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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência.

A extração de gases e combustíveis dos folhelhos é tida por muitos como a última grande revolução da energia mundial. No entanto, outra fonte, pouco explorada como geradora de combustíveis está, aos poucos, emergindo e poderá rivalizar com os folhelhos que estão mudando a economia americana. Estamos falando do carvão. Não como um produto destinado a queima, mas como a fonte de combustíveis líquidos e gasosos.  Aos poucos começam a surgir vários novos megaprojetos de coal-to-liquid (CTL) onde os gases extraídos dos carvões são processados e transformados principalmente em gasolina, diesel e muitos outros subprodutos. Esses projetos requerem investimentos multibilionários e, consequentemente, ainda são restritos a poucos países como a África do Sul e a China.
A tecnologia atual deriva da inventada pelos alemães durante a segunda guerra mundial, que forneceu à Alemanha parte dos combustíveis e lubrificantes necessários ao esforço de guerra. Posteriormente, em 1955, a África do Sul melhorou o processo em suas plantas de Sasol resolvendo, desta forma, a dependência do país. Na África do Sul o combustível derivado do carvão é usado por automóveis e, até mesmo, em jatos. A partir do exemplo sul-africano novos processos estão sendo estudados e alguns, como o desenvolvido no MIT, prometem baixos custos e zero emissão de gases.
O mais recente projeto de CTL está sendo criado pela Ningxia Coal na China. O projeto terá um CAPEX superior a dois bilhões de dólares e irá extrair os combustíveis de 4Mt de carvão ao ano. Esta planta é uma de quatro plantas de CTL que pertencem ao Grupo Shenhua. A primeira, denominada Ordos, já produziu mais de 10 milhões de toneladas de produtos  como diesel, metanol, resinas sintéticas, gás, óleos, coque e outros subprodutos. A tendência é que essas plantas se tornem mais frequentes. Grandes investimentos em plantas do tipo CTL, fora da China, estão sendo feitos na Mongólia pela Posko, nos Estados Unidos pela US Fuel Corporation e em outros países como a Austrália.

Estudo revela que amostra de solo marciano contém 2% de água

Amostras do solo do 'planeta vermelho' foram colhidas por sonda Curiosity.
Descoberta traz esperança para futura exploração humana em Marte.

Da AFP
Este é um mosaico formado pelas imagens adquiridas pelo Curiosity em seu 85º dia em Marte; marcas de escavação mostram local de onde amostras foram retiradas para análise. (Foto:  NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems)Este é um mosaico formado pelas imagens adquiridas pelo Curiosity em seu 85º dia em Marte; marcas de escavação mostram local de onde amostras foram retiradas para análise. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems)

A primeira amostra de solo marciano analisada pela sonda Curiosity, da Nasa, continha cerca de 2% de água, trazendo a esperança de um dia hidratar os humanos que vierem a explorar o planeta vermelho, informaram cientistas nesta quinta-feira (26).
"Vemos Marte como um deserto muito seco e embora não se encontre tanta água quanto no solo da Terra, é substancial", afirmou Laurie Leshin, principal autora do estudo publicado na revista científica "Science".
Em 0,03 metro cúbico de solo marciano, um bloco com largura, profundidade e altura proporcional a um pé, "talvez você possa tirar dali uns dois 'pints' (cada 'pint' corresponde a 0,47 litro)", acrescentou Leshin, que é decana de Ciência do Instituto Politécnico Rensselaer.
Nenhuma agência espacial tem planos para enviar pessoas a Marte em curto prazo, mas os Estados Unidos dizem ter esperança de mandar os primeiros humanos ao planeta vermelho por volta de 2030.
Indícios de água no vizinho empoeirado e seco da Terra não são novidade.
Sondas e orbitadores já tinham descoberto anteriormente evidências que Marte provavelmente tinha água, seja na forma de gelo, de reservatórios subterrâneos ou, inclusive, água potável, talvez bilhões de anos atrás.
Mas as evidências mais recentes vieram de dez dos equipamentos mais avançados já enviados para investigar a superfície marciana a bordo da sonda Curiosity, que pousou ali em 2012.
As descobertas, descritas em cinco diferentes artigos publicados na "Science", incluem a análise de uma amostra de pó, terra e solo finamente granulado de uma parte da Cratera Gale, conhecida como Rocknest (berço rochoso).
Leshin disse que a amostra analisada pela sonda Curiosity provavelmente representa o que se poderia encontrar em outras regiões de Marte, uma vez que o planeta é coberto com uma fina camada de solo superficial.
'Agora sabemos que deve ter havido água em abundância e facilmente acessível em Marte', disse Leshin.

domingo, 29 de setembro de 2013

Engenheiros de Stanford desenvolvem nanocomputador

Engenheiros americanos anunciaram nesta quarta-feira a produção do primeiro computador feito completamente de microscópicos "nanotubos" de carbono, em um grande avanço na busca por dispositivos eletrônicos cada vez mais rápidos e menores.
Embora apenas execute funções básicas com velocidades comparáveis às de um computador dos anos 1950, a minúscula máquina foi saudada como um novo paradigma na busca por uma alternativa aos transistores de silício, que controlam o fluxo de eletricidade em microchips de computador.
Nanotubos de carbono são chapas de átomos de carbono de camada única enroladas. Dezenas de milhares deles podem caber na extensão de um único fio de cabelo humano.
Eles são flexíveis e têm a maior relação força-peso entre qualquer material conhecido.
O silício é um bom semicondutor, mas não pode ser reduzido a uma camada tão fina.
Cientistas acreditam que a estrutura de nanotubos de carbono possa melhorar sua capacidade de carregar correntes - originando, assim, transistores que sejam mais rápidos, com maior eficiência energética e menores do que o silício -, mas atualmente construir chips com nanotubos tem se mostrado difícil.
"As pessoas falam de uma nova era de equipamentos eletrônicos de nanotubos de carbono após o silício", afirmou o professor de engenharia da Universidade de Stanford Subhasish Mitra, que chefiou a pesquisa.
"Mas tem havido poucas demonstrações de sistemas digitais completos usando esta tecnologia excitante. Aqui está a prova", continuou.
O nanocomputador, produzido em um laboratório na Escola de Engenharia da Universidade de Stanford, tem o tamanho de apenas alguns milímetros quadrados e é capaz de executar contagens simples e ordenar números usando 178 transistores, cada um contendo entre 10 e 200 nanotubos.
Sua capacidade de processamento é de 1 kilohertz (KHz), milhões de vezes menor do que a dos computadores atuais.
O limite de 178 transistores se deveu a que os cientistas usaram uma fábrica de chips da universidade ao invés de uma instalação industrial, o que significa que, em tese, o computador poderia ser muito maior e mais rápido, segundo um comentário sobre o estudo, publicado na revista Nature.
A máquina tem um sistema operacional básico que é multitarefa e alterna entre dois processos, acrescentou.
Embora possa levar anos, o estudo de Stanford apontou para a possibilidade de uma produção em escala industrial de semicondutores de nanotubos de carbono, disse Naresh Shanbhag, diretor de um consórcio de projetos de chips de computador, em um comentário publicado pela universidade.
"Estes são passos iniciais e necessários para levar os nanotubos de carbono do laboratório para o ambiente real", acrescentou Supratik Guha, diretor de ciências físicas do Centro de Pesquisas Thomas J. Watson, da gigante do software IBM.

Principais Tipos de Argilas e Seus Benefícios


A argila é um material de origem mineral, resultante da presença de compostos derivados de alumínio. É coletada diretamente do solo e ótima para cuidar da beleza, tanto em tratamentos estéticos como em terapias.
Entre os benefícios da argila para pele, estão: poder de prevenir os efeitos do tempo, limpar, esfoliar e tirar manchas superficiais. Ajuda ainda a acalmar inflamações e ativar a circulação superficial, melhorando a vitalidade da pele.
Existem vários tipos de argila, cada uma possui diferentes substâncias que dão qualidades especiais a elas.

Conheça os principais tipos de argila:


ARGILA BRANCA:
É a mais leve de todas. Usada em másaras faciais e shampoos para cabelos secos.
É indicada para peles sensíveis e desidratadas. A argila branca contém o maior percentual em alumínio e seu pH é muito próximo ao da pele.
Seus benefícios são:
  • Clarear a pele (indicada para tratar manchas);
  • Absorver a oleosidade da pele sem desidratar;
  • Ação suavizante;
  • Cicatrizante.



ARGILA VERDE:
A argila verde possui maior diversidade em elementos. É indicada para peles oleosas e com acne. Também utilizada para cabelos oleosos.
Seus benefícios são:
  • Ação adstringente;
  • Tonificante;
  • Estimulante;
  • Combate edemas;
  • É secativa;
  • Bactericida;
  • Analgésica;
  • Cicatrizante;
  • Esfoliante
  • Promove a desintoxicação.


ARGILA VERMELHA:
É uma argila rica em óxido de ferro e cobre.
Seus benefícios são:
  • Hidratante;
  • Previne o envelhecimento da pele;
  • Redutora de medidas e peso;
  • Ativa a circulação;
  • Atua como antiestressante.






ARGILA AMARELA:
A argila dourada é rica em silício; tem ação tonificante e é indicada para peles maduras e cansadas.
Seus benefícios são:
  • Formação do colágeno da pele devido ao silício;
  • Indicada para rejuvenescimento e tratamentos cosméticos;
  • Hidratante;
  • Atua na flacidez cutânea.






ARGILA ROSA:
É a mistura da argila branca com a vermelha. Por ser mais suave, a argila rosa é indicada para as peles sensíveis, delicadas, cansadas e sem viço. Possui ação desinfetante, cicatrizante e suavizante.
Seus benefícios são:
  • Devolve a luminosidade;
  • Hidrata a pele;
  • Aumenta a circulação;
  • Auxilia a eliminar celulite e gordura localizada;
  • Efeito tensor;
  • Auxilia nos tratamentos de flacidez tissular.





ARGILA PRETA:
Raramente encontrada, é a mais nobre de todas. A argila preta ou lama negra, é utilizada para a desintoxicação da pele; principalmente peles oleosas.
Seus benefícios são:
  • Ação antiinflamatória;
  • Anti-artrósica;
  • Absorvente;
  • Anti-stress;
  • Revitalizadora do couro cabeludo.








ARGILA MARROM:
É uma argila rara devido sua pureza. Eficaz contra acne e tem efeito rejuvenescedor do tecido.
Seus benefícios são:
  • Ativa a circulação;
  • Rejuvenece a pele e tecidos.




ARGILA CINZA:
Indicada para peles oleosas e manchadas. Devido ao titânio presente em sua composição, combate espinhas, cravos e é uma excelente esfoliante.
Seus benefícios são:
  • Antioxidante natural;
  • Retardando o envelhecimento da pele;
  • Eficaz contra acne;
  • Efeito rejuvenescedor do tecido.



Fonte:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tipos de Calcário (Dolomítico, Calcítico e Margas)

Calcário Dolomitico e Calcítico

O problema da acidez do solo pode ter muitas maneiras de ser solucionado. No mercado, existem corretivos como a cal virgem, a cal hidratada,  as escórias e, principalmente, o calcário, havendo duas variações deste: dolomítico e calcítico.
A classificação dos tipos de calcário ocorre de acordo com a porcentagem de óxido de magnésio e óxido de cálcio presentes no mesmo. No caso do calcário dolomítico, a quantidade de MgO é acima de 12% e a de CaO é de 25% a 32%. Assim, é o mais recomendado para a prática de calagem. O calcário calcítico contém até 5% de MgO e 45% a 55% de CaO.

 Margas

     A marga é um tipo de calcário que contém 35 a 60% de argila. A sua composição trata-se de uma mistura de calcite (ou também, embora menos frequentemente, dolomite) e minerais argilosos, com vestígios de quartzo, micas e resíduos carbonosos. São frequentes nódulos de gesso, calcite e pirite.

    Esta rocha é proveniente de depósitos marinhos e lacustres de material clástico, que se afundaram progressivamente e se misturaram com produtos de precipitação química ou resíduos orgânicos. Esta rocha sedimentar, da classe detrítica/carbonatada, tem uma aparência bastante variada, pode apresentar uma cor desde muito clara a cinzenta escura, acastanhada, avermelhada, dependendo dos minerais contidos na mesma. Tem uma textura clástica, com grãos finos ou muito finos, podendo alguns grãos serem distinguidos a olho nu. 

   A estratificação desta rocha é pouco frequente, mas apresenta frequentemente estruturas sedimentares, fósseis e concreções. É utilizada como matéria-prima para as indústrias cimentarias, pode ser empregada na olaria, e na correção do pH do solo.  



Marga

 

Marga
Calcário Dolomítico

Calcário Calcítico

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Fóssil de peixe reescreve História evolutiva do homem

O ancestral de todas as criaturas com mandíbula e espinha dorsal não foi um animal semelhante a um tubarão, mas sim um peixe desprovido de dentes e dotado de couraça, revelou um estudo publicado esta quarta-feira que reescreve a História evolutiva do homem.
Cientistas afirmam ter encontrado o fóssil de um peixe com 419 milhões de anos que contesta a teoria dominante de que os animais modernos com esqueletos ósseos teriam evoluído de uma criatura similar ao tubarão, que tem esqueleto cartilaginoso.
O grupo dos osteíctes (peixes ósseos) inclui a maioria dos peixes vivos, e também os animais vertebrados terrestres, como os humanos.
Até hoje acreditava-se que os peixes cartilaginosos modernos, como os tubarões e as arraias, que formam um grupo irmão dos osteíctes, o dos condreíctes, fossem os representantes mais próximos do ancestral mandibulado que deu origem aos dois grupos de animais.
Isso significa que os osteíctes teriam desenvolvido os esqueletos ósseos do zero, enquanto o grupo que inclui os tubarões, as arraias e a quimera teria mantido o esqueleto cartilaginoso de seus ancestrais.
Mas a nova descoberta de um peixe primordial, com um arranjo complexo de crânio pequeno e ossos de mandíbula, mostrou que faltava um galho na árvore evolutiva e que o esqueleto ósseo foi, na verdade, um protótipo para o de todos os vertebrados, escreveu a equipe de cientistas em artigo publicado na revista científica Nature.
"Esta descoberta espantosa joga por terra algumas ideias estabelecidas sobre a evolução dos vertebrados", afirmou o co-autor do estudo, Brian Choo, do Instituto de Paleontologia e Paleontologia de Vertebrados em Pequim.
"As implicações são claras: os osteíctes não adquiriram de forma independente seus esqueletos ósseos, eles simplesmente os herdaram" de seus ancestrais, peixes com couraças pesadas, conhecidos como placodermos, que são aceitos como sendo os membros mais primitivos da família de vertebrados mandibulados.
"Os osteíctes não passaram por um estágio similar ao do tubarão, sem couraça, durante sua evolução apenas para readquirir os ossos mais tarde. Eles simplesmente mantiveram as couraças diretamente de seus ancestrais", explicou Choo.
Segundo os cientistas, isso significa que os tubarões e as arraias, ao invés de vertebrados arquetípicos, foram perdendo as placas ósseas do ancestral comum à medida que evoluíram.
A criatura recém-descoberta, batizada 'Entelognathus primordialis' (que significa mandíbula completa primordial) era um tipo de placodermo que viveu nos mares da China no período Siluriano tardio, entre 423 milhões e 416 milhões de anos atrás.
O estranho animal, cujo fóssil quase completo foi escavado perto da cidade chinesa de Qujing (sul), tinha cerca de 20 centímetros de comprimento, cabeça e corpo com uma couraça pesada e cauda escamosa.
Tinha mandíbulas sem dentes e olhos minúsculos em grandes órbitas. Não tinha um ancestral direto com os vertebrados com mandíbula atuais, mas um "primo próximo" extinto do nosso antepassado comum que compartilhava muitas de suas características, afirmou Choo.
"Fiquei completamente surpreso ao ver esse fóssil pela primeira vez, e mais ainda quando as implicações totais começaram a emergir", afirmou à AFP.
"De vez em quando nos confrontamos com espécimes de cair o queixo como Lucy, a Australopiteco (um hominídeo extinto que caminhava ereto) ou os primeiros vestígios de um dinossauro emplumado chinês, provocando uma torrente de novas informações que esclarecem enormemente nossa visão sobre um passado distante e com frequência nos força a repensar o que achávamos saber sobre a evolução", acrescentou.
"Um pequeno peixe chamado 'Entelognathus' agora une as pontas destas excepcionais descobertas fósseis", continuou.
Em um comentário sobre a descoberta, os paleontólogos Matt Friedman e Martin Brazeau afirmaram que suas implicações são "chocantes".
"Levarei algum tempo para digerir completamente as implicações de um fóssil notável como este, mas está claro que uma grande reformulação da nossa compreensão sobre a evolução dos gnatostomados (vertebrados com mandíbula) está em andamento agora", escreveram na Nature.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Angola regista avanços na aplicação da biotecnologia no sector agrícola


O engenheiro agrónomo Marcolino Capita Bembe disse, hoje quarta-feira, em Luanda, que Angola regista passos significativos em acções ligadas à aplicação da biotecnologia vegetal no sector agrícola, no âmbito de um plano nacional sobre a matéria.


Biotecnologia melhora e multiplica qualidade das plantas
Foto: Viera Afonso
Segundo o técnico, em declarações a Angop, este processo tem sido realizado por meios científicos, visando proporcionar maiores ganhos na produtividade, qualidade e diversidade das plantas exploradas

No caso das plantas cultivadas para uso alimentar, o especialista fez saber que são as mais sensíveis às pestes que as selvagens, tendo em conta a redução da sua toxicidade.

Neste processo que tem sido um sucesso, o especialista disse serem combinados milhares de genes para se obter numerosas variações, cujo  desenvolvimento pode demorar até 12 anos, no caso dos cereais, ou largas dezenas de anos no caso de plantas de ciclo de vida mais longo.

Podemos sublinhar que já há no país especialistas nesta área com  conhecimentos adquiridos no que toca à polinização cruzada, combinada com métodos cada vez mais sofisticados de detecção para acelerar este
processo - disse.

Quanto às vantagens ou questões prejudiciais dessa técnica, argumentou ser relativo definir se as plantas criadas geneticamente dão mais segurança para o consumo humano ou as selvagens.

“A biotecnologia envolve a manipulação de processos biológicos para obter
produtos úteis e a biotecnologia moderna explora, em grande parte, o conhecimento que adveio da descoberta da estrutura da dupla hélice de DNA para actuar ao nível dos genes, seleccionando características de interesse e evitando as não desejáveis” - adiantou o técnico.

Para Marcolino Capita Bembe, os ganhos que se podem atingir pela biotecnologia de plantas têm reflexos na agricultura, na indústria alimentar, nos consumidores e, sobretudo, no meio ambiente.

Bactérias da mandioca ajudam a eliminar cianureto de rios poluídos

Cali (Colômbia), 23 set (EFE).- Pesquisadores colombianos identificaram até seis grupos de bactérias nas fábricas de processamento de mandioca capazes de eliminar o cianureto dos rios poluídos pela mineração de ouro.
Esta alternativa é eficaz e mais acessível que outros procedimentos químicos de limpeza de águas residuais, pois os microorganismos que degradam o cianureto aparecem durante a fermentação do amido da mandioca, que serve de matéria-prima para diversas coisas.
"A ideia da aplicação biotecnológica é poder levar este tipo de bactérias a lugares onde é feita mineração, educar o mineiro para que haja uma descontaminação de suas águas residuais", e evitar, portanto, que o cianureto chegue aos rios, explicou à Colômbia.inn, agência operada pela Efe, o bioquímico Joel Panay, líder da equipe de pesquisadores da Universidade Icesi de Cali.
A Colômbia, da mesma forma que outros países da América do Sul, tem grandes minas de ouro e esta atividade origina um grande impacto meio ambiental pela poluição dos rios.
A razão é que o cianureto é utilizado para separar o ouro do resto dos elementos extraídos dos rios, por ser um dos poucos reagentes químicos que dissolvem o prezado metal na água, mas quando essas águas residuais onde a mistura é feita chega aos rios, deixa uma esteira tóxica.
O objetivo da equipe de Panay é dotar os mineiros de tanques com as bactérias extraídas nas fábricas de processamento de mandioca para que eles mesmos possam contribuir para a descontaminação das águas residuais antes que elas cheguem às correntes.
Este desenvolvimento científico nasceu do projeto "Bioremediação com bactérias degradadoras de poluentes", que Panay apresentou para seus alunos no laboratório e que a estudante Catalina Mosquera se apropriou para aplicá-la à mineração, em uma zona onde essa atividade funciona como base da economia de muitas comunidades.
A ideia inicial foi identificar essas bactérias em um afluente mineiro, mas a insegurança para chegar a essas zonas, dominadas por grupos ilegais e delinquentes, obrigou os pesquisadores a buscarem uma alternativa.
Sendo assim, os especialistas optaram por comparecer a uma fábrica de processamento de mandioca, já que este tubérculo contém por natureza índices de cianureto.
"Os microorganismos se adaptam a este tipo de compostos quando estão na presença dele no ambiente, por isso se pensou que indo a uma fábrica de mandioca poderíamos encontrar microorganismos que ao estarem expostos ao cianureto, que está presente na mandioca nesse processo de extração de amido, fossem capazes de degradá-lo", explicou.
Na fábrica La Agostiniana, localizada no departamento do Cauca (sudoeste), os pesquisadores tomaram amostras, as cultivaram e trabalharam no laboratório até conseguir identificar seis grupos de bactérias com distintas capacidades para eliminar o cianureto.
"Temos um eletrodo sensível ao cianureto, o qual nos permite medir a concentração. Nos demos conta que depois de dez dias, o cianureto que havia nesse meio líquido se reduzia a zero", explicou o químico.
Na Colômbia, é frequente encontrar cultivos de mandioca, uma das maiores fontes de calorias na dieta das zonas tropicais, agora transformada em uma solução para graves problemas ambientais em todo o país e concretamente no Valle del Cauca, departamento do que Cali é capital.
É o caso do rio Dagua, na cidade de Zaragoza, muito poluído e além disso infestado de dragas e grandes escavadeiras com as quais se pratica a mineração ilegal.
E embora estes pesquisadores admitam que ainda faltam algumas fases de trabalho para a aplicação extensiva deste desenvolvimento, confiam que, com o apoio do Governo e do próprio setor, contribuirão para promover uma mineração limpa e portanto para solucionar um grave problema meio ambiental. EFE

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cientistas encontram no Alasca fóssil de espécie de réptil marinho


Tipo de talatossauro viveu há 210 milhões de anos.
Animal tinha cerca de 1 m de comprimento e cauda longa.

Da Reuters
Fóssil mostra pegada de dinossauro encontrado no Alasca (Foto: Divulgação/PatDruckenmiller)Fóssil mostra pegada de espécie encontrada no Alasca (Foto: Divulgação/PatDruckenmiller)
O fóssil de um réptil marinho achado há dois anos no Alasca, nos Estados Unidos, pode ser de uma espécie até agora desconhecida.
A criatura, um tipo de talatossauro ("lagarto do mar", em grego), nadava no mar e se arrastava em terra, há cerca de 210 milhões de anos, segundo o geólogo Pat Druckenmiller, curador de Ciências da Terra do Museu do Norte, da Universidade do Alasca, em Fairbanks.
"Isso não se parece com nenhuma outra coisa que já tenha sido descoberta aqui", disse Druckenmiller, que continua estudando o fóssil.
O animal tinha cerca de 1 metro de comprimento, com uma cauda longa que ajudava na sua propulsão, um crânio de formato incomum e um bico muito pontudo, segundo o cientista. Ele também tinha dentes afiados, mas só no fundo da boca.
O geólogo disse que o animal "meio que se parece com um lagarto, meio que se parece com uma iguana". É rara a descoberta de um fóssil tão completo. Esse foi achado em uma praia perto de Kake, uma aldeia da etnia indígena tlingit, e removido durante uma maré excepcionalmente baixa.
18 meses até comprovação
O animal aparentemente morreu e afundou até o leito marinho, onde foi poupado por organismos decompositores e erupções vulcânicas, disse Druckenmiller.
O processo para comprovar se se trata mesmo de uma nova espécie de talatossauro deve levar pelo menos 18 meses, e inclui mais pesquisas e a publicação de um artigo. Um possível próximo passo, afirmou Druckenmiller, será examinar as vísceras do fóssil, para tentar desvendar sua alimentação.
Ele acrescentou que não é correto chamar o bicho de dinossauro, já que os dinossauros não nadavam nos mares. O ambiente atual onde o fóssil foi achado -uma floresta costeira fria e úmida, no sudeste do Alasca- é muito diferente daquele no qual o talatossauro vivia.
Na época, o período Triássico, o atual sudeste do Alasca ficava perto da linha do Equador e era composto por um arco de ilhas tropicais, com frequentes erupções vulcânicas.
Pesquisadores olham para local onde foram encontrados os fósseis de dinossauro (Foto: Divulgação/Roger Topp)Pesquisadores olham para local onde foram encontrados os fósseis (Foto: Divulgação/Roger Topp)

Curiosity não detecta metano e reduz expectativas sobre vida em Marte


Gás seria possível indicador de presença de micro-organismos.

Resultados negativos surpreenderam pesquisadores.

Do G1, em São Paulo

Testes feitos pelo robô Curiosity surpreenderam os pesquisadores da agência espacial Nasa ao não encontrar metano na atmosfera de Marte, apesar de testes anteriores terem apontado a presença do gás.
A detecção de metano no planeta vizinho é acompanhada ansiosamente pela comunidade científica, já que pode estar associada com a existência de seres vivos (embora também possa ser produzido sem a presença de vida). Com os novos resultados, essa expectativa fica reduzida.
Michael Mayers, um dos cientistas que lideram a exploração feita com o robô em Marte disse que os resultados do Curiosity “reduzem a probabilidade de haver atualmente micróbios que produzam metano no planeta, mas isso abrange apenas um tipo de metabolismo microbiano. Como sabemos, há muito tipos de micro-organismos terrestres que não geram metano”.
Como o equipamento da Curiosity tem um limite de sensibilidade e não detectou nada, os pesquisadores estimam que a presença de metano no ambiente marciano seja inferior a  1,3 parte por bilhão – seis vezes menos do que se calculava antes.  O robô fez seis medições entre outubro e junho, e nenhuma registrou a presença de metano.
Medidas anteriores, que apontavam concentrações de até 45 partes por bilhão em determinadas áreas do planeta haviam sido feitas por meio de observações da Terra ou de sondas em órbita do planeta. Elas despertaram o interesse em possíveis seres que poderiam produzir o gás.
O Curiosity ainda vai usar uma outra tecnologia que leva embarcada, que lhe permite detectar o metano em concentração menor que 1 parte por bilhão.
Imagem do robô Curiosity, que está em marte e se prepara para uma nova fase de exploração do planeta (Foto: Reuters/Nasa)Imagem do robô Curiosity em Marte

Petróleo: Angola terá uma produção diária de 2 milhões de baris em 2015

O Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos anunciou que, a partir de 2015 Angola terá uma produção diária de 2 milhões de baris de petróleo.
Para o cumprimento desta meta, o ministro Botelho de Vasconcelos disse que, o executivo angolano tem em implementação o programa de licitação de novos blocos de exploração de petróleo, nos próximos 4 anos.
De acordo com o ministro, as licitações, permitem a constituição de reservas que, garantem o ritmo da produção normal, da meta que se pretende alcançar. “O nosso ritmo de produção, neste momento, em função da nossa realidade é de cerca de 1 milhão 791 mil, o objectivo é atingir 2 milhões. Estamos a trabalhar para que em 2015, os projetos todos de desenvolvimento e um equilíbrio entre a produção e as reservas”, salientou.

Quanto ao processo de angolanização do sector petrolífero, ficou a ideia de que, é necessário apoiar cada vez mais, as iniciativas de promoção da educação e a interação com as unidades académicas. “É necessário que as universidades, formem os técnicos, os engenheiros, para as oportunidades que existem, como uma forma de atrair a juventude”, advogou.
barris
Fonte: RNA

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Prova de Geomorfologia 1

1. Marque Verdadeira (V) ou Falsa (F):

a) O actualismo enunciado por James Hutton em 1985 é um princípio fundamental da morfometria.
R: V

b)  As formas do relevo ficam estabelecidas depois das estruturas geológicas.

R: V

c) O relevo tanto em sua gênese como em seu desenvolvimento é menos comum a complexidade do que a simplicidade geomorfológica.
R: F

d) Só uma pequena parte do relevo actual é mais antigo que o Paleoceno.
R: V

e) O estudo das mudanças geológicas e climáticas não permitem realizar uma correcta interpretação do relevo actual.
R: F

f) O tipo e intensidade dos agentes morfogenéticos que actuam na origem e desenvolvimento do relevo não dependem das condições climatológicas.
R: F 

g) A maior parte do relevo actual tem idade jurássico.
R: V

h) A paisagem fluvial é originada pelas variações de temperatura e as forças internas da Terra.
R:

i) A paisagem eólica é característica de zonas muito húmidas.
R: F

j) A meteorização é a destruição das rochas, com pouco ou nenhum transporte de detritos.

R: V


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Exercícios Resolvidos (Cartografia, Topografia, Geologia)


1) Refira duas actividades humanas que necessitem do apoio da Cartografia.
R: Cartas aeronáuticas de vôo; Mapa geológico

2) Explique, sucintamente, em que consiste o Sistema de Posicionamento Global (GPS).
R: É um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a posição do mesmo, assim como informação horária, sob todas condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS.
3) Explique como se obtêm e representam as curvas de nível.
R: Numa planta topográfica, uma curva de nível caracteriza-se como uma linha imaginária que une todos os pontos de igual altitude de uma região representada. É chamada de "curva" pois normalmente a linha que resulta do estudo das altitudes de um terreno são em geral manifestadas por curvas
4) Distinga carta topográfica de carta temática.
R: Uma carta topográfica é um desenho do terreno, em que os acidentes e detalhes são representados por símbolos convencionais.

Cartas temáticas são as cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um tema específico. A representação temática, distintamente da geral, exprime conhecimentos particulares específicos de um tema (geologia, solos, vegetação, etc.) para uso geral.

5) Indique três exemplos de cartas temáticas.
R: Os mapas de densidade da população, de precipitação pluviométrica, de produção agrícola, de fluxos de mercadorias, constituem exemplos em que pontos, dimensões dos símbolos, isarítmas, corópletas, diagramas e outros recursos gráficos são utilizados para representar as formas de expressão quantitativa.

6) Faça corresponder as expressões da coluna I aos termos da coluna II.

Coluna I
A. Representam a topografia de uma região. (1)
B. Representam a produtividade do solo. (4)
C. Representam construções antrópicas. (1)
D. Representam as diferentes formações geológicas da região a que se refere. (2)
E. Representam rios, lagos, e mares. (3)
F. Incluem uma escala de distâncias na horizontal. (1)
G. Representam a geografia política. (4)
H. Representam aspectos relacionados com deformação das rochas. (2)
I. Representam os recursos hídricos subterrâneos da região a que se refere. (2)
J. Representam sempre a altimetria. (1)
K. Representam minas e pedreiras. (2)

Coluna II
1. Cartas topográficas
2. Cartas geológicas
3. Ambos os tipos de cartas
4. Nenhum dos tipos de cartas.

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quedas de Kalandula

As Quedas de Kalandula são quedas de água situadas no município de Kalandulaprovíncia de Malanje, em Angola.
As Quedas de Kalandula estão localizadas no rio Lucala, o mais importante afluente do rio Kwanza. Ficam a cerca de 80 km da cidade deMalanje, capital da província e a 420 km de Luanda, a capital do país. Com uma extensão de 410 metros e uma altura de 105, são as segundas maiores de África.1 2
Até 1975 (no tempo colonial) eram conhecidas pelo nome de Quedas do Duque de Bragança.

Fenda da Tundavala

Fenda da Tundavala é um enorme abismo de cerca de 1200 m situado na Serra da Leba, a 18 km do Lubango, na província da Huíla, em Angola.
É nos penhascos da Tundavala que termina o Planalto Central de Angola. Aqui o planalto excede 2200 metros de altitude e cai abruptamente para cerca de 1000 metros de altitude, provocando um desnível deslumbrante com fendas colossais na montanha. Daqui se desfruta uma paisagem magnífica que se estende por dezenas de quilómetros.