com a finalidade que se destina e a profundidade da lâmina d’água em que irá atuar, as plataformas podem ser:

Plataformas Fixas: têm sido as preferidas nos campos localizados em lâminas d’água de até 200 metros. Geralmente as plataformas fixas são constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar. As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as instalações necessárias para a produção dos poços. Não tem capacidade de estocagem de petróleo ou gás, tendo o mesmo que ser enviado para a terra através de oleodutos e gasodutos.

Dimensões gerais de uma plataforma fixa
Altura total: 400m ( do fundo do mar até a torre )
Parte submersa: 170m
Parte emersa: 130m
Altura da torre: 80m
Estacas: Penetram até 125m abaixo do fundo do mar
Peso total da plataforma (seca): cerca de 36.500 ton
Peso da jaqueta: 26.700 ton
Peso das estacas: 11.250 ton














Plataformas Autoeleváveis: Só podem existir em águas rasas (até 90 metros). As plataformas auto-eleváveis são dotadas de três ou mais pernas com até 150 metros de comprimento. Essas pernas se movimentam verticalmente através do casco. No local da perfuração, as pernas descem até o leito do mar e a plataforma é erguida, ficando a uma altura adequada, acima das ondas. Terminada a perfuração, as pernas são suspensas e a plataforma está pronta para ser rebocada. Existem poucas de produção: as plataformas de perfuração são em maior número.








Ainda não posso postar as dimensões deste tipo de plataforma. Logo quando eu tiver essa informação estarei postando na página. Vamos à próxima?






Plataforma de pernas atirantadas (Tension-Leg Plataform – TLP): é uma estrutura flutuante ancorada verticalmente. É especialmente utilizada em casos de reservatórios de mais de 300 metros de profundidade. São unidades flutuantes utilizadas para a produção de petróleo. Sua estrutura é bastante semelhante à da plataforma semissubmersível. Porém, sua ancoragem ao fundo mar é diferente: as TLPs são ancoradas por estruturas tubulares, com os tendões fixos ao fundo do mar por estacas e mantidos esticados pelo excesso de flutuação da plataforma, o que reduz severamente os movimentos da mesma. Desta forma, as operações de perfuração, completação e produção das TLPs são semelhantes às executadas em plataformas fixas.















Plataformas Semissubmersíveis (Semi-Sub Plataform): são compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movimentações devido à ação das ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar os equipamentos a serem descidos no poço. Por isso, torna-se necessário que ela fique posicionada na superfície do mar, dentro de um círculo com raio de tolerância ditado pelos equipamentos de subsuperfície. Dois tipos de sistema são responsáveis pelo posicionamento da unidade flutuante: o sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico. O sistema de ancoragem é constituído de 8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes, atuando como molas que produzem esforços capazes de restaurar a posição do flutuante quando é modificada pela ação das ondas, ventos e correntes. No sistema de posicionamento dinâmico, não existe ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto a dos equipamentos de perfuração. Sensores acústicos determinam a deriva, e propulsores no casco acionados por computador restauram a posição da plataforma. As plataformas semi-submersíveis podem ou não ter propulsão própria. De qualquer forma, apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas para a perfuração de poços exploratórios.














Navios-sonda: O navio sonda (Drill Ship) SC Lancer é equipado com sistema de posicionamento dinâmico e tem capacidade para perfurar poços de até 6.000m de profundidade, em lâmina d’água máxima de 1.500m. O SC Lancer vem, desde 1990, realizando serviços de perfuração e manutenção de poços para a Petrobrás, em alguns dos principais campos da Bacia de Campos, como Marlim e Albacora. Neste mercado de alta tecnologia e bastante competitivo, o SC Lancer tem, nos últimos anos, apresentado uma das melhores performances operacionais entre os navios atualmente em atividade no Brasil.




















Sistemas flutuantes de produção (FPS - Floating Production Systems): São navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir, processar e/ou armazenar petróleo e gás natural, estando ancorados em um local definido. Em seus conveses, são instaladas plantas de processo para separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da água e do gás, o petróleo produzido pode ser armazenado nos tanques do próprio navio e/ou transferido para terra através de navios aliviadores ou oleodutos. O gás comprimido é enviado para terra através de gasodutos e/ou reinjetado no reservatório. Hoje temos um novo conceito de FPSO que é uma plataforma com formato circular, este formato é revolucionário, pois traz maior estabilidade e menor custo de construcão podendo assim viabilizar campos petrolíferos de baixa produção em águas profundas ou em ambientes oceânicos severos, essas plataformas podem ser ancoradas ou com sistema DP(Dynamic Positioning) onde ela dispensa o sistema tradicional de ancoragem permanecendo estacionária através do uso de propulsores comandados por computadores e usando informações de posição através de sistemas GPS.







Os principais tipos de FPS são:
FPO – As FPOs (Floating Production and Offloading)- são Unidades Flutuantes de Produção e Descarga.

FPSO – As FPSOs (Floating Production, Storage and Offloading)- são Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga.

FSU – As FSUs (Floating Storage Unity)- são Unidades Flutuantes de Armazenamento.


As maiores FPS`s têm capacidade de processo em torno de 200 mil barris de petróleo por dia, com produção associada de gás de aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos por dia.