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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Plano de unir Mar Morto e Mar Vermelho gera polêmica ambiental


Plano abastecerá a Jordânia, Israel e Palestina com água dessalinizada.
Água do Mar Vermelho pode mudar ecossistema já frágil do Mar Morto.

Da AFP
Vista aérea mostra que Mar Morto está secando. (Foto: AFP Photo/Menahem Kahana)Vista aérea mostra que Mar Morto está secando. (Foto: AFP Photo/Menahem Kahana)
Um plano de ligar o Mar Vermelho com o Mar Morto pode salvar este último da evaporação total e levar água dessalinizada a bairros com pouco abastecimento em Israel, Jordânia e Palestina.
Mas ambientalistas alertam que o projeto “Vermelho-Morto” pode ter consequências terríveis, alterando a química particular do lago de água salgada que fica no ponto mais baixo da Terra.
O primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, disse nesta segunda (26) que seu governo havia decidido seguir em frente com o projeto de US$ 980 milhões de dólares, que daria à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água por ano.
“O governo aprovou o projeto depois de anos de estudos técnicos, políticos, econômicos e geológicos”, disse Nsur em conferência para a imprensa. De acordo com o plano, a Jordânia vai retirar água do Golfo de Aqaba, no norte do Mar Vermelho, para um local onde será construída uma usina de dessalinização, que será usada para tratar a água.
“A água dessalinizada vai para o sul para (a cidade jordaniana de) Aqaba, enquanto a água salgada será bombeada para o Mar Morto”, disse Nsur. O Mar Morto, que tem a água mais salgada do mundo, está em vias de secar até o ano de 2050.
Ele começou a encolher na década de 1960, quando Israel, Jordânia e Síria começaram a desviar água do Rio Jordão, seu principal afluente. O nível do Mar Morto tem diminuído, em média, um metro por ano. De acordo com a informação mais recente, o nível está em 427,13 metros abaixo do nível do mar, 27 metros mais baixo do que em 1977.
O plano prevê que a maior parte da água dessalinizada vá para a Jordânia, com quantidades menores sendo transferidas para Israel e para a Autoridade Palestina.
Mas grupos ambientais têm pedido para que os três parceiros desistam do projeto para proteger o meio ambiente. A principal preocupação, segundo eles, é que um grande aporte de água do Mar Vermelho possa mudar radicalmente o ecossistema frágil do Mar Morto.
O ministério israelense de proteção ambiental diz que estudos feitos até agora deixam uma “grande incerteza” e pede que o plano seja aplicado em uma escala menor para testar se o projeto dará certo.
Para palestinos, o projeto em conjunto implica questões políticas, como Israel permitir que eles desenvolvam parte da costa que fica em uma área ocupada por Israel. “Nós gostaríamos de fazer parte desse projeto cooperativo”, disse Shaddad Al-Attili, chefe da Autoridade Palestina de Águas. “Gostaríamos de ser tratados com igualdade em relação a Jordânia e a Israel, gostaríamos de nos beneficiar com os resultados”.
“Mas antes de tudo isso, gostaríamos de ter acesso ao Mar Morto, não apenas para conseguir água e nadar no mar, mas também para construir hotéis e desenvolver atividades turísticas”, completou Al-Attili.
A riqueza mineral do Mar Morto é considerada terapêutica e visitantes adoram flutuar na água densa, que não deixa que a pessoa afunde. Israelenses gerenciam um grande número de hotéis e praias na região.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Exercícios Resolvidos de Geomorfologia

1. Se temos uma carta topográfica de escala 1:25000, e um traço entre dois pontos distintos AB, possui 12,5 cm de comprimento. Quantos metros terá este traço?

R: Como a carta tem escala 1:25000 => 1 cm = 250m logo fazemos 12,5cm * 250 = 3.125m de comprimento.

2. Calcule o volume do traço acima referido, considerando que o mesmo é uma obra subterrânea que tem um diâmetro φ = 20m, de forma cilíndrica.
R: Como se trata de uma forma cilindrica, vamos assumir que o mesmo é equilatero então h = d = 20 => r = d/2 <=> r = 20/2 = 10.
O Volume do cilindro é dado pela expressão V = π*r2*h então teremos:
V = 3,14159265359*(10)2*20 =  6283,185307 m
Valor do  π = 3.14159265359...
**Calcule o volume de rocha fracturada.
R: O volume de rocha fracturada será dado pelo produto entre o volume e o coeficiente de esponjamento. Note, que este coeficiente pode tomar diferentes valores, mas nós usaremos aqui o valor 1,5 (Para saber mais sobre isso click na etiqueta de Geomorfologia e veja o conteúdo publicado).  
Então teremos: Vrocha fracturada = V*1,5 = 6283,185307 m*1,5 = =9424,777961 mᶟ.


domingo, 25 de agosto de 2013

AS ARGILAS COMO MATÉRIAS-PRIMAS CERÂMICAS


Definição: As argilas são rochas sedimentares compostas de grãos muito finos de silicatos de alumínio, associados a óxidos que lhes dão tonalidades diversas, pode ser encontrada próxima de rios, muitas vezes formando barrancos nas margens é da família dos minerais filossilicáticos hidratados, aluminosos de baixa cristalinidade sua dimensões no geral são partículas menores do que 1/256 mm ou 4 µm de diâmetro. A argila diivide-se em dois tipos: argilas primárias, originadas da decomposição do solo por ações físico-químicas do ambiente natural, através dos anos, apresentando-se normalmente na forma de pó; argilas secundárias, decorrentes da sedimentação de partículas transportadas através das chuvas e dos ventos, que se apresentam na forma pastosa ou de lama.

TIPOS DE ARGILA

1. Argila natural: É uma argila que foi extraída e limpa, e que pode ser utilizada em seu estado natural, sem a necessidade de adicionar outras substâncias.
2. Argila refratária: Argila que adquire este nome em função de sua qualidade de resistência ao calor. Suas características físicas variam, umas são muito plásticas finas, outras não. Apresentam geralmente alguma proporção de ferro e se encontram associadas com os depósitos de carvão. São utilizadas nas massas cerâmicas dando maior plasticidade e resistência em altas temperaturas, bastante utilizadas na produção de placas refratárias que atuam como isolantes e revestimentos para fornos.
3. Caulim ou argila da china: Argila primária, utilizada na fabricação de massas para porcelanas. É de coloração branca e funde a 1800°C - pouco plástica, deve ser moldada em moldes ou formas pois com a mão é impossível.
4. Argilas de bola (Ball-Clay): São argilas secundárias muito plásticas, de cor azulada ou negra, apresenta alto grau de contração tanto na secagem quanto na queima. Sua grande plasticidade impede que seja trabalhada sozinha, fica pegajosa com a água. É adicionada em massas cerâmicas para proporcionar maior plasticidade e tenacidade à massa. Vitrifica aos 1300°C.
5. Argilas para grês: Argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária -  que suporta altas temperaturas. Vitrificam entre 1250 - 1300°C. Nelas o feldspato atua como material fundente. Após a queima sua coloração é variável, vai do vermelho escuro ao rosado e até mesmo acinzentado do claro ao escuro.
6. Argilas vermelhas: São plásticas com alto teor de ferro resistem a temperaturas de até 1100°C porém fundem em uma temperatura maior e podem ser utilizadas com vidrados para grês. Sua coloração é avermelhada escuro quando úmida chegando quase ao marrom, quando biscoitada a coloração se intensifica para o escuro de acordo com seu limite de temperatura de queima.
7. Bentonite: Argila vulcânica muito plástica, contém mais sílica do que alumínio, se origina das cinzas vulcânicas.  Apresenta uma aparência e tato gorduroso, pode aumentar entre 10 e 15 vezes seu volume ao entrar em contato com a água. Adicionada a argilas para aumentar sua plasticidade. Funde por volta de 1200°C.
8. Argilas expandida: A argila expandida é produzida em grandes fornos rotativos, utilizando argilas especiais que se expandem a altas temperaturas (1100oC), transformando-as em um produto leve, de elevada resistência mecânica, ao fogo e aos principais ambientes ácidos e alcalinos, como os outros materiais cerâmicos. Suas principais características são: leveza, resistência, inércia química, estabilidade dimensional, incombustibilidade, além de excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico.
 
CARACTERISTICAS DO MATERIAL
 
Hidroplasticidade: adquire plasticidade ao adiciona-se com a água.
Granulometria: Apresenta dimensão granulométrica muito pequena na faixa de 2 micron. A granulometria é uma das características mais importantes da argila, influenciando diretamente na resistência, plasticidade da pasta e permeabilidade dos materiais cerâmicos.
Elevada superfície especifica: essa propriedade é muito importante, pois se torna mais reativa.
Sonoridade: a argila tem a propriedade de emitir sons, através de pequenos batimentos após a cozedura.
Impermeabilidade: Após cozimento e vidrada a peça se tona mais impermeável.
Resistência - é a propriedade que as argilas adquirem após a secagem e depois da cozedura, de não sofrer deformações do seu aspecto, resistindo ao calor e à corrosão.
 
USO DA ARGILA NA INDÚSTRIA

Temos o uso da argila em muitos ramos da indústria, que utilizam o material de acordo com sua propriedade de interesse a atividade tais como:
1. Indústria Farmacêutica: devido a argila ser rica em sais minerais (ferro, silício e magnésio), que lhe conferem propriedades terapêuticas, assim é usada para tratamento para cicatrizante e desintoxicação celular.
2. Indústria da Construção Civil: Há uso de argila expandida como agregado em concreto leve, devido sua baixa densidade. A impermeabilidade também é interessante, assim o uso de argila para elaborar telhas cerâmicas, que possuem resistência mecânica satisfatória a sua solicitação. A capacidade de manter suas propriedades em altas temperaturas é interessante para elaboração de fornos rotativos com capacidade de até 1.500°C.
3. Outros. Cada indústria consome um de tipo de argila de acordo com sua propriedade favorável, assim mais uso industriais dessas argilas serão mencionados a baixo quando descritos outros tipos de argila.
  1. O TALCO E SEU USO COMO MATÉRIA-PRIMA CERÂMICA
Definição: O talco é o mineral mais macio e com menor dureza encontrado no planeta trata-se de um silicato hidratado de magnésio

CARACTERISTICA DO MATERIAL
  1. Macia e Baixa Dureza
  2. Organofílicos
  3. Inertes
  4. Hidro-repelentes
USO DO TALCO NA INDÚSTRIA
1. Industria Cosmética e Farmacêutica: Os usos cosméticos do talco são naturais, devido à sua estabilidade, boa adesão, textura e resistência à umidade. Por ser inodoro, é um bom vetor para perfumes devido à sua estrutura lamelar e natureza inerte. Também é utilizado na fabricação de sabonetes, onde desempenha o papel de preenchimento, além de adicionar firmeza à massa.
2. Indústria de Cerâmica Branca. As principais propriedades para o uso deste minério nessa industria são as características físico-quimicas, resistência a flexão, absorção de água, porosidade, cor, coeficientes de dilatação térmica e retração de queima.
3. Industria de Inseticidas. Utilizado como carga inerte, é utilizado por apresentar boa fluidez e não decantando.
4. Industria de Tintas. O talco é usado como pigmento, para elaborar tintas.
5. Industria de Borracha. Utilizado como agente de pulverização para lubrificar os moldes e evitar que as superfícies se liguem durante a manufatura dos produtos, e na produção de borrachas semiduras para válvulas.
6. Industria do Papel. As principais propriedades que definem o uso do talco no fabrico de papel são: geometria das partículas, densidade do mineral, caráter abrasivo do mineral, alvura do mineral, reologia de dispersões do mineral. Além da melhoria da qualidade do papel, o uso de minerais na fabricação traz benefícios significativos. O maior teor de mineral no papel implica na diminuição da quantidade de fibras celulósicas necessárias com diminuição do corte de árvores, e economia de energia na secagem do papel.
7. Indústria de material de transporte. O talco é utilizado no setor de material de fricção, como auxiliar corretivo - lonas, pastilhas, sapatas de freio, platôs e outros materiais para as indústrias automobilísticas, ferroviárias e máquinas agrícolas.
8. Produtos Asfálticos. é usado como carga inerte na fabricação de membranas impermeabilizantes.
  1. O CALCÁRIO E SEU USO COMO MATÉRIA-PRIMA
Definição: são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita) As principais impurezas que contém o calcário são as sílicas, argilas, fosfatos, carbonato de magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de ferro e magnésio, sulfetos, siderita,sulfato de ferro dolomita e matéria orgânica entre outros. A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escuro. Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonatos, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados em rios, lagos e no subsolo (cavernas).
Tipos de calcários:
  1. Marga: Quando possui uma quantidade de argila entre 35 e 50%.
  2. Caliche: Calcário rico em carbonato de cálcio formado em ambientes semi-áridos.
  3. Tufo: Calcário esponjoso encontrado em águas de fonte devido à precipitação da carbonato de cálcio associado com matéria orgânica resultante da decomposição de vegetais.
  4. Conquífero: Formado pela acumulação de esqueletos e conchas.
  5. Giz: Calcário poroso de coloração branca formado pela precipitação de carbonato de cálcio com microorganismos.
  6. Travertino: São calcários densos encontrados em grutas e cavernas composta por calcite, aragonite e limonite
  7. Dolomita: Um mineral de Carbonato de cálcio e magnésio
  8. Recifal: é um calcário de edificação que resulta da fixação de carbonato de cálcio por seres vivos, nomeadamente os corais.
CARACTERISTICA DO MATERIAL
  • Solúvel em Água
  • Esquenta muito ao receber os raios solares
  • Alta Permeabilidade
  • Baixa resistência a fratura
USO DO CALCÁRIO NA INDÚSTRIA
1. Industria da Agricultura. É usado para corrigir a acidez do solo. Sempre que o PH do solo for menor do que 5,5 no sistema plantio direto e 6,0 no sistema convencional, ou saturação de bases for menor de 60% pode-se usar o calcário.
2. Industria do Cimento. O calcário é misturado junto a argila para formar o cimento portland.
  1. OS FELDSPATO E SEU USO COMO MATÉRIA-PRIMA CERÂMICA
Definição: Os feldspatos são silicatos de alumínio contendo diferentes proporções de cálcio, potássio e sódio, é segundo ingrediente mais importante nas cerâmicas depois das argilas; aumentam a resistência e durabilidade dos materiais-cerâmicos, são os constituintes principais da maioria dos gnaisses e xistos e ocorrem também em muitas rochas geradas por metamorfismo termal, regional e dinâmico.
CARACTERISTICAS DO MATERIAL
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USO DO FELDSPATA NA INDUSTRIA
Os feldspatos possuem numerosas aplicações na indústria, devido ao seu teor em alcalis e alumina, tais como na:
1. Industria de Fabricação do Vidro. reduzem a temperatura de fusão do quartzo, ajudando a controlar a viscosidade do vidro.
2. Industria de tinatas , Plásticos e Borracha. É usado nessa industria devido à sua boa dispersibilidade, por serem quimicamente inertes, apresentarem pH estável, alta resistência à abrasão e congelamento e pelo seu índice de refracção.
3.Industria Cerâmica. Muito utilizavel nesse tipo de industria já que atua como fundente, pois seu ponto de fusão é menor do que a maioria do outros componentes, servindo de cimento para as partículas das varias substâncias cristalinas, além de outros aspectos, como as reações físico-químicas.
 
5.0 CAULIM E SEU USO COMO MATÉRIA-PRIMA CERÂMICA

Definição: Também conhecido como Caulino é um minério composto de silicatos hidratados de alumínio, como a caulinita e a haloisita é formado essencialmente pela caulinita, apresentando em geral cor branca ou quase branca, devida ao baixo teor de ferro. É um dos mais importantes e provavelmente um dos seis minerais mais abundante do topo da crosta terrestre.

  • Desfloculação – é o ponto no qual o caulim (na forma de uma barbotina) mais se aproxima de sua viscosidade mínima.
  • Tixotropia - é o fenômeno de transformação sol-gel isoterma reversível, ou seja, quanto mais afastada de sua viscosidade mínima está o caulim (na forma de barbotina), maior é a tendência de aumentar sua viscosidade com o tempo, podendo em certos usos, atingir a forma de gel; no entanto, pela agitação volta ao estado físico inicial;
  • Viscosidade – é o tempo, em segundos, para escoar volumes de 200 e 250 cm2 de barbotina em viscosímetro de Mariotte;
  • Granulometria – é mais grosseira que as dos demais tipos de argila (menos que 0,2 microns);
  • Cristalinidade – apresenta lamelas hexagonais bem cristalizadas;
  • Densidade real – 2,6 g/cm3 ;
  • Ponto de fusão – de 1.650 a 1.775ºC;
  • Resistência mecânica – baixa em relação às outras argilas;
  • Plasticidade – menos plástico que as demais argilas;
  • Morfologia – apresenta partículas lamelares euédricas;
  • pH – depende do poder de troca do íons e das condições de formação do caulim; é medido com potenciômetro e oscila entre 4,3 e 7.
  • Alvura – é a propriedade de medida da refletância do caulim, através de aparelhos como o ZE (Zeiss Elrepho), o Photovolt e o GE/Reflectometer;
  • Módulo de ruptura – medido em atmosferas a 80% de umidade relativa ;
  • Abrasão – propriedade medida em termos de perda de peso em miligramas.
Uso do caulim na Industria:
1. Industria daCerâmicas. Devido sua boa plasticidade, alvura e resistência mecânica, muito utilizado como peças ornamentais.;
2. Industria de Tintas;
3. Industria de Borrachas;
4. Industria de Plásticos e;
5. Industria de Papel: É usado como carga na fabricação de papéis para imprimir e escrever ou como revestimento de cartões, papel cuchê e outros;
6. Industria de Perticidas;
7. Industria de Rações e Adubos;
8. Industria Farmacêutica;
9. Industria de Alimentícios
6. Betonitas
Definição: Argila vulcânica muito plástica, contém mais sílica do que alumínio, se origina das cinzas vulcânicas.  Apresenta uma aparência e tato gorduroso, pode aumentar entre 10 e 15 vezes seu volume ao entrar em contato com a água. Adicionada a argilas para aumentar sua plasticidade. Funde por volta de 1200°C, Podendo conter outras argilas em maior ou menor proporção além de quartzo, feldspatos, pirita ou calcita. Forma-se geralmente por alteração de cinzas vulcânicas. Contém muitas bases e ferro. Existe vário tipos de betonitas, sua classificação dependerá dos elementos predominantes, tais como K, Na, Ca, e Al, as mais conhecidas são as betonita sódica e a cálcacica.
Caracteristicas do material:
  • Alto poder de inchamento, até 20 vezes seu volume inicial;
  • elevada superfície (até 800 m²/g);
  • capacidade de troca catiônica;
  • Tixotropia.
Uso do da Argila na Industria:

1. Industria da Construção civil. É Usado para sustentação de terra, na forma de lodo bentonítico, nasa atividades de fundações.
2. Industria de Impermeabilizantes. Usado como selantes
3.Industria de tratamento de Solos.Utilizado para melhorar a condutividade dos sola e melhor o aterramento eletrico
4. indústria petrolífera. ligada com água para fabricar lodos de perfuração.
5. Industria de Rações. Para eliminação de toxinas de alimentos.
6. indústria do vinho como clarificante protêico,
7. Industria de Cosmeticos. Na elaboração de aromatizantes
7. Materias-primas para a industria do cimento
Tipos: Argila, Calcário, Gesso, Escoria, Pozolana e Filer calcario
Características: As principais caractéristicas da argila e do calcário (que são as principais matérias primas do cimentos) são que após processo sintetização formam os principais compostos responsáveis pelas característica supremas do cimento (resistência e Pega). Os compostos são os Silicatos (C2s e C3S) e os Aluminatos (C2A e CAF).
O Gesso é adicionado na etapa de moagem do clinquer com a funçaõ de acelera as reações dos silicatos (responsaveis pela resistência) e retarda a dos aluminatos (responsaveis pela pega).
Já a Escoria de alto forno, Pozolana, e o Filer são usados com adições sua caracteristica no geral é melhor o desempenho do cimento.
8.Refratários
Definições: São materiais aqueles materiais capazes de suportar elevadas temperaturas. Os materiais refratários por excelência , entre outros, são as cerâmicas.
Caracteristicas do material
Alta refratariedade capacidade de suportar altas temperaturas sem deformar; Estabilidade mecânica; Estabilidade química; Estabilidade dimensional; Estabilidade ao choque térmico; Baixa condutividade térmica ; Baixa permeabilidade;
9. Matérias-primas para a industria de cerâmica branca
Definição: São produtos cerâmicos obtidos através de argilas quase isentas de óxido de ferro, apresentando cor branca, rósea ou creme claro quando queimadas a temperaturas usuais de 950 ou 1250°C. Dão origem a louças de pó-de-pedra porosas, com absorção de 15 a 20%, como os azulejos e a louça sanitária e as louças de grés, com absorção de 1 a 2%, que são as mais usuais para pisos ou, como as porcelanas. Pode ser sub-dividida em :
  • louça sanitária; louça de mesa; isoladores elétricos para alta e baixa tensão; cerâmica artística (decorativa e utilitária).; cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e mecânico.
Caracteristicas do material:
Isolante Elétrico; Baixa absorção; Surporta altas temperaturas;
Uso do Betonita na Industria de cerâmica Branca
Cerca de 0,46% da Betonita é usada na Cerâmica Branca e devido a cor faz-se uso da Betonita Branca (em geral a Polenita), por suas condições naturais, é um aditivo insubstituível para as massas cerâmicas.
  • Visto que a incorporação de 2% ou 3%, melhora, substancialmente, sua plasticidade, pois contêm de 30 a 40 vezes maior quantidade de material argiloso em forma coloidal do que as argilas plásticas usuais;
  • Aumenta a resistência em verde, diminuindo perdas na sua manipulação; oferece maior fluidez nas barbotinas;
  • Incorpora capacidade fundente para um cozimento mais preciso, etc.
O emprego da Bentonita branca Polenita deixa os produtos cerâmicos e refratários menos porosos e sensivelmente mais homogêneos. As peças obtêm um aspecto melhor e também uma menor tendência a trincar. O modelo pode ser fabricado com menor compactação e, as arestas das peças resultam mais bem definidas.
Possuem uma equilibrada composição química, que é composta basicamente de Silica (sio2) e Óxido de alumínio (al2o3), em uma relação de 2 / 3 vezes, a existência Óxido de ferro (fe2o3) é a mais baixa que se conhece em Bentonitas ( 0.20 a 0.50%), o que a permite queimar branco a mais de 1.100c; Uma harmoniosa integração de Óxidos (de cálcio, de 1 a 2%; De S ódio, de 1.5 a 2.5% e de Magnésio, de 3 a 5%), uma baixa capacidade de inchamento e uma umidade de 10/12%.
10. Quais os ensaio tecnológicos que são normalmente feitos em materiais cerâmicos para determinação das sua propriedades
Nas matérias-primas:
  • Ensaio de Compressão Triaxial de argilas com medidas de pressões neutrais
  • Determinação da Plasticidade e Limite de liquidez e limite
Nos produtos:
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
Associação Nacional da Indústria Cerâmica. ANICER: Disponível em <http://www.anicer.com.br/dados.html>. Acesso em: 21 jun. 2004.

Deslizamentos que matam: veja se você e a sua família correm perigo


A corrida imobiliária desenfreada e os novos assentamentos urbanos estão,  cada vez mais, colocando o homem e a natureza em risco.
À medida que contruimos em locais de encostas íngremes, em terrenos de grande  instabilidade, nos flancos das  grandes elevações, nas proximidades da planície aluvial de rios ou nas áreas de  influência de córregos e drenagens estaremos correndo o risco de perder os  nossos investimentos e as nossas vidas.
Estas são áreas onde os deslizamentos de terra se sucedem ao longo dos anos.
A cada ano, invariavelmente, as notícias se repetem. Sempre nas épocas das  chuvas os escorregamentos em áreas urbanas com forte declividade são  responsáveis por inúmeras tragédias como a que vimos ocorrer em Angra dos Reis e  na Ilha Grande, na virada do ano de 2009.
A grande ironia é que todos esses dramas e suas danosas consequências são,  quase sempre, totalmente previsíveis e, muitas vezes, evitáveis.
O nosso objetivo, neste artigo, não é discutir as soluções, contenções,   muros de arrimo, terraços, estudos  preventivos, mapeamentos das áreas de risco, implementação de leis e soluções que funcionem  mas sim o de informar se você, a sua família ou o seu prédio estão em perigo por  estarem em uma área de risco de escorregamento.
Abaixo discutirei os principais pontos que deverão ser utilizados em uma  avaliação de risco preliminar com ênfase em desmoronamentos e deslizamentos.  Saiba avaliar o  perigo que você e sua família estão correndo.
Veja, com cuidado a lista abaixo e identifique o seu nível de risco. Se ele  for alto não hesite em contactar a defesa civil e geólogos ou engenheiros  especializados no assunto. Se estiver chovendo forte, em áreas de elevado risco,  o melhor a fazer é simplesmente abandonar a sua residência até que um especialista tenha visitado  a área e que um laudo sobre a segurança do imóvel tenha sido elaborado.
Esta é uma decisão difícil, mas se usada de uma forma consciente e racional  deverá salvar vidas preciosas. A sua vida vale muito: não a desperdice.
Responda as seguintes perguntas e entenda o seu risco:
  1. O seu imóvel está situado em terreno de alta declividade?  Este é o ponto fundamental que deve ser avaliado.  A declividade e a instabilidade potencial da encosta. Se você tiver dúvidas  quanto a este ponto procure a opinião de especialista. Se as inclinações da  encosta onde você mora forem muito acentuadas pode existir o perigo de  deslizamentos. O risco aumenta a medida que as próximas perguntas sejam   verdadeiras.
  2. Existe algum córrego ou, vale descendo a encosta, nas proximidades?
  3. Já houve escorregamentos recentes na região, em  áreas similares a  sua?
  4. Existem rochas roladas, matacões ou blocos que possam indicar um  transporte por gravidade? Esses blocos acumulados, geralmente sem  uniformidade, no fundo das encostas, podem estar indicando que houveram  deslizamentos no passado.
  5. Existe algum corte efetuado no solo que possa aumentar o ângulo natural  da declividade? Cortes verticais em solos instáveis irão aumentar,  drasticamente, o risco de desmoronamentos.
  6. Existem áreas com lajedos  com grande declividade, sem ou com pouca  cobertura de solos, acima da sua residência ou na região? É comum em montanhas como as da  região do Rio de Janeiro, vermos lajedos nus com grande declividade.  Possivelmente eles foram expostos após grandes deslizamentos. Veja a foto do  desastre da Ilha Grande onde, após o deslizamento, foi exposto um grande  lajedo. Nas partes superiores existem outros lajedos mais antigos,  parcialmente cobertos por vegetação mais recente,  que  mostravam claramente a periculosidade da encosta onde ocorreu o desastre.
  7. É possível notar que em certas áreas da encosta existe uma vegetação  mais nova, diferente da vegetação mais antiga circundante? Em caso de  deslizamentos antigos a vegetação nova irá demarcar, com boa precisão a área  afetada.
  8. Existem, nas encostas próximas a sua casa, um bom número de árvores que  estejam inclinadas em direção morro abaixo? As árvores devem estar em sua  grande maioria verticalizadas. Se uma área apresenta suas árvores com  inclinação anômala isso pode significar um deslizamento incipiente ou  antigos movimentos de terra.
Pontos que podem atenuar o risco:
  1. A área já foi avaliada por geólogos especializados em  geo-engenharia que confirmaram a inexistência de risco de deslizamento? 
  2. Existe um estudo de risco da sua área feito pela Prefeitura ou órgão  competente demonstrando o baixo risco de desmoronamentos e deslizamentos?
  3. Existem obras de contenção específicas acima e abaixo de seu imóvel?
  4. Existem obras para evitar a infiltração da água nos solos acima  e abaixo de seu  imóvel?
  5. Existem  sistemas de controle de águas superficiais?
  6. Existem árvores com raízes profundas nas proximidades  que possam dar maior estabilidade ao solo?
Se as suas respostas indicarem que a área onde mora é de alto  risco fale com um especialista imediatamente. Se as chuvas estiverem intensas  evite permanecer no local enquanto a área não for liberada por especialistas.
Observe com atenção, informe as autoridades e salve  vidas:
Nas próximas fotos iremos mostrar que é possível identificar  com bastante precisão o risco de deslizamentos de uma dada região.
 
Vista do deslizamento da Ilha Grande  onde existia a Pousada Sankay,  mostrando a formação do lajedo exposto pelo deslizamento. A área era de alto risco por estar situada em encosta muito  íngreme onde vários deslizamentos já haviam ocorrido no passado. Na parte superior da foto é possível ver os lajedos expostos antigos, cobertos por vegetação  rasteira, mais recente que mostram claramente a existência de  antigos deslizamentos. A área era, visivelmente perigosa. TRabalhos de  contenção deveriam ter sido feitos para evitar a tragédia que acabou ocorrendo. Na foto  é possível ver onde irão ocorrer os próximos deslizamentos que, poderão  ocorrer em muito breve, já que uma boa parte do solo que sustentava a  encosta não mais existe.
 
Veja os blocos rolados que  despencaram com o deslizamento de Sankay. Essa mesma situação é visível  em muitas encostas onde houveram antigos deslizamentos e deve servir  como um sinal evidente de que a área é insegura.

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Na foto da Pousada Sankay em Angra, antes do desastre,  é possível ver grande quantidade de blocos rolados que possivelmente  foram deslocados e transportados em deslizamentos antigos. Muitos desses  deslizamentos antigos podem ter ocorrido a décadas ou mesmo a centenas  de anos. Estes blocos atestam que a região é propícia a ter  deslizamentos e, como tal, deveriam haver trabalhos de contenção de  encostas que poderiam, se existissem, ter evitado esta perda de vidas e  de patrimônio.

 
Vista de satélite (Google Earth) da Ilha  Grande na região da Pousada Sankay onde ocorreu o desastre .  São claros os lajedos expostos após antigos deslizamentos.   Na encosta acima da Pousada Sankay é visível um bom número de antigos  deslizamentos que estavam confirmando o alto risco de acidentes em toda  a encosta imediatamente abaixo.  Todas estas encostas de alta declividade, abaixo desses  lajedos, são de altíssimo risco de deslizamentos de terra e devem ser estudadas por  especialistas imediatamente. Não há como evitar:  trabalhos de  contenção de encostas deverão ser feitos ou mais vidas irão se perder nas próximas chuvas.

 
Foto de satélite da comunidade do Abrão na Ilha  Grande  mostrando o perigo potencial de deslizamentos em áreas urbanas.  Na foto são visíveis os antigos deslizamentos. Trata-se de uma  bomba-relógio que poderá explodir a qualquer momento. É preciso que as  autoridades iniciem estudos rápidos e eficientes para evitar mais  acidentes.
O fato é que os sinais de perigo são bastante aparentes e, a  maioria das pessoas, pode identificá-los se observarem, com cuidado, a região  onde moram.
Use os pontos listados acima e avalie o seu risco.
Os deslizamentos em encostas íngremes sempre existirão. Não  há como evitar. O que podemos evitar é a morte de mais pessoas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS MINERAIS

As forças que ligam entre si as partículas componentes dos sólidos cristalinos são de natureza elétrica. A espécie e a intensidade dessas forças são de grande importância na determinação das
propriedades físicas e químicas dos minerais. A dureza, a clivagem, a fusibilidade, a condutibilidade elétrica e térmica e o coeficiente de expansão térmica estão diretamente relacionados com a natureza das forças de ligação. Em geral, quanto mais forte a ligação, tanto mais duro o cristal, tanto mais alto seu ponto de fusão e tanto menor seu coeficiente de expansão térmica.
Os átomos que constituem os minerais se mantêm unidos em uma estrutura cristalina por meio de ligações atômicas. Basicamente resumidas em quatro tipos principais de ligação:
Ligação iônica (metal com não metal): Comparando-se a atividade química dos elementos com a configuração de suas camadas exteriores de elétrons, chega-se à conclusão que todos os átomos
têm forte tendência de completar uma configuração estável da camada exterior. O resultado da atração mútua entre cátions e ânions, é a formação de compostos estáveis. ex. NaCl (Na tende a
perder elétrons e se tornar cátion enquanto o Cl tende a captar elétrons e se tornar ânion).
Ligação covalente (não metal com não metal): resulta da ligação, compartilhamento, de elétrons entre núcleos positivos,. Essa ligação é a mais forte das ligações químicas, os minerais
assim ligados caracterizam-se pór insolubilidade geral, grande estabilidade e pontos de fusão e de ebulição muito altos. (ex. diamante cada átomo de C tem 4 elétrons na camada de valência que são compartilhados com 4 átomos adjacentes formando uma estrutura extremamente resistente em termos de atração resultando em material de alta dureza).
Ligação metálica: Nesse tipo de ligação, que acontece com os metais, os átomos se mantêm unidos numa disposição por grande força de atração os metais. Nas ligações metálicas, os elétrons
da última camada de um grupo de átomos são fracamente atraídos pelo núcleo de seus átomos, deslocando-se entre os diversos núcleos do grupo atômico. Dessa forma, os átomos perdem elétrons, tornando-se cátions. São os elétrons desse tipo de ligação, que possuem certa liberdade de movimento, que explicam muitas propriedades dos metais tais como condutividade elétrica, condutividade térmica, plasticidade, tenacidade e ductibilidade.
Ligação de Van Der Waals: ligação mais fraca que as anteriores resultado de atração eletrostática entre íons, ex. grafite (cada átomo é unido por ligação covalente a outros 3 átomos em
cada plano de “foliação” porém os planos são unidos por fracas ligações de Van Der Waals, por isso a baixa resistência a ruptura do grafite). Cristais com mais de um tipo de ligação entre as substâncias minerais que ocorrem naturalmente, é rara a presença de um tipo de ligação único. Quando isso acontece, o cristal participa das propriedades dos diferentes tipos de
ligação representadas, resultando muitas vezes em propriedades fortemente direcionais. ex. grafita, ligação covalente forte dentro das camadas e ligação fraca de van der walls entre as camadas. Micas, compostas por camadas de tetraedros de sílica fortemente ligados com ligação iônica relativamente fraca unindo as camadas bem observadas pelos planos de clivagem bem definidos.